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Em 1840, o rótulo miscigenação racial apareceu em um concurso promovido pelo [[Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro]] – IHGB. Neste momento, destacou-se a [[tese]] "Como se escrever a história do Brasil", do naturalista alemão [[Karl Friedrich Philipp von Martius]]. Este afirmou que, para compreender a história brasileira, era necessário levar em conta e estudar a mistura das três raças, o que seria um dos constituintes da [[identidade cultural|identidade nacional]] e o alicerce para a construção do [[mito]] da [[democracia racial]] proferido por [[Gilberto Freyre]] no século XX. Como naturalista ilustrado, Martius priorizou a contribuição portuguesa, apontando o branco como o civilizador. O indígena teve atenção, pois se considerava a possibilidade de utilizá-lo como representante da nacionalidade brasileira na construção de um mito nacional. Quanto ao negro, Martius chegou a citar sua influência na formação cultural brasileira, todavia, destacando-o como um empecilho no processo de civilização.
 
Merece atenção a afirmação acima. José Honório Rodrigues afirma que Martius recomendou notar a importância da contribuição das três raças como contribuidoras da civilização brasileira, elementos que concorrem para forma o elemento "físico, moral e cívil" da população brasileira<ref>Rodrigues, Honório. Apresentação de Como se deve escrever a história do Brasil de Von Martius, Revista de História da América, no.42 Dec 1956, pp. 433-58</ref>.
 
Em 1850, foi publicada a tese determinista do conde [[Arthur de Gobineau]], que defendia as virtudes civilizatórias do branco europeu. Em 1853, Gobineau publicou o Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças (1853-1855). Nesta obra, justificou as diferenças sociais entre negros e brancos pela inferioridade biológica do africano. A partir desta concepção, sua tese alega que a desigualdade seria superada com o branqueamento dos negros que, dessa forma, assimilariam a cultura europeia, logo se civilizando. Gobineau esteve no Brasil como [[embaixador]] francês. Foi amigo pessoal de [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]] e desembarcou na ex-colônia portuguesa em 1869.