Palácio Nacional de Mafra: diferenças entre revisões

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{{Info/Edifício
|nome =Palácio Nacional de Mafra
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| visitantes = 274.255 (2014)
| website = [http://www.palaciomafra.pt palaciomafra.pt]
<!-- Património genérico -->
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<!-- Património Português -->
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<!-- Património da Humanidade -->
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}}
{{Info/Sítio do Patrimônio Mundial
|nome = Real Edificio de Mafra - Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada
|imagem =[[Imagem:2640_Mafra,_Portugal_-_panoramio_(1).jpg|265px]]
|imagem_legenda =Fachada Principal do Real Edificio de Mafra
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}}
O '''Convento/Palácio Nacional de Mafra''' localiza-se no concelho de [[Mafra (Portugal)|Mafra]], no [[distrito de Lisboa]], em [[Portugal]], a cerca de 25 quilómetros de [[Lisboa]]. É composto por um palácio e mosteiro monumental em estilo [[Barroco Joanino|barroco joanino]], na vertente alemã. Os trabalhos da sua construção iniciaram-se em [[1717]] por iniciativa de [[João V de Portugal]], em virtude de uma promessa que fizera em nome da descendência que viesse a obter da rainha [[Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal|dona Maria Ana de Áustria]].
 
residencial: palácio real
O edifício ocupa uma área aproximada de quatro hectares (37.790 m2). Construído em pedra lioz abundante na região de [[Mafra]] é constituído por 1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Geral/ContentList.aspx</ref>
 
|função_atual =religiosa: [[Igreja (edifício)|igreja]] paroquial
Está classificado como '''[[Classificação do património em Portugal#Monumento Nacional|Monumento Nacional]]''' e declarado [[Património Mundial|'''Património Mundial da Humanidade''']] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]].
 
cultural: [[museu]]
A sua construção é tema da obra Memorial do Convento, de José Saramago.
 
militar: [[quartel]]
== Classificações ==
Foi classificado como [[Monumento Nacional]] em [[1910]].
 
|proprietário_atual =[[Estado português]]
Foi um dos finalistas da iniciativa [[Sete Maravilhas de Portugal]] a 7 de Julho de [[2007]].
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}}
O '''Palácio Nacional de Mafra''' localiza-se no concelho de [[Mafra (Portugal)|Mafra]], no [[distrito de Lisboa]], em [[Portugal]], a cerca de 25 quilómetros de [[Lisboa]]. É composto por um palácio e [[mosteiro]] monumental em [[Estilo arquitetónico|estilo]] [[barroco joanino]], na vertente alemã. Os trabalhos da sua construção iniciaram-se em 1717 por iniciativa do rei {{lknb|d=s|João|V|de Portugal}}, em virtude de uma promessa que fizera em nome da descendência que viesse a obter da rainha [[Maria Ana de Áustria, Rainha de Portugal|D.&nbsp;Maria Ana de Áustria]].
 
O edifício ocupa uma área aproximada de quatro [[hectare]]s ({{fmtn|37790|[[Metro quadrado|m²]]}}). Construído em pedra [[lioz]] abundante na região de Mafra é constituído por {{formatnum:1200}} divisões, mais de {{formatnum:4700}} portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Geral/ContentList.aspx</ref>
Foi classificado pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] como [[Património Mundial|Património Mundial da Humanidade]] a 7 de Julho de 2019 durante a 43ª sessão em [[Baku]], [[Azerbaijão]].<ref>{{Citar web|titulo=UNESCO World Heritage Centre - nominations to be examined at the 43rd session of the World Heritage Committee (2019)|url=https://whc.unesco.org/en/newproperties/|obra=UNESCO World Heritage Centre|acessodata=2019-07-07|lingua=en|primeiro=UNESCO World Heritage|ultimo=Centre}}</ref>
 
Está classificado como [[Classificação do património em Portugal#Monumento Nacional|Monumento Nacional]] e declarado [[Património Mundial|Património Mundial da Humanidade]] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]].
==Basílica==
[[Ficheiro:Convento_de_Mafra_antes_de_1755.png|thumb|left|A fachada principal e a envolvente do Convento de Mafra, aproximadamente a meio do século XVIII.]]
[[Ficheiro:Basílica de Mafra - Interior.jpg|thumb|Basílica do Palácio Nacional de Mafra.]]
 
