Folha de S.Paulo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 177.53.59.5 para a última revisão de Math09log, de 01h23min de 15 de maio de 2019 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Linha 113:
Em 6 de junho de 2005 a ''Folha de S.Paulo'' publicou uma entrevista do [[deputado federal]] [[Roberto Jefferson]] a [[Renata Lo Prete]], editora do Painel da Folha, com uma denúncia de pagamentos mensais de 30 mil reais realizados pelo tesoureiro do [[Partido dos Trabalhadores|PT]], [[Delúbio Soares]], a alguns deputados da base aliada, com o objetivo de aprovar emendas favoráveis ao governo.<ref>{{citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/mensalao/entrevista-de-roberto-jefferson-a-folha-de-s-paulo.htm|título=Jefferson denuncia mesada paga pelo tesoureiro do PT|publicado=Memória Globo|data=6 de junho de 2005|acessodata=21 de outubro de 2010}}</ref> A partir daí, o caso desdobrou-se em inúmeras acusações e investigações sobre o que a imprensa passou a denominar "[[escândalo do mensalão]]", resultando na instauração de uma [[Comissão Parlamentar de Inquérito|CPI]], cassação e renúncia de diversos parlamentares, afastamentos de diversos ministros e funcionários de altos escalões do [[poder executivo]] e do PT, culminando em um [[Inquérito policial|inquérito]] convertido em [[ação penal]] no [[Supremo Tribunal Federal]] contra 39 [[réu]]s supostamente envolvidas no esquema, sob a relatoria do ministro [[Joaquim Barbosa]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/noticias/entenda-o-escandalo-do-mensalao-20101007.html|título=Entenda o escândalo do mensalão|publicado=[[R7]]|data=8 de outubro de 2009|acessodata=21 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100529181447/http://noticias.r7.com/brasil/noticias/entenda-o-escandalo-do-mensalao-20101007.html|arquivodata=2010-05-29|urlmorta=yes}}</ref> A entrevista de 6 de junho publicada pela ''Folha'' também marcou a primeira aparição do termo "mensalão" na mídia.<ref>{{citar web|url=http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5851|título=Crise Política e Referendo Popular|autor=Maria Lúcia Prandi Gomes|publicado=Biblioteca Digital da [[PUC-SP]]|data=2007|acessodata=21 de outubro de 2010}}</ref> Lo Prete foi agraciada com o [[Prêmio Esso]] de Jornalismo 2005, em reconhecimento ao seu trabalho e à repercussão da entrevista publicada pela Folha.<ref>{{citar web|url=http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/index.aspx?year=2005|título=Prêmio Esso de Jornalismo 2005|acessodata=21 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130528151357/http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/index.aspx?year=2005|arquivodata=2013-05-28|urlmorta=yes}}</ref>
 
== Estrutura ==
== Correspondentes no exterior ==
No segundo semestre de 2017, a Folha contava com correspondentes, entre fixos e bolsistas, nas seguintes cidades:
 
* [[Washington]] ([[Estados Unidos]])
* [[Nova York]] ([[Estados Unidos]])
* [[Buenos Aires]] ([[Argentina]])
* [[Madri]] ([[Espanha]])
 
