Cleópatra: diferenças entre revisões

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Otaviano, Marco Antônio e [[Lépido|Marco Emílio Lépido]] formaram o [[Segundo Triunvirato]] em 43 aC, no qual foram [[Eleições na República Romana|eleitos]] para mandatos de cinco anos para restaurar a ordem na República e [[Terceira Guerra Civil da República Romana|levar os assassinos de César à justiça]].{{sfn|Roller|2010|p=75}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxi, 21–22}} Cleópatra recebeu mensagens de [[Caio Cássio Longino]], um dos assassinos de César, e [[Públio Cornélio Dolabela]], procônsul da Síria e apoiador de Cesarião, solicitando ajuda militar.{{sfn|Roller|2010|p=75}} Ela decidiu escrever a Cássio uma desculpa de que seu reino enfrentava muitos problemas internos, enquanto enviava as quatro legiões deixadas por César no Egito para Dolabela.{{sfn|Roller|2010|p=75}}{{sfn|Burstein|2004|p=22}} No entanto, essas tropas foram capturadas por Cássio na [[Palestina (região)|Palestina]].{{sfn|Roller|2010|p=75}}{{sfn|Burstein|2004|p=22}} Enquanto [[Serapião]], seu governador no Chipre, desertou para Cássio e lhe forneceu navios, a rainha levou sua frota para a Grécia para ajudar pessoalmente Otaviano e Antônio, mas seus navios foram fortemente danificados em uma tempestade no Mediterrâneo e ela chegou tarde demais para ajudar na luta.{{sfn|Roller|2010|p=75}}{{sfn|Burstein|2004|pp=22–23}} No outono de 42 aC, Antônio havia derrotado as forças dos assassinos de César na [[Batalha de Filipos]], na Grécia, levando ao suicídio de Cássio e Bruto.{{sfn|Roller|2010|p=75}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxi, 22–23}}
 
No final do ano, Otaviano havia conquistado o controle de grande parte da [[Leste grego e oeste latino|metade ocidental]] da República Romana e Antônio da metade oriental, com Lépido em grande parte marginalizado.{{sfn|Roller|2010|p=76}} No verão do ano seguinte, Antônio estabeleceu seu quartel-general em [[Tarso]], na Anatólia, e convocou Cleópatra em várias cartas, o que ela rejeitou até que o enviado do líder militar, [[Quintus Dellius]], a convenceu a ir.{{sfn|Roller|2010|pp=76–77}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxi, 23}} O encontro permitiu que ela esclarecesse o equívoco de que havia apoiado Cássio durante a guerra civil e endereçar as trocas territoriais no [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]], mas Antônio também desejava, indubitavelmente, formar um relacionamento pessoal e romântico com a rainha.{{sfn|Roller|2010|p=77}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxi, 23}}{{nota de rodapé|Como explicado por {{harvnb|Burstein|2004|p=23}}, Cleópatra apresentou-se como a deusa egípcia Ísis na aparência da deusa grega [[Afrodite]], encontrando seu divino marido, [[Osíris]], na forma do deus grego [[Dioniso]], que os sacerdotes do Templo de Ártemis em Éfeso haviam associado a Antônio antes deste encontro com Cleópatraa rainha. De acordo com {{harvnb|Brown|2011}}, um culto ao redor de Ísis se espalhou pela região por centenas de anos, e Cleópatra, como muitosmuitas de seussuas antecessoresantecessoras, procurou se identificar com Ísis e ser venerada. Além disso, algumas moedas sobreviventes de Cleópatra também a descrevem como Vênus-AfroditeVênus–Afrodite, como explicado por Fletcher.}} Ela navegou o [[Rio Berdan|rio Kydnos]] até Tarso, de ''Talêmago'', recebendo o comandante romano e seus oficiais para duas noites de banquetes luxuosos a bordo do navio.{{sfn|Roller|2010|pp=77–79}}{{sfn|Burstein|2004|p=23}} Cleópatra conseguiu limpar seu nome como uma suposta partidária de Cássio, argumentando que realmente tentara ajudar Dolabela na Síria e convenceu Antônio a mandar executar sua irmã exilada, Arsinoe IV, em Éfeso.{{sfn|Roller|2010|p=79}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxi, 24, 76}} Seu ex-governador rebelde no Chipre também foi entregue a ela para execução.{{sfn|Roller|2010|p=79}}{{sfn|Burstein|2004|p=24}}
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== Mausoléu ==