A sua construção é tema da obra ''[[Memorial do Convento]]'', de [[José Saramago]].
Trata-se de uma obra de enormes dimensões, que consegue num só edifício de grande escala, reunir uma igreja, um convento e um palácio. Sendo a obra de maior referência no reinado de [[D. João V]], o chamado [[período joanino]]. Numa altura em que Portugal vivia uma monarquia absoluta, esta obra nasce mais por necessidade política, usando o ouro vindo do [[Brasil]]. Desta forma, D. João V vai criar uma marca do seu reinado e mudar o paradigma da artes em [[Portugal]].<ref>Borges, Nelson Correia (1993), História da Arte em Portugal Do Barroco ao Rococó, Volume 9. Lisboa. Publicações Alfa, pp. 59-62</ref>
 
== Classificações ==
Foi classificado como Monumento Nacional em 1910. Foi um dos finalistas da iniciativa [[Sete Maravilhas de Portugal]] a 7 de julho de 2007. Foi classificado pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] como [[Património Mundial|Património Mundial da Humanidade]] a 7 de julho de 2019 durante a 43.ª sessão em [[Baku|Bacu]].<ref>{{Citar web|titulo=UNESCO World Heritage Centre - nominations to be examined at the 43rd session of the World Heritage Committee (2019)|url=https://whc.unesco.org/en/newproperties/|obra=UNESCO World Heritage Centre|acessodata=2019-07-07|lingua=en}}</ref>
 
==Basílica==
A [[basílica]] é uma obra de enormes dimensões que, num só edifício de grande escala, consegue reunir uma igreja, um convento e um palácio. Sendo a obra de maior referência no reinado de {{lknb|d=s|João|V|de Portugal}}, o chamado [[período joanino]]. Numa altura em que Portugal vivia uma monarquia absoluta, esta obra nasce mais por necessidade política, usando o [[Ciclo do Ouro|ouro vindo do Brasil]]. Desta forma, {{nowrap|D. João V}} vai criar uma marca do seu reinado e mudar o paradigma da artes em Portugal.<ref>Borges, Nelson Correia (1993), História da Arte em Portugal Do Barroco ao Rococó, Volume 9. Lisboa. Publicações Alfa, pp. 59-62</ref>
 
Destinado à [[Ordem dos Frades Menores|Ordem de São Francisco]], o Convento foi pensado inicialmente para 13 frades, mas o projeto foi sendo sucessivamente alargando para 40, 80 e finalmente uma comunidade de 300 religiosos e palácio real.
 
É escolhido para seu arquiteto [[João Frederico Ludovice]], ourives arquiteto e engenheiro militar prussiano que estudara arquitetura em [[Península Itálica|Itália]]. João Frederico Ludovice dirige a obra até 1730 e para sua conclusão deixa seu filho João Pedro Ludovice também arquiteto formado na escola de risco Mafrense.
 
Por vontade do Rei, a cerimónia da sagração da Basílica foi realizada no ano de 1730, a 22 de Outubrooutubro, data do seu 41º aniversário, que nesse ano caía a um domingo, dia destinado pelo ritual da Igreja para esse fim, embora as obras ainda estivessem bastante atrasadas.
 
Trezentos e vinte e oito frades arrábidos ingressaram então na comunidade de Mafra, vindos de diversos conventos na região mandados extinguir por Decreto Real.
 
Já no reinado de [[José I de Portugal|D. &nbsp;José]] I, os franciscanos foram os Franciscanos enviados para o [[Convento de Nossa Senhora da Arrábida|Convento da Arrábida]], em [[Setúbal]] e os [[Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho|Cónegos Regrantes de S. &nbsp;Agostinho]] transferidos da Patriarcal para o Convento de Mafra, onde se instalaram em 1771. Data da permanência dos Agostinhosagostinhos em Mafra, a encomenda das estantes da Biblioteca, em madeira entalhada em estilo ''[[rocaillerococó]]'', ao arquiteto [[Manuel Caetano de Sousa (1738-1802)|Manuel Caetano de Sousa]].
 
