Vasco da Gama: diferenças entre revisões

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Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou [[Kappakadavu]], próxima a [[Calecute]], no actual estado indiano de Kerala,<ref>{{Citar web |url=http://www.dw-world.de/dw/article/0,,319550,00.html |título=Calendário Histórico - [[Deutsche Welle]] |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> ficando estabelecida a [[Rota do Cabo]] e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.<ref>Waisberg, Tatiana, "[https://ssrn.com/abstract=2967633 The Treaty of Tordesillas and the (Re)Invention of International Law in the Age of Discovery]" ''Journal of Global Studies'', No. 47 (2017), p. 7.</ref>
 
No dia seguinte à chegada, entre[[degredo|João aNunes]] multidão, reunidaum na[[Cristão-Novo]] praiadegredado, foramfoi saudadosenviado pora doisterra mourosporque tinha conhecimento rudimentar de [[TunesLíngua árabe|árabe]] (Tunísiafoi o primeiro a desembarcar em [[Calecute|Calecute]]) . Dois mouros de origem [[Tunes|Tunisina]], umreceberam-no dosna quaissua dirigiu-secasa e à interpelação de um deles em [[Língua castelhana|castelhano]] ''«Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?».'' E perguntaram-lheeste orespondeu quea vínhamoscélebre buscarfrase tão longe; e ele respondeu: ''«Vimos buscar cristãos e especiaria.»'', conforme relatado por [[Álvaro Velho.]] .

Ao ver as imagens de deuses [[Hindus]], Gama e os seus homens pensaram tratar-se de santos cristãos, por contraste com os muçulmanos que não tinham imagens. A crença nos "cristãos da Índia", como então lhes chamaram, perdurou algum tempo mesmo depois do regresso.<ref>Diffie, Bailey W. and George D. Winius, "Foundations of the Portuguese Empire, 1415–1580", p.180-181 (1977) Minneapolis: University of Minnesota Press. {{ISBN|0-8166-0782-6}}.</ref>
 
Contudo, as negociações com o governador local, [[Samutiri Manavikraman Rajá]], [[samorim]] de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor de suas mercadorias.<ref> A frota de Vasco da Gama fora equipada por Bartolomeu Dias, que já havia navegado até ao [[cabo da Boa Esperança]] em 1488. Dias, acostumado a lidar com as tribos que então habitavam a costa ocidental de África, equipara a frota com produtos como contas de [[vidro]], taças de [[cobre]], [[estanho]], [[sino]]s, anéis de [[latão]], tecido de [[algodão]] listrados, [[azeite]] e [[açúcar]], que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local. A frota de Vasco da Gama, assim, não estava equipada para lidar com uma cultura mais sofisticada como a da Índia à época, habituada a negociar artigos de luxo como tecidos de [[chita]], [[especiarias]] e [[pimenta]].</ref> com os representantes do samorim a escarnecerem das suas ofertas, e os mercadores árabes aí estabelecidos a resistir à possibilidade de concorrência indesejada. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o samorim, em comparação com os bens de alto valor ali comerciados, o que gerou alguma desconfiança. Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias por baixo preço para poderem comprar pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino.