Tratado de Brest-Litovski: diferenças entre revisões

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'''Tratado de Brest-Litovski''' (ou de '''Brest-Litovsk''') foi um tratado de paz assinado entre o novo governo [[bolchevique]] [[República Socialista Federativa Soviética da Rússia|russo]] e as [[Potências Centrais]] ([[Império Alemão]], [[Império Austro-Húngaro]], [[Reino da Bulgária|Bulgária]] e [[Império Otomano]]) em [[3 de março]] de [[1918]], em [[Brest (Bielorrússia)|Brest]] (antigamente Brest-Litovski), na atual [[Bielorrússia]], pelo qual era reconhecida a saída da Rússia no conflito. O governo [[bolchevique]] também anulou todos os acordos do [[Império Russo]] com seus aliados da [[Primeira Guerra Mundial]]. O governo russo também perdoou as dívidas do governo otomano no acordo.<ref>[[Edward Hallett Carr|Edward H. Carr]]. 1952. (A History of Soviet Russia), The Bolshevik Revolution (1917-1923) Vol. 3, Norton Paperback Editions, New York, 1985 (Macmillan, 1953) pp. 311-312.</ref>
 
As negociações de paz entre a [[Tríplice Entente]] e as Potências Centrais seriam iniciadas em [[22 de dezembro]] de [[1917]], uma semana após o [[armistício]] de Brest-Litovsk.{{carece de fontes}}
 
[[Revolução Russa de 1917]] foi o principal motivo da saída da Rússia da primeira Guerra Mundial e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos). [[Leon Trotsky]], no exercício das relações exteriores do governo bolchevique, pressionou França e Reino Unido para que iniciassem em conjunto o processo de paz, encerrando a Primeira Guerra Mundial. Porém, sem obter resposta, ameaçou iniciar esse processo de forma solitária, o que de fato ocorreu.<ref name="opera">{{Citar web |url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/7958/conteudo+opera.shtml |título=Hoje na História: 1917 - Rússia firma Tratado de Brest-Litovski com as Potências Centrais |língua= |autor= |obra=Opera Mundi |data= |acessodata=23 de fevereiro de 2016}}</ref>
 
Os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes. Mesmo [[Lênin]], defendendo a paz, chamou o tratado de "[[paz]] vergonhosa".<ref name="opera"/> Através deste, a Rússia abria mão do controle sobre a [[Finlândia]], [[Países Bálticos]] ([[Estônia]], [[Letônia]] e [[Lituânia]]), [[Polônia]], [[Bielorrússia]] e [[Ucrânia]], bem como dos distritos [[Turquia|turcos]] de Ardaham e Kars, e do distrito [[Geórgia|georgiano]] de Batumi, antes sob seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, 50% de sua indústria e 90% de suas minas de carvão.<ref>{{en}} [http://www.rpfuller.com/gcse/history/7.html Vocabulary for Russian History]</ref>
 
A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, após a [[Revolução Alemã de 1918-1919|revolução alemã]], iniciada em [[9 de novembro]] de [[1918]], que derrubou o regime monárquico, o Comitê Executivo Central declarou anulado o espoliador e injusto tratado de Brest-Litovsk. Paralelamente, a derrota da [[Alemanha]] na guerra, marcada pelo [[Armistício de Compiègne|armistício]], firmado com os [[Tríplice Entente|países aliados]], em [[11 de novembro]] de [[1918]], na [[floresta de Compiègne]], permitiu que Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia se tornassem [[Estado]]s verdadeiramente independentes, e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na [[Guerra Civil Russa]] (1918-1921) e terminaram por ser novamente anexadas ao território russo.{{carece de fontes}}
 
==Ver também==