Paradoxo de bootstrap: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Causal_loop_billiard_ball.svg|thumb]]|Topo: trajetória original da bola de bilhar.
O '''paradoxo de bootstrap''', ou '''paradoxo ontológico''', é um [[paradoxo]] da [[viagem no tempo]] em que as informações ou objetos podem existir sem ter sido criados. Após informações ou um objeto ser enviado de volta no tempo, ele recuperado no presente torna-se o próprio objeto ou informação que foi inicialmente levado de volta no tempo em primeiro lugar. Inúmeras histórias de ficção científica se baseiam nesse paradoxo, que também tem sido objeto de artigos de física grave.<ref name="Visser1995">Matt Visser (1995). [http://books.google.com/books?id=Zo_vAAAAMAAJ ''Lorentzian wormholes: from Einstein to Hawking'']. AIP Press, American Institute of Physics. ISBN 978-1-56396-394-0.</ref> O paradoxo de bootstrap conecta de uma forma insana o passado e o futuro, tornando-se de uma certa forma até contraditório. É quase como um loop de acontecimentos que só foram possíveis porque algo do futuro interveio; o acontecimento acaba se tornando o causador dele mesmo. Um exemplo atual da ocorrência desse paradoxo é o que aconteceu na nona temporada da premiada série britânica ''[[Doctor Who]]'', no episódio "[[Before the Flood (Doctor Who)|Before the Flood]]" e em muitos outros episódios da mesma série.
 
Meio: a bola emerge do futuro em uma trajetória diferente da original, e colide com si mesma no passado, mudando sua trajetória.
O termo "paradoxo do bootstrap" refere-se à expressão "puxando-se pelos cadarços de seu próprio calçado"; o uso do termo para o paradoxo de viagem no tempo foi popularizado pela história de [[Robert A. Heinlein]] ''By His Bootstraps''.
 
Inferior: a trajetória alterada faz com que a bola entre e saia da máquina do tempo exatamente da mesma maneira que mudou sua trajetória. A trajetória alterada é sua própria causa, sem origem.]]
O '''paradoxo de bootstrap''', ou '''paradoxo ontológico''', é um [[paradoxo]] da [[viagem no tempo]] em que as informações ou objetos podem existir sem terterem sido criados. Após informaçõesum objeto - ou uminformações objeto- ser enviado de volta no tempo, ele, recuperadorecebido no presente, torna-se o próprio objeto ou informação que foiserá inicialmente levado de volta no tempo em primeiro lugar. Inúmeras histórias de ficção científica se baseiam nesse paradoxo, que também tem sido objeto de artigos científicos de física grave.<ref name="Visser1995">Matt Visser (1995). [http://books.google.com/books?id=Zo_vAAAAMAAJ ''Lorentzian wormholes: from Einstein to Hawking'']. AIP Press, American Institute of Physics. ISBN 978-1-56396-394-0.</ref> O paradoxo de bootstrap conecta de uma forma insana o passado e o futuro, tornando-se de uma certa forma até contraditório. É quase como um loop de acontecimentos que só foram possíveis porque algo do futuro interveio; o acontecimento acaba se tornando o causador dele mesmo. Um exemplo atual da ocorrência desse paradoxo é o que aconteceu na nona temporada da premiada série britânica ''[[Doctor Who]]'', no episódio "[[Before the Flood (Doctor Who)|Before the Flood]]" e em muitos outros episódios da mesma série.
 
O termo "paradoxo do bootstrap" refere-se à expressão "puxando-se pelos cadarços de seu próprio calçado" ("pulling yourself up by your bootstraps" no original); o uso do termo para o paradoxo de viagem no tempo foi popularizado pela história de [[Robert A. Heinlein]] ''By His Bootstraps''.
 
== Definição ==
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Outro problema é o "[[paradoxo reverso do avô]] ", onde tudo o que é enviado para o passado permite o tempo de viagem em primeiro lugar (como salvar a vida de seu próprio passado, ou o envio de informações vitais sobre o mecanismo de viagem no tempo).
 
O paradoxo levanta as ontológicas perguntas ontológicas de onde, quando e por quem os itens foram criados ou as informações obtidas. A 'Lógicalógica do laço do tempo' opera em princípios semelhantes, enviando as soluções para os problemas de computação de volta no tempo para ser verificados quanto à sua exatidão sem nunca ter sido calculado, "originalmente ".
 
Seja ou não um cenário descrito neste paradoxo, seria realmente possível mesmo se a viagem no tempo fosse possível, não se conhece.
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O paradoxo do bootstrap é semelhante, mas distinto do "paradoxo da predestinação", em que os indivíduos ou informações de viagem de volta no tempo e, finalmente, desencadeia eventos que já experimentou em seu próprio presente. Neste último caso, a informação e os objetos em causa têm origens definidas.
 
O parodoxoparadoxo do bootstrap é mostrado também no episódio "Before the Flood" em um episódio da série britânica de Doctor Who, na qual a mesma tem vários outros paradoxos a mostrar.
 
