Angelina Vidal: diferenças entre revisões
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'''Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal''', '''Angelina Vidal''', ou '''Republicana Viseense''' ([[São José (Lisboa)|São José]], [[Lisboa]], 11 de março de 1847 - [[
{{Info/Biografia
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|nascimento_local = [[São José (Lisboa)]]
|morte_data = [[1 de agosto]] de [[1917]] (70 anos)
|morte_local = [[
|residência = Rua de São Gens, n.º 41
|Ocupação = Jornalista, escritora, tradutora, professora e olissipógrafa
}}
== Biografia ==
Angelina é filha
Não obstante ter nascido no seio de uma família [[Burguesia|médio-burguesa]], Angelina cedo se confrontou com inúmeras adversidades, desde logo por ter ficado órfã aos 9 anos. Inconformada com a educação prosaica que terá recebido num colégio de freiras, procurou sempre continuar a instruir-se da forma mais abrangente possível, atitude que acabou por a conduzir a Luís de Campos Vidal, um respeitado médico com quem viria a casar em 1872, com 19 anos. Apesar dos cinco filhos decorrentes do matrimónio, o casal acabaria por separar-se doze anos depois, situação que a levou inclusivamente a perder a tutela das crianças, uma vez que o estado de divorciada ou separada, aos olhos da sociedade monárquica portuguesa de finais do [[Século XIX|séc. XIX]], era ainda encarado com considerável relutância.
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Para além das várias obras publicadas em Portugal, e em Português, Angelina é fluente em italiano, francês e espanhol, e publica no Brasil, em Espanha e em Angola. Dirigiu ainda as publicações: ''Sindicato'', ''Justiça do Povo'', e ''A Emancipação'' ([[Tomar]])<ref name=":0" />. Preocupou-se, sobretudo, com as condições das mulheres operárias, que tinham de garantir o sustento da família, conciliando esse papel com o de mãe. No seu texto ''Às operárias portuguesas'' (1886), incentivou-as a lutar pelas 12 horas de trabalho, à semelhança das operárias austríacas. O dia de trabalho tinha 15.
Angelina Vidal morreu aos 70 anos, de [[icterícia]], a 1 de Agosto de 1917, justamente no ano em que lhe foi enfim atribuída uma pensão de viuvez, que tanta falta lhe fazia. Ao seu funeral, no [[Cemitério do Alto de São João]], cujas despesas foram asseguradas pelo jornal ''[[O Século]]'', compareceram personalidades de diversas áreas, tendo-se assistido a discursos proferidos por representantes do [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], da Federação Municipal Socialista de Lisboa, da [[Voz do Operário]], da Liga das Associações Mutualistas, do Comité Nacional dos Indígenas e dos Manipuladores do Tabaco.
A 5 de Outubro de 2009 os [[CTT]] fizeram uma emissão filatélica com o objectivo de homenagear um grupo de “mulheres cuja acção e testemunho as tornaram figuras indelevelmente associadas à história da República”. Esta colecção, denominada Mulheres da República, “evoca activistas dos direitos femininos dos primeiros tempos da República”, e dela faz parte Angelina Vidal, juntamente com [[Ana de Castro Osório]], [[Maria Veleda]], [[Adelaide Cabete]], [[Carolina Beatriz Ângelo]] e [[Carolina Michaëlis de Vasconcelos]], [[Virgínia Quaresma]] e [[Emília de Sousa Costa]].<ref name=":0" /><ref name=":1" />
== Família ==
Angelina casou, em 7 de Novembro de 1872, na Igreja Paroquial de São José, da mesma freguesia, em Lisboa, aos 19 anos, com Luís Augusto de Campos Vidal ([[São Paulo de Frades]], [[Coimbra]], Abril de 1848 - [[Bolama (cidade)|Bolama]], [[Guiné-Bissau]], 21 de Julho de 1894), médico naval, filho
Tiveram cinco filhos:
* Maria Julieta
* Violeta
* Antonino de Campos Vidal ([[Santa Isabel (Lisboa)|Santa Isabel, Lisboa]], 22 de Janeiro de 1876 - [[Santa Isabel (Lisboa)|Santa Isabel, Lisboa]], 14 de Julho de 1912), oficial do Exército, casou em 1900 com Rosália Augusta da Conceição Domingues, tendo 4 filhos, falecido de [[cirrose hepática]], aos 36 anos;
* Ema
* Hugo Casimiro Vidal (1886-1940), maestro-compositor;
== Obras<ref name=":0" /> ==
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