Mestre Ataíde: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Manuel da Costa Ataíde - Assunção da Virgem2.jpg|thumb|left|''Assunção da Virgem'', Rosário dos Pretos em Mariana.]]
 
Num tempo em que a espetaculizaçãoespetacularização do culto religioso era uma tônica, e todas as artes concorriam para a criação de uma "obra total" sintetizada no templo feericamente decorado, onde a celebração ocorria em meio a música e oratória sagrada, e a arquitetura resplandecia em mobílias entalhadas, pratarias, pinturas, estatuária e retábulos dourados,<ref name="Araújo"/> cabe lembrar que Ataíde não foi apenas pintor, mas grande parte de sua carreira foi empregada nas tarefas de douramento de talha e encarnação de estátuas.<ref name="Cronologia"/>
 
Entretanto, é certo que a memória de Ataíde permanece principalmente ligada à pintura de tetos de igrejas, além de alguns painéis e telas portáteis. A organização básica do conjunto é quase sempre a mesma: a partir do alto das paredes o pintor produz no teto uma pintura que sugere ilusionisticamente a continuidade da arquitetura até que ela se abre para o céu, onde é representada uma [[epifania]]. A técnica do ilusionismo arquitetônico para decoração de tetos fora desenvolvida na Itália, sistematizada pelo jesuíta [[Andrea Pozzo]], e por seu impacto visual e poderes evocativos recebeu viva aceitação tanto na Europa como no Brasil colonial. Em Minas a técnica foi introduzida aparentemente por [[Antônio Martins da Silveira]] no forro da capela-mor do Seminário Menor de Mariana, datado de 1782, inaugurando um esquema retomado inúmeras vezes pelos artistas posteriores. Ataíde melhor exibiu a força do seu gênio na elaboração desse tipo de composição, que exigia grandes capacidades de organizar coerentemente imagens diversificadas em uma escala monumental, além de bons conhecimentos de perspectiva e das leis do [[escorço]].<ref name="Encurralado"/><ref name="Paiva"/>