Astacidea: diferenças entre revisões

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São vetores do fungo ''Aphanomyces astaci'', conhecido como “praga do lagostim”, responsável pela dizimação de uma grande população de lagostins nativos europeus. Acumulam metais pesados e toxinas, podendo intoxicar seres humanos e outros animais que deles se alimentam. Competem com lagostins nativos, além de predação e competição com outros organismos, como anfíbios, moluscos e peixes. Causam uma série de impactos negativos em atividades de pesca e agricultura (como rizicultura), construindo tocas, destruindo barragens, levando a vazamentos de água.<ref name=":14" />
O ''Procambarus virginalis'' se propagaram rapidamente no aquário e, depois que foi descoberto que um indivíduo podia produzir centenas de ovos de uma vez, já estavam em várias lojas de aquarismo e até na vida selvagem, devido provavelmente a soltura por humanos. Uma fêmea dessa espécie, possivelmente vinda da Alemanha, sofreu uma mutação que a levou a ter três pares de cromossomos em vez de dois. Além de não apresentar má formações que a impedissem de sobreviver, esta desenvolveu a capacidade de produzir lagostins fêmeas com os mesmos três pares de cromossomos. Todas elas eram um clone da mãe, nascidas através da partenogênese.<ref>{{Citar periódico|data=2018-02-08|titulo=O 'lagostim de mármore', espécie mutante que clona a si própria e se espalha pelo mundo|url=https://www.bbc.com/portuguese/geral-42996863|lingua=en-GB}}</ref>{{Referências}}
 
== Lagostas e lagostins no Brasil ==
De modo geral, diversos organismos exóticos têm sido introduzidos em águas brasileiras, entre eles vários crustáceos decápodes marinhos e dulcícolas. Juntas, as regiões sudeste e sul concentram 81,25% dos casos de introdução de crustáceos decápodes exóticos no Brasil, enquanto a região nordeste responde 18,75% das introduções <ref>{{Citar periódico|ultimo=Távora|primeiro=Vladimir|data=2004-04-30|titulo=Sistemática e tafonomia de uma fáunula de crustáceos decápodes da Formação Maria Farinha (Paleoceno), Estado de Pernambuco, Brasil|url=http://dx.doi.org/10.4072/rbp.2004.1.03|jornal=Revista Brasileira de Paleontologia|volume=7|numero=1|paginas=45–52|doi=10.4072/rbp.2004.1.03|issn=1519-7530}}</ref>. Neste âmbito da introdução de espécies não nativas aos habitats naturais e sua ameaça a biodiversidade, o Brasil se mostra um dos países em que esse fenômeno é um problemas as espécies nativas de Astacidae, principalmente no que diz respeito ao aquarismo e sua ameaça ao permitir essa introdução. Para tal, nota-se que no final dos anos 90 novas medidas de regulação da importação de lagostas e lagostins foram feitas a fim de controlar o manejo destas espécies não nativas, isso em resposta a grande ameaça representada <ref>{{Citar periódico|ultimo=Magalhães|primeiro=André Lincoln Barroso|ultimo2=Andrade|primeiro2=Renato Ferreira|data=2014-11-26|titulo=A proibição legal da importação do lagostim-vermelho (Crustacea: Cambaridae) no Brasil tem sido eficaz?|url=http://dx.doi.org/10.4013/nbc.2015.101.07|jornal=Neotropical Biology and Conservation|volume=10|numero=1|doi=10.4013/nbc.2015.101.07|issn=2236-3777}}</ref>.
 
</ref>{{Referências}}
 
 
{{Bases de dados taxonómicos}}