História do Rio Grande do Sul: diferenças entre revisões
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:: ''"É Pelotas a cidade predileta do que eu chamo de aristocracia rio-grandense. Aqui é que o estancieiro, o gaúcho cansado de criar bois e domar cavalos no interior da Campanha, vem gozar as onças e os patacões que ajuntou em tal mister"''.<ref name="COSTA"/>
Enquanto esse ciclo econômico continuava, na política a situação começava a mudar. Em 1881 voltou à sua terra natal um grupo de jovens liderado por [[Júlio de Castilhos]], depois de temporada de estudos em São Paulo, onde entraram em contato com ativos intelectuais e com a filosofia positivista. A campanha [[abolicionista]] ganhava as ruas e Castilhos assumiu imediatamente a dianteira do movimento, ao mesmo tempo em que criava um [[Partido Republicano (Brasil)|Partido Republicano]] diferenciado, o [[Partido Republicano Rio-grandense]] (PRR), inspirado no [[Positivismo]], cujo porta-voz foi o influente jornal ''[[A Federação]]''. A partir de 1884, por iniciativa do Centro Abolicionista do Parthenon Literário, contando com a
Na alvorada da [[Proclamação da República do Brasil|República]] Júlio de Castilhos assumiu a secretaria do governo e em seguida participou no Rio da elaboração da nova Constituição. Voltando ao estado em 1891, passou a trabalhar na Constituição Estadual. Aprovada em 14 de julho, no mesmo dia se realizou a primeira eleição para uma Presidência constitucional, saindo-se Castilhos vencedor com 100% dos votos. Mas as rivalidades políticas se acirraram a um ponto sem retorno. O [[Partido Federalista do Rio Grande do Sul|Partido Federalista]] (antigo Partido Liberal) lutava pela centralização e o [[parlamentarismo]]; o Partido Republicano pelo sistema [[presidencialista]] e pela autonomia provincial. Depois de várias mudanças de governo deflagrou-se uma nova guerra civil em 1893, a [[Revolução Federalista]], liderada por [[Gaspar da Silveira Martins|Silveira Martins]], antigo adversário de Castilhos, que estava de novo no poder. Se na Revolução Farroupilha ainda se viram cenas de nobreza, honra e altruísmo, ao longo da Revolução Federalista generalizou-se a crueldade e a vilania. [[Décio Freitas]] diz que foi a mais violenta das guerras civis em toda a [[América Latina]], e outros que escreveram sobre ela não cessam de reiterar expressões de horror. Durou mais de dois anos e ceifou mais de dez mil vidas, imprimindo uma nódoa de ódio fratricida que até hoje envergonha a memória do estado.<ref name="COSTA"/><ref name="FLORES"/>
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