No reinado de [[dona {{lknb|d=s|Maria |I|D.de Maria I]]Portugal}}, em 1791, os Franciscanosfranciscanos regressam de novo a Mafra, mas apenas em número de duzentos.
 
A Basílicabasílica alberga, ainda hoje, a Paróquiaparóquia de Mafra (Santo André) e a [[Real e Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento de Mafra]].
 
==Palácio==
[[FicheiroImagem:Palácio NacionalConvento de Mafra (1853)antes de 1755.jpgpng|thumb|leftesquerda|PalácioA Nacionalfachada principal e a envolvente do Convento de Mafra, Litografiaem demeados 1853.</center>do {{séc|XVIII}}]]
[[Ficheiro:Pal%C3%A1cio_de_Mafra845.jpg |thumb|Palácio Nacional de Mafra, vista aérea.|ligação=Special:FilePath/Palácio_de_Mafra845.jpg]]
 
[[Imagem:Palácio Nacional de Mafra (1853).jpg|thumb|esquerda|[[Litografia]] do palácio de 1853]]
Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia. O nascimento da princesa [[Maria Bárbara de Bragança|dona Maria Bárbara]] determinou o cumprimento da promessa. Este [[palácio]] e [[convento]] [[barroco]] domina a vila de [[Mafra (Portugal)|Mafra]]. Foi classificado como [[Monumento Nacional]] em [[1910]] e uma das [[Sete Maravilhas de Portugal]] a 7 de Julho de [[2007]].
 
Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia. O nascimento da princesa [[Maria Bárbara de Bragança|Maria Bárbara]] determinou o cumprimento da promessa. Este [[palácio]] e [[convento]] barroco domina a vila de Mafra.
O trabalho começou a [[17 de Novembro]] de [[1717]] com um modesto projeto para abrigar 13 [[frade]]s [[franciscanos]], mas o ouro do [[Brasil]] começou a entrar nos cofres portugueses; dom João V e o seu arquiteto, [[Johann Friedrich Ludwig]] (Ludovice) (que estudara na [[Itália]]), iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 300 frades, num espaço de 40.000 m2 com um palácio real e uma das mais belas bibliotecas da [[Europa]], decorada com [[mármore]]s preciosos, [[Madeira (material)|madeiras]] exóticas e incontáveis obras de [[arte]]. A [[basílica]] foi consagrada no 41º aniversário do rei, em [[22 de Outubro]] de [[1730]], calhado a um domingo, com festividades de oito dias.
[[Imagem:Palácio de Mafra - Salão amarelo.jpg|thumb|right|A Sala Amarela do Palácio.]]
[[Imagem:Sala dos Destinos.jpg|thumb|left|A Sala dos Destinos.]]
[[Imagem:Palácio de Mafra - Salão.jpg|thumb|right|A Sala do Trono.]]
 
O trabalho começou a 17 de novembro de 1717 com um modesto projeto para abrigar 13 [[frade]]s franciscanos, mas o [[Ciclo do Ouro|ouro do Brasil]] começou a entrar nos cofres portugueses; {{nowrap|D. João V}} e o seu arquiteto, [[João Frederico Ludovice|Johann Friedrich Ludwig]] (Ludovice) (que estudara na [[Península Itálica|Itália]]), iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção empregou 52&nbsp;mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 300 frades, num espaço de {{fmtn|40000|[[Metro quadrado|m²]]}} com um palácio real e uma das mais belas bibliotecas da [[Europa]], decorada com [[mármore]]s preciosos, [[Madeira (material)|madeiras]] exóticas e incontáveis obras de [[arte]]. A basílica foi consagrada no 41º aniversário do rei, em 22 de outubro de 1730, calhado a um domingo, com festividades de oito dias.
No convento consumiam-se por ano 120 pipas de vinho, 70 pipas de azeite, quase 10 toneladas de arroz e 600 vacas. Junto ao Convento ficava o Jardim da Cerca, com horta e pomar, tanques de água e vários campos de jogo para lazer.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/conventomenu/ContentList.aspx</ref>
 