== Exemplo ==
 
=== Envolvendo informações ===
* No seu aniversário de 30 anos da pessoa, uma pessoa que deseja construir uma máquina do tempo é visitado por uma versão futura dele mesmo. Esta futura autoversão explicaentrega a essasi pessoamesmo queno elespassado não devem se preocupar com ao concepçãoprojeto da máquina do tempo como têm feito no futuro. A pessoa recebe o esquema do seu próprio eu do futuro e começa a construir a máquina do tempo. O tempo passa, até finalmente completar a máquina do tempo. A pessoa, então, usa-o para viajar de volta no tempo para o aniversário de 30 anos, onde os esquemas são dados ao mesmo no passado, fechando o ciclo.
* Um professor viaja para a frente no tempo, e lê em um jornal de física sobre uma nova equação que foi recentemente derivada. O professor viaja de volta, alguns segundos depois que a viagem foi feita, ele relaciona com um dos estudantes que o escreveu e que o artigo é publicado na mesma revista que o professor lê no futuro.
* Uma pessoa constrói uma máquina do tempo. Essa pessoa vai para o futuro e rouba um gadget valioso. Esta pessoa, então, retorna e revela o gadget para o mundo, afirmando-o como seu próprio. Eventualmente, uma cópia do dispositivo acaba sendo item da pessoa que originalmente rouba. Em outras palavras, o dispositivo é uma cópia de si e que não é possível afirmar a ''ideia'' original para o dispositivo que veio.
* Um jovem físico recebe um velho notebook,caderno já se desintegrando-o, que contem informações sobre eventos futuros, enviados pelo próprio futuro dessa pessoa através de uma máquina do tempo; antes. Antes que o livrocaderno se estrague tão mal a ponto de ser inutilizável, a pessoa copia as informações nele em um novo notebookcaderno. Ao longo dos anos, as previsões do notebookcaderno se tornatornam realidade, permitindo que essa pessoa se torne ricorica o suficiente para financiar a sua própria investigação, o que resulta no desenvolvimento de uma máquina do tempo que é usadousada para enviar o agora o velho e esfarrapado, desintegrando notebookcaderno de volta para osi automesmo anteriorno passado. O notebookcaderno não é um paradoxo (que tem um fim e um começo, o início, onde ele é recebido, e ao final, onde é descartado após a informação que é copiada para fora), mas a informação é: É impossível para o estado de onde veio. O professor transferiu a informação que foi escrita por si mesmo, por isso não havia informação original.
* Uma pessoa com uma máquina do tempo leva as peças completas de Shakespeare, traduzidotraduzidas para o Inglêsinglês elisabetano, e viaja de volta no tempo para Inglaterra dos Tudor. Ele então dá as peças para o jovem William Shakespeare antes de escrever-lhes, dizendo-lhe para publicá-los como seu próprio trabalho. Ele faz um exemplar da publicação 'original' e o leva de volta no tempo. Isso significa que ninguém escreveu as peças de Shakespeare, como ele essencialmente deu a si mesmo, fechando assim o ciclo.
 
=== Envolvendo itens físicos ===
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== Na ficção ==
O Paradoxo do Bootstrap tem sido utilizado em histórias de ficção e filmes.<ref name="Klosterman2009">Chuck Klosterman (2009). [http://books.google.com/books?id=lZurDFJtAWwC&pg=PA60 ''Eating the Dinosaur'']. Simon and Schuster. p. 60. ISBN 978-1-4391-6848-6.</ref>
O Paradoxo do Bootstrap tem sido utilizado em histórias de ficção e filmes.<ref name="Klosterman2009">Chuck Klosterman (2009). [http://books.google.com/books?id=lZurDFJtAWwC&pg=PA60 ''Eating the Dinosaur'']. Simon and Schuster. p. 60. ISBN 978-1-4391-6848-6.</ref> Em 1980 no filme ''[[Somewhere in Time (filme)|Somewhere in Time]] ''(em português "''Em Algum Lugar do Passado''"), baseado no romance Bid Time Return, escrito por [[Richard Matheson ]] em 1975, uma mulher idosa dá um relógio de bolso a um jovem em 1972. Ele viaja de volta no tempo para 1912 e dá o relógio de bolso para ela, que o carrega com ela até 1972, quando ela conhece o jovem e lhe dá o relógio a ele.<ref name="EverettRoman2012">Allen Everett; Thomas Roman (2012). [http://books.google.com/books?id=Dm5xt_XbFyoC&pg=PA138 ''Time Travel and Warp Drives: A Scientific Guide to Shortcuts Through Time and Space'']. University of Chicago Press. p. 138. ISBN 978-0-226-22498-5.</ref> O conceito tem o nome a partir da história "By His Bootstraps", de[[ Robert Heinlein]],<ref name="Klosterman2009"/> que é considerado o conto fundamental do paradoxo de viagem no tempo de sua época.<ref name="D'Ammassa2009"/> Don D'Amassa afirma que "A maior dificuldade na criação de uma história deste tipo não é tanto a plotagem das vários laços temporais, mas sim a de torná-los de uma tal maneira que o leitor possa seguir a lógica."<ref name="D'Ammassa2009">Don D'Ammassa (2009). [http://books.google.com/books?id=icA3oLIZEeMC&pg=PA67 ''Encyclopedia of Science Fiction. Facts On File''], Incorporated. p. 67. ISBN 978-1-4381-0913-8.</ref>Na série britânica [[Doctor who]] temos vários exemplos, dentre um dos mais notórios há o episódio "Blink" da 3ª temporada. Neste episódio o Doutor grava um vídeo repetindo falas que foram entregues a ele por pessoas que transcreveram o mesmo vídeo no qual ele já havia falado aquelas falas. Isso acaba gerando muitos outros acontecimentos em cadeia mas esse é um exemplo. E no filme "De Volta para o Futuro 2" (1989), a chegada dos 2 personagens principais ao ano de 1955 para resolver o "problema do almanaque de Biff Tannen", torna este exemplo de Rose Tyler [Doctor Who] aplicável também para estas cenas do filme de 1989 de R. Zemeckis. No anime [[Steins;Gate|Steins;Gate 0]], o personagem Okabe está a procura da origem de uma música que Mayushii cantou e reavivou parte da memória de Kagari, Mayushii disse que ouviu de uma 3ª personagem, segue-se por várias pessoas até que em dado momento um personagem diz que ouviu esta música primeiramente de Okabe no passado quando ele era criança, mas Okabe diz não se lembrar, ao mostrar um flashback vemos que Okabe ouviu Kagari cantando esta música. No filme [[Pokémon 4Ever]], o jovem professor Carvalho é enviado 40 anos no futuro por um Celebi e se torna amigo de [[Ash Ketchum|Ash]], que em certo momento o explica sobre a pokédex, sendo assim, a ideia original por trás da pokédex surgiu do nada.
 