=== ControvérsiasCadernos ===
{{AP|Controvérsias envolvendo a Folha de S.Paulo}}
 
=== Colaboração com a ditadura ===
A ''Folha'' é acusada de ter colaborado com a [[ditadura militar no Brasil]] emprestando carros para que policiais do [[DOI-Codi]], órgão de repressão da ditadura, fizessem campana e prendessem militantes da esquerda. Segundo Carlos Eugênio Sarmento da Paz (Clemente), principal dirigente do braço armado da [[ALN]], a convicção de que a Folha apoiava ativamente a ditadura levou o grupo a interceptar e incendiar camionetes do jornal e a ameaçar Octavio Frias, no final de 1971. A edição de novembro do jornal ''Venceremos'', editado pela ALN, dizia que "Octavio Frias de Oliveira certificou-se de um fato real: há uma guerra e ele é um inimigo. [...] O Sr. Octavio Frias de Oliveira sente-se acuado, porque sabe [...] que a verdade revolucionária o atingirá e que seu justiçamento é uma questão de tempo."<ref>Venceremos, n. 5, set.-out.-nov./1971, p. 5. Arquivado no Deops/RJ. Setor: Terrorismo. Pasta: 11. Informação n. 114/72. Assunto: Ações Terroristas. Folhas: 648-647. BR, DF, 17/1/1972. “Consulta em fac-símile cedido pelo pesquisador Edson Teixeira da Silva Jr.</ref>
 
Não há documentos que comprovem a colaboração material da Folha nem que a mencionem nos arquivos do Deops e na coleção de jornais clandestinos da guerrilha mantida pela [[Unesp]].{{Nota de rodapé|Pastas do arquivo do Deops relativas ao período de 1964 a 1980, dossiês e séries 20C, 20K, 20Z, 21Z, 30B, 30Z, 50D, 50K e 50Z. Jornal Venceremos, da ALN, e todas as edições disponíveis no arquivo do Centro de Documentação e Memória (Cedem), da [[Universidade Estadual Paulista]] (Unesp), de jornais clandestinos publicados a partir de 1967 (www.cedem.unesp.br/#1,80): Revolução e O Guerrilheiro, da ALN, Libertação, da Ação Popular (AP), Palmares, da VAR-Palmares, Imprensa Popular, do Movimento de Libertação Popular (Molipo), Política Popular, da Política Operária (Polop), Unidade Leninista e Movimento Operário, do Partido Operário Comunista (POC), Avante!, do Grupo Trotskista Popular, e Bandeira Vermelha, do Movimento Comunista Internacionalista (MCI), além de jornais editados fora do Brasil por militantes e exilados, como Frente Brasileira de Informação e Unidade e Luta.}} A direção da ''Folha'' não nega a possibilidade de a colaboração ter ocorrido, mas sem o conhecimento da empresa. Em 2001, em entrevista,<ref>{{Citar web |url=https://www.cartacapital.com.br/blogs/midiatico/cnv-chancela-versao-de-que-a-folha-emprestou-carros-para-a-ditadura-3323.html |título=Magalhães, Mário. “Militares ameaçam suspender circulação” |publicado=Carta Capital}}</ref> Octavio Frias declarou que, se houve algum tipo de ajuda, foi à sua revelia. Em 2006, em depoimento para a biografia do empresário, o diretor de redação, [[Otavio Frias Filho]], militante no movimento estudantil no final dos anos 1970, disse considerar possível que veículos da empresa tenham sido usados por policiais e que, ao questionar o pai sobre o episódio, ele sempre negou ter sido consultado sobre empréstimos ou mesmo ter tomado conhecimento deles.<ref>[{{citar livro|título=Folhas ao vento: análise de um conglomerado jornalístico no Brasil|autor=Engel Paschoal}}</ref>
 
==== "Ditabranda" ====
[[Imagem:Vlado Herzog protest.jpg|thumb|Protesto contra o uso da palavra "ditabranda" na sede do Grupo Folha. No banner, uma referência à famosa foto de [[Vladimir Herzog]] morto após uma sessão de tortura, se lê: "A ditadura militar no Brasil, segundo a ''Folha de S.Paulo''".]]
 