No convento consumiam-se por ano 120 pipas de vinho, 70 pipas de azeite, quase 10 toneladas de arroz e 600 vacas. Junto ao Convento ficava o Jardim da Cerca, com horta e pomar, tanques de água e vários campos de jogo para lazer.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/conventomenu/ContentList.aspx</ref>
 
Para a sua construção vieram técnicos de toda a [[Europa]]. Esta mão de obra especializada teve uma importante missão na realização do projeto de [[Ludovice]]. Assim vai receber vários tipos de contribuições, podendo ser uns mais activos e outros mais ilusórios. As ideias patentes neste Convento foram inspirado nos grandes palacetes urbanos do [[Barroco|Barroco internacional]], tendo como referência [[Basílica de São Pedro|São Pedro de Roma]], muito devido a [[Carlo Fontana|Carlos Fontana]] e a passagem do arquitecto por [[Roma]]. Em suma, Mafra é um bom exemplo de erudição, de boa arquitectura, de boa construção em termos de pura engenharia, conjugando a citação clássica com a necessidade de a apresentar enquanto espectáculo.<ref>Borges, N. C. (1993). ''História da Arte em Portugal. Do Barroco ao Rococó''. Volume 9. Lisboa: Alfa, p. 63</ref>
 
O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre aqui um projeto para a preservação dos [[lobo]]s ibéricos. O [[mosteiro]] passou a ser usado por forças militares desde [[1834]], após a dissolução das [[Ordem religiosa|ordens religiosas]]. Durante os últimos reinados da [[Dinastia de Bragança]], o Paláciopalácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em [[5 de Outubro]]outubro de [[1910]] o último rei, [[{{lknb|d=s|Manuel |II |de Portugal|dom Manuel II]]}}, para a praia da [[Ericeira]], onde o seu [[iate]] real o conduziu para o [[exílio]].
 
No palácio, pode-se visitar a [[farmácia]], com belos potes para [[medicamento]]s e alguns instrumentos [[cirurgia|cirúrgicos]], o [[hospital]], com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na [[capela]] adjacente, sem saírem das suas camas. No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada [[OcidenteOeste|ocidental]], com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 &nbsp;m de distância.
 
[[Imagem:Basílica de Mafra - Interior.jpg|thumb|[[Basílica]] do palácio]]
 
Algumas das divisões do palácio são: sala de Diana, sala do trono, torreão norte, galeria principal, sala das descobertas, sala dos destinos, sala da guarda, sala da bênção, sala dos camaristas, torreão sul, oratório sul, sala de [[D. Pedro V]], sala de música, sala de jogos, sala da caça, sala de jantar, salão grande dos frades e cela fradesca.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/palaciomenu/salas/ContentList.aspx</ref>
 
Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da Basílicabasílica coberta com uma [[cúpula]]. O interior da Basílicabasílica é forrado a mármore e equipado com seis [[órgão (instrumento)|órgãos]] do princípio do [[século {{séc|XIX]]}}, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo. O átrio da basílica é decorado por belas [[escultura]]s italianas. Aqui existiu ainda a Escola de Escultura de Mafra, criada por [[D.&nbsp;José I de Portugal|dom José I]] em [[1754]], foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor [[ItáliaItalianos|italiano]] [[Alessandro Giusti]]. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de [[javali]]s.
 
O real edifício de Mafra é um organismo complexo, delimitado nos seus ângulos por duas [[torre]]s-blocos, de [[Arquitectura militar de Portugal|linguagem militar]], onde vamos encontrar os palácios do rei e da rainha, tendo a igreja como ponto central. O convento ocupa a parte de trás do edifício, ou seja, a fachada principal é destinada ao rei, e na sua parte posterior é que vai surgir o convento.
 