Em 1980 no filme ''[[Somewhere in Time (filme)|Somewhere in Time]] ''(em português "''Em Algum Lugar do Passado''"), baseado no romance Bid Time Return, escrito por [[Richard Matheson]] em 1975, uma mulher idosa dá um relógio de bolso a um jovem em 1972. Ele viaja de volta no tempo para 1912 e dá o relógio de bolso para ela, que o carrega com ela até 1972, quando ela conhece o jovem e lhe dá o relógio a ele.<ref name="EverettRoman2012">Allen Everett; Thomas Roman (2012). [http://books.google.com/books?id=Dm5xt_XbFyoC&pg=PA138 ''Time Travel and Warp Drives: A Scientific Guide to Shortcuts Through Time and Space'']. University of Chicago Press. p. 138. ISBN 978-0-226-22498-5.</ref> 
 
O conceito tem o nome a partir da história "By His Bootstraps", de[[ Robert Heinlein]],<ref name="Klosterman2009" /> que é considerado o conto fundamental do paradoxo de viagem no tempo de sua época.<ref name="D'Ammassa2009" /> Don D'Amassa afirma que "A maior dificuldade na criação de uma história deste tipo não é tanto a plotagem das vários laços temporais, mas sim a de torná-los de uma tal maneira que o leitor possa seguir a lógica."<ref name="D'Ammassa2009">Don D'Ammassa (2009). [http://books.google.com/books?id=icA3oLIZEeMC&pg=PA67 ''Encyclopedia of Science Fiction. Facts On File''], Incorporated. p. 67. ISBN 978-1-4381-0913-8.</ref>
 
Na série britânica [[Doctor who|Doctor Who]] temos vários exemplos, dentre um dos mais notórios há o episódio "Blink" da 3ª temporada. Neste episódio o Doutor grava um vídeo repetindo falas que foram entregues a ele por pessoas que transcreveram o mesmo vídeo no qual ele já havia falado aquelas falas. Isso acaba gerando muitos outros acontecimentos em cadeia, dos quais esse é um exemplo.
 
E no filme "De Volta para o Futuro 2" (1989), a chegada dos 2 personagens principais ao ano de 1955 para resolver o "problema do almanaque de Biff Tannen", torna este exemplo de Rose Tyler [Doctor Who] aplicável também para estas cenas do filme de 1989 de R. Zemeckis.
 
No anime [[Steins;Gate|Steins;Gate 0]], o personagem Okabe está a procura da origem de uma música que Mayushii cantou e reavivou parte da memória de Kagari, Mayushii disse que ouviu de uma 3ª personagem, segue-se por várias pessoas até que em dado momento um personagem diz que ouviu esta música primeiramente de Okabe no passado quando ele era criança, mas Okabe diz não se lembrar, ao mostrar um flashback vemos que Okabe ouviu Kagari cantando esta música.
 
No filme [[Pokémon 4Ever]], o jovem professor Carvalho é enviado 40 anos no futuro por um Celebi e se torna amigo de [[Ash Ketchum|Ash]], que em certo momento o explica sobre a pokédex, sendo assim, a ideia original por trás da pokédex surgiu do nada.
 
== Ver também ==