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'''Mikhail Sergeyevich Gorbatchov''' ou '''Gorbachev'''[{{Nota de rodapé|Devido à falta de convenções para a transcrição do [[alfabeto cirílico]] ao [[alfabeto latino|latino]], seu nome é corriqueiramente grafado como ''Gorbatchev'', ''Gorbachev'', ''Gorbatchof'', ''Gorbatchov'', entre outras variações. Uma possível transcrição fonética para o português seria ''Mihaíl Sirguiêivitch Garbatchóf''. O nome da introdução está de acordo com as [[Wikipédia:RUSSO|regras específicas da comunidade]].|nome=Transliteração do nome}} ({{lang-ru|Михаи́л Серге́евич Горбачёв}}) {{pequeno|[[Ordem da Liberdade|GLC]]}} ([[Stavropol]], 2 de março de 1931) é um estadista e político [[Rússia|russo]]. Oitavo e último líder da [[União Soviética]], foi [[Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética|Secretário-Geral]] do [[Partido Comunista da União Soviética]] (PCUS) de 1985 a 1991. Foi chefe de Estado do país de 1988 a 1991, na posição de Presidente do Presidium do Soviete Supremo de 1988 a 1989, Presidente do Soviete Supremo de 1989 a 1990 e Presidente da União Soviética de 1990 a 1991. Ideologicamente, sua identificação inicial era com os ideais [[marxismo-leninismo|marxistas-leninistas]], tendo, entretanto, no início da década de 1990, se inclinado à [[social democracia]].
 
De origens russas e ucranianas, Gorbatchov nasceu em Privolnoye, [[Krai de Stavropol]] em uma família pobre camponesa. Nascido e criado durante o governo de [[Josef Stalin]], operava [[colheitadeira]]s em uma [[coletivização agrícola|fazenda coletiva]] durante sua juventude, antes de filiar-se ao Partido Comunista, que, à época, governava a União Soviética sob um regime [[unipartidarismo|unipartidário]] de orientação marxista-leninista. Durante seus estudos na [[Universidade Estatal de Moscou]], casou-se com sua colega de faculdade [[Raíssa Gorbachova|Raíssa Titarenko]] em 1953, dois anos antes de graduar-se em direito. Ao mudar-se para Stavropol, trabalhou para a [[Komsomol]], organização juvenil do PCUS e, após a morte de Stalin, tornou-se um forte apoiador das reformas [[desestalinização|desestalinizadoras]] do líder soviético [[Nikita Khrushchov]]. Foi nomeado Primeiro Secretário do Comitê Regional de Stavropol do PCUS em 1970, posição na qual supervisionou a construção do Grande Canal de Stavropol. Em 1978, retornou a Moscou para tornar-se Secretário do [[Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética|Comitê Central do PCUS]] e, em 1979, entrou para o [[Politburo do Partido Comunista da União Soviética|Politburo]]. Após os três anos que se seguiram desde a morte do líder soviético [[Leonid Brezhnev]], após os breves governos de [[Yuri Andropov]] e [[Konstantin Chernenko]], o Politburo elegeu Gorbatchov Secretário-Geral, tornando-o chefe de governo ''de facto'', em 1985.
 
Apesar de seu compromisso de preservar o estado soviético e seus ideais socialistas, Gorbatchov acreditava que reformas políticas significativas eram necessárias, especialmente após o [[acidente nuclear de Chernobyl]] de 1986. Ordenou a retirada soviética da [[Guerra do Afeganistão (1979-1989)|Guerra do Afeganistão]] e participou de diversos encontros com o [[presidente dos Estados Unidos|presidente]] dos [[Estados Unidos]] [[Ronald Reagan]] para limitar a proliferação de [[armas nucleares]] e acabar com a [[Guerra Fria]]. No que diz respeito à política interna, implementou a ''[[glasnost]]'' ("publicidade"), política que aumentava as liberdades de [[liberdade de expressão|expressão]] e [[liberdade de imprensa|imprensa]], e a ''[[perestroika]]'' ("reestruturação"), política que objetivava descentralizar a tomada de decisões no âmbito econômico, com o propósito de aumentar a eficiência econômica. Suas medidas democratizantes e a formação do Congresso dos Deputados do Povo enfraqueceram o sistema estatal unipartidário. Gorbatchov recusou-se a intervir militarmente nos vários países do [[Bloco do Leste]] que abandonaram suas orientações marxistas-leninistas nos anos de 1989 e 1990. Um sentimento nacionalista crescente ameaçava o colapso da União Soviética, levando partidários marxistas-leninistas a [[tentativa de golpe de estado na União Soviética em 1991|tentarem um golpe de Estado contra o governo de Gorbatchov]] em agosto de 1991. Subsequentemente, houve a [[dissolução da União Soviética]] contra os desejos de Gorbatchov, levando-o a renunciar em dezembro. Após deixar o cargo, criou a Fundação Gorbatchov, tornou-se crítico dos governos dos [[Presidente da Rússia|presidentes russos]] [[Boris Yeltsin]] e [[Vladimir Putin]], e fez campanha pelo movimento social-democrata russo.
 
Considerado uma das figuras mais importantes da segunda metade do século XX, Gorbatchov continua uma figura controversa. Galardoado com um grande número de prémios, incluindo o [[Prêmio Nobel da Paz]], foi amplamente elogiado por seu papel pelo fim da Guerra Fria, pela redução dos abusos de direitos humanos na União Soviética e por sua tolerância tanto à queda dos governos socialistas do [[leste europeu]] quanto à [[reunificação da Alemanha]]. Por outro lado, na Rússia, é constantemente escarnecido por não ter impedido o colapso soviético, evento que resultou em um declínio da influência russa no mundo e precedeu uma crise econômica.
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