{{Panorama|Panorama Palácio Nacional de Mafra Terreiro D. Joao V. Foto 2016 Wolfgang Pehlemann DSC00846.jpg|1000px|Fachada principal do Palácio Nacional de Mafra em 2016}}
O real edifício de Mafra é um organismo complexo, delimitado nos seus ângulos por duas [[torres]]-blocos, de linguagem [[Arquitectura militar de Portugal|militar]], onde vamos encontrar os palácios do rei e da rainha, tendo a igreja como ponto central. O convento ocupa a parte de trás do edifício, ou seja, a fachada principal é destinada ao rei, e na sua parte posterior é que vai surgir o convento.
[[File:Panorama Palácio Nacional de Mafra Terreiro D. Joao V. Foto 2016 Wolfgang Pehlemann DSC00846.jpg|thump|center|1000px|<center>Panorama Palácio Nacional de Mafra (2016)]]
 
==Colecções do Palácio==
O espólio do Palácio Nacional de Mafra inclui peças provenientes do [[Convento de Nossa Senhora e Santo António]], predominantemente do século {{séc|XVIII}}, que inclui pintura, escultura, metais, paramentos, entre outros, encomendados por [[{{nowrap|D. João V]]}} aos principais centros de arte europeus e peças originárias do Paço Real que são essencialmente do século {{séc|XIX}} e que reflectem a funcionalidade do palácio como residência de lazer ligada à caça praticada pela família real.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/ContentList.aspx</ref>
 
====Cerâmica====
 
A colecção de cerâmica divide-se no núcleo conventual, com peças em faiança branca para uso quotidiano (pratos, taças, galheteiros, púcaros, etc.), fabricadas em olarias locais, com a inscrição MAFRA. Foram encomendadas e pagas por D. João V para os 300 frades que habitaram o Real Convento de Mafra. Da antiga botica conventual, existem alguns canudos e mangas para as preparações medicinais.
[[Imagem:Sala dos Destinos.jpg|thumb|Sala dos Destinos]]
 
[[Imagem:Palácio de Mafra - Salão amarelo.jpg|thumb|Sala Amarela]]
 
[[Imagem:Palácio de Mafra - Salão.jpg|thumb|Sala do Trono]]
 
[[Imagem:MafraPalace-Library.jpg|thumb|Biblioteca]]
 
A colecção de cerâmica divide-se no núcleo conventual, com peças em faiança branca para uso quotidiano (pratos, taças, galheteiros, púcaros, etc.), fabricadas em olarias locais, com a inscrição MAFRA. Foram encomendadas e pagas por {{nowrap|D. João V}} para os 300 frades que habitaram o Real Convento de Mafra. Da antiga botica conventual, existem alguns canudos e mangas para as preparações medicinais.
O outro núcleo, relativo ao palácio, compreende cerâmica utilitária e decorativa proveniente da Casa Real, destacando-se a porcelana decorativa de origem francesa e oriental dos séculos XVIII e XIX.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/ceramica/ContentList.aspx</ref>
 
====Escultura====
A coleção de escultura compreende toda a estatuária da Basílicabasílica, encomenda joanina a grandes mestres italianos, entre os quais se contam Lironi, Monaldi, [[Pietro Bracci|Bracci]], Maini, Corsini, Rusconi e Ludovisi, constituindo a mais significativa colecção de escultura barroca italiana fora de Itália, constituída por 58 estátuas de mármore de Carrara, a qual inclui ainda os seus estudos em [[terracota]], bem como a produção da Escola de Escultura de Mafra, aqui criada no reinado de dom D.&nbsp;José I sob a direção do mestre italiano Alessandro Giusti, e por onde passaram importantes escultores como [[Joaquim Machado de Castro|Machado de Castro]].<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_escultura/ContentList.aspx</ref>
 
====Ourivesaria====
A colecção inclui ourivesaria civil e religiosa muito diversificada, de origem portuguesa, italiana e também britânica, datada dos séculos XVIII e XIX.
Cálices e relicários do século {{séc|XVIII}} de mestres italianos constituem parte da colecção.
No âmbito do palácio, o espólio compreende bacias, castiçais, leiteiras, escrivaninhas.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_ourivesaria/ContentList.aspx</ref>
 