Em 17 de fevereiro de 2009, num [[editorial]] criticando o governo de [[Hugo Chávez]] na [[Venezuela]], o jornal se referiu à [[ditadura militar brasileira]] como uma "[[dictablanda|ditabranda]]", no seguinte trecho: "Mas, se as chamadas 'ditabrandas' _caso do Brasil entre 1964 e 1985_ partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou implantavam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça_, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por [[Alberto Fujimori|Fujimori]] no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente."<ref>{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1702200901.htm|título="Limites a Chávez" |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
Houve reações imediatas e veementes ao uso da palavra – cunhada na [[Espanha]] na década de 1930, quando o general Damaso Berenguer substituiu o general [[Primo de Rivera]] e governou por decretos e revogou algumas medidas adotadas pelo ditador anterior. O período ficou conhecido como “dictablanda de Berenguer” (o termo foi depois usado, em diferentes contextos, no [[Chile]], no [[México]], no [[Uruguai]] e na [[Colômbia]]). A utilização do termo "ditabranda" rendeu ao jornal críticas em fóruns de discussão na [[internet]] e em outros veículos de mídia, principalmente os que possuem tendências esquerdistas, tais como as revistas ''[[Revista Fórum|Fórum]]'',<ref>RAMOS, Camila Souza (entrevista com Beatriz Kushnir). [http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=6626 "A "ditabranda" e os interesses comerciais da Folha"] {{Wayback|url=http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=6626 |date=20090413122315 }}. ''Revista Fórum''. [[20 de março]] 2009.</ref> ''[[Caros Amigos]]'' (que publicou matéria de capa sobre a utilização do termo),<ref>CINTRA, André. [http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=124&iditens=148 "De caso com a Ditabranda"] {{Wayback|url=http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=124&iditens=148 |date=20091222190442 }}. ''[[Caros Amigos]]''. Abril de 2009.</ref> e ''[[Carta Capital]]''.<ref>BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. [http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=3462 "'Ditabranda' para quem?"]. ''[[Carta Capital]]''. [[27 de fevereiro]] de 2009.</ref>
 
No dia 7 de março, houve em frente à sede da ''Folha'', na região central de São Paulo, um protesto contra o uso do termo ditabranda no editorial e em solidariedade a Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato. Nenhum dos dois estava presente. O ato público, que reuniu cerca de 300 pessoas, foi organizado pelo Movimento dos Sem-Mídia, idealizado pelo blogueiro [[Eduardo Guimarães]]. O público era composto na sua maioria por familiares de vítimas da ditadura, estudantes e sindicalistas ligados à CUT. No mesmo dia, o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, divulgou a seguinte nota: "O uso da expressão 'ditabranda' em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis. A nota publicada juntamente com as mensagens dos professores Comparato e Benevides na edição de 20 de fevereiro reagiu com rispidez a uma imprecação ríspida: que os responsáveis pelo editorial fossem forçados, 'de joelhos', a uma autocrítica em praça pública. Para se arvorar em tutores do comportamento democrático alheio, falta a esses democratas de fachada mostrar que repudiam, com o mesmo furor inquisitorial, os métodos das ditaduras de esquerda com as quais simpatizam."<ref>{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0803200907.htm|título="Folha avalia que errou, mas reitera críticas" |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
== Cadernos ==
Atualmente constitui os seguintes cadernos/seções:
 
Linha 165 ⟶ 142:
|}
 
=== Correspondentes no exterior ===
== Versão eletrônica ==
No segundo semestre de 2017, a Folha contava com correspondentes, entre fixos e bolsistas, nas seguintes cidades:
 
* [[Washington]] ([[Estados Unidos]])
* [[Nova York]] ([[Estados Unidos]])
* [[Buenos Aires]] ([[Argentina]])
* [[Madri]] ([[Espanha]])
 
=== Versão eletrônica ===
A [[Sítio eletrônico|versão eletrônica]] do jornal ''Folha de S.Paulo'' foi conhecido como ''Folha.com'' até 20 de junho de 2012,<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/1106766-folha-passa-a-cobrar-por-conteudo-digital.shtml|título=Folha passa a cobrar por conteúdo digital|autor=|data=19 de junho de 2012|publicado=Folha de S. Paulo|acessodata=8 de julho de 2012}}</ref> como ''Folha Online'' até 23 de maio de 2010<ref>[http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Folha_de_cara_nova&origem=mmbymail Folha de cara nova]</ref> e como ''Folha Web'' até 2000. Foi o primeiro jornal em [[tempo real]] da língua portuguesa. Apresenta notícias, artigos e temáticas sobre diversos assuntos, como [[política]], [[esportes]] e [[economia]].
 