====Metais====
A colecção de metais inclui os utensílios religiosos de uso na basílica como relicários, castiçais, cruzes, turíbulos e navetas, caixas para hóstias, lampadários executados em Itália, tocheiros e gradeamento em ferro e bronze da capela do Santíssimo Sacramento da autoria de René Michel Slodtz (escultor) ou das banquetas de altar encomendadas por D. {{lknb|d=s|João|VI|de VIPortugal}} e executadas sob a direcção do escultor João José de Aguiar no Arsenal de Lisboa.
Existem também objectos de uso quotidiano do convento, como castiçais e palmatórias, bacias, jarros e bilhas, braseiras, entre outros.
A colecção é completa com os objectos de uso palaciano, como candeeiros, castiçais, travessas, pratos e utensílios de cozinha.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_metais/ContentList.aspx</ref>
 
====Mobiliário====
Do mobiliário da época Joanina pouco resta pois a maior parte do mobiliário, tapeçarias e obras de arte foram transportadas aquando da [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|ida da Corte para o Brasil]] na época das Invasões[[Guerra FrancesasPeninsular|invasões francesas]], nunca tendo regressado da [[Colonização do Brasil|colónia]], tendo sido leiloado em 1890 e com destino incerto, após a instauração da república no Brasil em 1889.<ref>https://www.ipharj.org/os-leiloes-do-palacio-imperial-de-sao-cristovao/</ref>
Assim, os ambientes atuais do palácio são fundamentalmente do século {{séc|XIX}}, bastante diversificados, predominando o estilo Império e o mobiliário romântico.
No palácio real, destacam-se uma cama de aparato Império, em mogno e com bronzes, as respectivas mesas de cabeceira de meados do séc. XIX, adquirida pela Rainha D.rainha {{lknb|d=s|Maria|II|de IIPortugal}}, três cadeiras profusamente entalhadas em pau-santo e ainda uma credência entalhada e dourada assinada por José Aniceto Raposo (1756-1824), notável entalhador e inventor.
Quanto ao mobiliário conventual, consiste essencialmente em camas, bancos, mesas e estantes pertencentes às celas fradescas, e que foram posteriormente utilizados pela Corte após a extinção das Ordens Religiosas.
Destacam-se três estantes do mestre entalhador da Casa das Obras e Paços Reais António Ângelo, encomenda de [[{{nowrap|D. João VI]]}} para o Corocoro do Conventoconvento da Basílicabasílica e um mostrador da antiga botica, um dos poucos exemplares do século {{séc|XVIII}} existentes em Portugal.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_mobiliario/ContentList.aspx</ref>
 
====Pintura====
Para os altares da Real Basílica, para as diversas capelas e áreas conventuais, como a portaria e o refeitório, dom {{nowrap|D. João V}} encomendou uma coleção de pintura religiosa que se conta entre as mais significativas do [[século {{séc|XVIII]]}}. Avultam, neste assinalável conjunto, obras dos pintores italianos [[Agostino Masucci|Masucci]], com uma “Sagrada Família”, tela preferida do rei [[{{nowrap|D. João V]]}}, [[Corrado Giaquinto|Giaquinto]], [[Francesco Trevisani|Trevisani]] ou [[Pompeo Batoni|Battoni]] e de portugueses bolseiros em Roma como [[Vieira Lusitano]] e Inácio de Oliveira Bernardes, bolseiros do Reirei {{nowrap|D. João V}} na Academia de Portugal em Roma.
A colecção de pintura abrange Mestres da Escola Italiana da 1ª metade do século {{séc|XVIII}}, com telas que pertenciam aos altares da Basílicabasílica e às principais salas do Convento.
Também [[Sebastiano Conca]] (1680-1764) com a tela “Imaculada Conceição”, tema de particular devoção da ordem fransciscana.
Mafra tornou-se o maior centro difusor do gosto romano da época, quer pela quantidade de obras, quer pela diversidade de artistas que para aqui trabalharam.
A colecção integra ainda pintores portugueses do século {{séc|XIX}}, como António Manuel da Fonseca (1796 – 1890), [[António da Silva Porto|Silva Porto]], Carlos Reis ou João Vaz, pertencentes à colecção pessoal de [[D. {{lknb|d=s|Fernando|II|de II]]Portugal}}, [[D. Luís I de Portugal|D.&nbsp;Luís]] e [[D. Carlos I de Portugal|D.&nbsp;Carlos]].
De destacar, também as marinhas executadas pelo rei D. Carlos e um retrato de [[D. {{lknb|d=s|Manuel|II|de II]]Portugal}}, pintado por [[José Malhoa]] em 1908 quando da sua subida ao trono.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_pintura/ContentList.aspx</ref>
 
====Têxteis/Paramentosparamentos====
Para ornamentar a Real Basílica de Mafra, {{nowrap|D. João V}} fez encomenda de ornamentos e [[Veste litúrgica|paramentos]] em França e em Itália (Génova e Milão).
A colecção é composta por paramentos nas cinco cores litúrgicas (carmesim, branco, preto, roxo, verde).
Segundo especificação do rei, os paramentos deveriam ser de “...seda, não adamascada nem lavrada, mas sim forte, e de muita dura [... ] bordados a seda cor de ouro a mais parecida que puder ser com o mesmo ouro."
A importância desta colecção deve-se também ao grande número de peças que a compõem. Como exemplo, o paramento usado na procissão do Corpo de Deus, tem 25 casulas, 8 dalmáticas, 12 capas bordadas, 70 pluviais, para além de panos de estante, capas de missal, pano de púlpito, umbelas, entre outros. Para a maior parte dos conjuntos existiam ainda dosséis, estandartes, pavilhões de sacrário, etc.
Foi ainda encomendada toda a “roupa branca” de sacristia, como albas, roquetes, cotas, toalhas, corporais, sanguíneos, etc.<ref>http://www.palaciomafra.gov.pt/pt-PT/Colecoes/colecoes_texteis/ContentList.aspx</ref>
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==Carrilhões==
O Paláciopalácio possui ainda dois [[carrilhão|carrilhões]], mandados fabricar em [[Antuérpia]] e em [[Liège]] por [[João V de Portugal{{nowrap|domD. João V]]}}, com um total de 98 sinos. São os maiores carrilhões do século {{séc|XVIII}} existentes no mundo. Cada um deles cobre uma amplitude de quatro oitavas (por isso considerados carrilhões de concerto).
 
Foram realizados por dois fundidores de sinos dos Países Baixos: Willelm Witlockx, um dos mais respeitados fundidores de sinos em Antuérpia e Nicolaus Levache, um fundidor de Liége[[Liège]] responsável por diversos carrilhões e que deixou, efetivamente, em Portugal uma tradição de fundição que perdurou por mais de um século após a conclusão do trabalho em nada
 
Este conjunto único inclui também o maior conjunto conhecido de sistemas de relógios e de cilindros de melodia automática; ambas as torres de Mafra possuem mecanismos automáticos de toque (quatro cilindros rotativos com cavilhas e alavancas) Este é um marco mundial para o estudo, quer da música automática quer da relojoaria. Estes complexos engenhos são capazes de tocar de modo intermutável de entre cerca de dezasseis diferentes e complexas peças de música, em qualquer momento. Os cilindros melódicos de Mafra foram executados pelo famoso De Beefe, construtor de relógios dos Países Baixos da primeira metade do século {{séc|XVIII}}.<ref>Informação fornecida por Palácio Nacional de Mafra</ref>
 
==Biblioteca do Convento de Mafra==
O maior [[tesouro]] de Mafra é a sua [[biblioteca]], com chão em [[mármore]], estantes em estilo [[rococó]] e uma coleção de mais de {{formatnum:30000}} livros com encadernações em couro gravadas a [[ouro]], incluindo uma segunda edição de ''[[Os Lusíadas]]'' de [[Luís de Camões]]. Abrange áreas de estudo tão diversa como a [[medicina]], [[farmácia]], [[história]], [[geografia]] e viagens, [[filosofia]] e [[teologia]], [[direito canónico]] e [[direito civil]], [[matemática]], [[história natural]], [[sermonária]] e [[literatura]].
[[Ficheiro:MafraPalace-Library.jpg|thumb|Biblioteca do Convento de Mafra.]]
 