== Controvérsias ==
{{AP|Controvérsias envolvendo a Folha de S.Paulo}}
 
=== Colaboração com a ditadura ===
A ''Folha'' é acusada de ter colaborado com a [[ditadura militar no Brasil]] emprestando carros para que policiais do [[DOI-Codi]], órgão de repressão da ditadura, fizessem campana e prendessem militantes da esquerda. Segundo Carlos Eugênio Sarmento da Paz (Clemente), principal dirigente do braço armado da [[ALN]], a convicção de que a Folha apoiava ativamente a ditadura levou o grupo a interceptar e incendiar camionetes do jornal e a ameaçar Octavio Frias, no final de 1971. A edição de novembro do jornal ''Venceremos'', editado pela ALN, dizia que "Octavio Frias de Oliveira certificou-se de um fato real: há uma guerra e ele é um inimigo. [...] O Sr. Octavio Frias de Oliveira sente-se acuado, porque sabe [...] que a verdade revolucionária o atingirá e que seu justiçamento é uma questão de tempo."<ref>Venceremos, n. 5, set.-out.-nov./1971, p. 5. Arquivado no Deops/RJ. Setor: Terrorismo. Pasta: 11. Informação n. 114/72. Assunto: Ações Terroristas. Folhas: 648-647. BR, DF, 17/1/1972. “Consulta em fac-símile cedido pelo pesquisador Edson Teixeira da Silva Jr.</ref>
 
Não há documentos que comprovem a colaboração material da Folha nem que a mencionem nos arquivos do Deops e na coleção de jornais clandestinos da guerrilha mantida pela [[Unesp]].{{Nota de rodapé|Pastas do arquivo do Deops relativas ao período de 1964 a 1980, dossiês e séries 20C, 20K, 20Z, 21Z, 30B, 30Z, 50D, 50K e 50Z. Jornal Venceremos, da ALN, e todas as edições disponíveis no arquivo do Centro de Documentação e Memória (Cedem), da [[Universidade Estadual Paulista]] (Unesp), de jornais clandestinos publicados a partir de 1967 (www.cedem.unesp.br/#1,80): Revolução e O Guerrilheiro, da ALN, Libertação, da Ação Popular (AP), Palmares, da VAR-Palmares, Imprensa Popular, do Movimento de Libertação Popular (Molipo), Política Popular, da Política Operária (Polop), Unidade Leninista e Movimento Operário, do Partido Operário Comunista (POC), Avante!, do Grupo Trotskista Popular, e Bandeira Vermelha, do Movimento Comunista Internacionalista (MCI), além de jornais editados fora do Brasil por militantes e exilados, como Frente Brasileira de Informação e Unidade e Luta.}} A direção da ''Folha'' não nega a possibilidade de a colaboração ter ocorrido, mas sem o conhecimento da empresa. Em 2001, em entrevista,<ref>{{Citar web |url=https://www.cartacapital.com.br/blogs/midiatico/cnv-chancela-versao-de-que-a-folha-emprestou-carros-para-a-ditadura-3323.html |título=Magalhães, Mário. “Militares ameaçam suspender circulação” |publicado=Carta Capital}}</ref> Octavio Frias declarou que, se houve algum tipo de ajuda, foi à sua revelia. Em 2006, em depoimento para a biografia do empresário, o diretor de redação, [[Otavio Frias Filho]], militante no movimento estudantil no final dos anos 1970, disse considerar possível que veículos da empresa tenham sido usados por policiais e que, ao questionar o pai sobre o episódio, ele sempre negou ter sido consultado sobre empréstimos ou mesmo ter tomado conhecimento deles.<ref>[{{citar livro|título=Folhas ao vento: análise de um conglomerado jornalístico no Brasil|autor=Engel Paschoal}}</ref>
 
==== "Ditabranda" ====
[[Imagem:Vlado Herzog protest.jpg|thumb|Protesto contra o uso da palavra "ditabranda" na sede do Grupo Folha. No banner, uma referência à famosa foto de [[Vladimir Herzog]] morto após uma sessão de tortura, se lê: "A ditadura militar no Brasil, segundo a ''Folha de S.Paulo''".]]
 