Situada ao fundo do segundo piso, a estrela do palácio, rivaliza em grandiosidade com a Biblioteca da [[Abadia de Melk]], na [[Áustria]]. Desenhada por [[João Frederico Ludovice]], sendo as estantes de autoria de [[Manuel Caetano de Sousa]], tem 88 metros de comprimento, 9,5 metros de largura e 13 metros de altura. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira em estilo rococó, situadas em duas filas laterais e separadas por um varandim, contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XV ao XIX. Entre eles, muitas jóias bibliográficas, como [[incunábulo]]s. Muitos deste volumes foram encadernados na oficina local. A biblioteca de Mafra é também conhecida por acolher [[morcego]]s, que ajudam a preservar as obras.<ref>Informação fornecida por Palácio Nacional de Mafra</ref>
O maior [[tesouro]] de Mafra é a sua [[biblioteca]], com chão em [[mármore]], estantes em estilo [[rococó]] e uma coleção de mais de 30 000 livros com encadernações em couro gravadas a [[ouro]], incluindo uma segunda edição de [[Os Lusíadas]] de [[Luís de Camões]]. Abrange áreas de estudo tão diversa como a [[medicina]], [[farmácia]], [[história]], [[geografia]] e [[viagens]], [[filosofia]] e [[teologia]], [[direito canónico]] e [[direito civil]], [[matemática]], [[história natural]], [[sermonária]] e [[literatura]].
 
Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da [[Abadia de Melk]], na [[Áustria]]. Desenhada por [[João Frederico Ludovice]], sendo as estantes de autoria de [[Manuel Caetano de Sousa]], tem 88 metros de comprimento, 9,5 metros de largura e 13 metros de altura. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira em estilo rococó, situadas em duas filas laterais e separadas por um varandim, contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XV ao XIX. Entre eles, muitas jóias bibliográficas, como [[incunábulo]]s. Muitos deste volumes foram encadernados na oficina local. A biblioteca de Mafra é também conhecida por acolher [[morcego]]s, que ajudam a preservar as obras.<ref>Informação fornecida por Palácio Nacional de Mafra</ref>
 
{{Referências}}
 
==Bibliografia==
*GOMESGomes, Joaquim da Conceição. ''Descrição minuciosa do monumento de Mafra, ideia geral da sua origem e construção e dos objetos mais importantes que o constituem''. Segunda edição, correta e aumentada com muitas notas e com uma notícia de Sintra, seus edifícios e arredores. Imprensa Nacional: 1871. <!--In 8º 108 + {2} p.; Br.; Inoc.: XII, p. 32, Nº 6943; 2ª Edição. O autor, natural de Mafra, nasceu em 20 de Marçomarço de 1829. Ajudante de Relojoeiro, foi encarregado dos relógios e dos carrilhões do Convento de Mafra. A obra descreve minuciosamente o Convento, com muitas referências aos vários objetos de arte que ali existem, e contém ainda uma descrição de Sintra e seus arredores.-->
 
==Ver também==
 
*[[D. João V]]
*[[João Frederico Ludovice]]
*[[Real e Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento de Mafra]]
 
==Ligações externas==
{{CommonsCommonscat|Palácio Nacional de Mafra||o}}
*[{{Oficial|http://www.palaciomafra.pt Sítio oficial]}}
*[https://{{Citar web.archive.org/web/20120511085547/|url=http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/museus_palacios/ContentDetail.aspx?id=1125 |wayb=20120511085547|título=Palácio Nacional de Mafra|publicado=Instituto dos (Museus e Paláciosda /Conservação. www.ipmuseus.pt|datali=julho de IMC)]2019}}
* {{Link-igespar|69940|Palácio Nacional de Mafra}}
 
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[[Categoria:Mafra (freguesia)]]