Em 17 de fevereiro de 2009, num [[editorial]] criticando o governo de [[Hugo Chávez]] na [[Venezuela]], o jornal se referiu à [[ditadura militar brasileira]] como uma "[[dictablanda|ditabranda]]", no seguinte trecho: "Mas, se as chamadas 'ditabrandas' _caso do Brasil entre 1964 e 1985_ partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou implantavam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça_, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por [[Alberto Fujimori|Fujimori]] no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente."<ref>{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1702200901.htm|título="Limites a Chávez" |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
Houve reações imediatas e veementes ao uso da palavra – cunhada na [[Espanha]] na década de 1930, quando o general Damaso Berenguer substituiu o general [[Primo de Rivera]] e governou por decretos e revogou algumas medidas adotadas pelo ditador anterior. O período ficou conhecido como “dictablanda de Berenguer” (o termo foi depois usado, em diferentes contextos, no [[Chile]], no [[México]], no [[Uruguai]] e na [[Colômbia]]). A utilização do termo "ditabranda" rendeu ao jornal críticas em fóruns de discussão na [[internet]] e em outros veículos de mídia, principalmente os que possuem tendências esquerdistas, tais como as revistas ''[[Revista Fórum|Fórum]]'',<ref>RAMOS, Camila Souza (entrevista com Beatriz Kushnir). [http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=6626 "A "ditabranda" e os interesses comerciais da Folha"] {{Wayback|url=http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=6626 |date=20090413122315 }}. ''Revista Fórum''. [[20 de março]] 2009.</ref> ''[[Caros Amigos]]'' (que publicou matéria de capa sobre a utilização do termo),<ref>CINTRA, André. [http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=124&iditens=148 "De caso com a Ditabranda"] {{Wayback|url=http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=124&iditens=148 |date=20091222190442 }}. ''[[Caros Amigos]]''. Abril de 2009.</ref> e ''[[Carta Capital]]''.<ref>BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. [http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=3462 "'Ditabranda' para quem?"]. ''[[Carta Capital]]''. [[27 de fevereiro]] de 2009.</ref>
 
No dia 7 de março, houve em frente à sede da ''Folha'', na região central de São Paulo, um protesto contra o uso do termo ditabranda no editorial e em solidariedade a Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato. Nenhum dos dois estava presente. O ato público, que reuniu cerca de 300 pessoas, foi organizado pelo Movimento dos Sem-Mídia, idealizado pelo blogueiro [[Eduardo Guimarães]]. O público era composto na sua maioria por familiares de vítimas da ditadura, estudantes e sindicalistas ligados à CUT. No mesmo dia, o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, divulgou a seguinte nota: "O uso da expressão 'ditabranda' em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis. A nota publicada juntamente com as mensagens dos professores Comparato e Benevides na edição de 20 de fevereiro reagiu com rispidez a uma imprecação ríspida: que os responsáveis pelo editorial fossem forçados, 'de joelhos', a uma autocrítica em praça pública. Para se arvorar em tutores do comportamento democrático alheio, falta a esses democratas de fachada mostrar que repudiam, com o mesmo furor inquisitorial, os métodos das ditaduras de esquerda com as quais simpatizam."<ref>{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0803200907.htm|título="Folha avalia que errou, mas reitera críticas" |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref>
 
== Ver também ==
Linha 184 ⟶ 186:
* {{oficial|http://www.folha.uol.com.br/}}
* {{twitter|folha}}
* {{Google+|+folha}}
* {{Instagram|folhadespaulo}}