Terceira invasão francesa de Portugal: diferenças entre revisões

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A [[Segunda Invasão Francesa]] terminou com a retirada do II CE do marechal [[Nicolas Jean de Dieu Soult|Nicolas-Jean de Dieu Soult]] para a [[Galiza]]. Sir [[Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington|Arthur Wellesley]] tinha agora de se preocupar com o [[I Corps (Grande Armée)|I CE]] do marechal Victor ([[Claude Victor-Perrin]]), que se encontrava na Estremadura Espanhola e deu então início à [[Campanha de Talavera]], primeira ofensiva britânica em [[Espanha]]. A ameaça sobre as linhas de comunicações com [[Lisboa]] e a falta de apoio logístico por parte das autoridades espanholas obrigaram Wellesley a retirar para Portugal, apesar da vitória obtida na [[Batalha de Talavera]].
 
Frustrados os planos para a conquista de [[Portugal]] em 1809, [[Napoleão]] nomeou o marechal [[André Masséna]] comandante do novo “Exército de Portugal”, constituído por três corpos de exército, cerca de 65 000 homens. Masséna era um dos marechais de mais elevada reputação no [[Primeiro Império Francês|Império Francês]]. Napoleão estava de tal forma confiante na sua capacidade de levar a bom termo esta missão que não enviou ordens a nenhum outro comandante francês na Península para lhe prestar qualquer apoio. Em Maio de 1810, em [[Salamanca]], Masséna assumiu o comando daquele exército.
 
Wellesley, já [[duque de Wellington]], manteve o seu exército afastado da luta contra os franceses após a [[Batalha de Talavera]], situação provocada pela falta de colaboração por parte das autoridades e dos generais espanhóis durante aquela campanha. A defesa da [[Andaluzia]] ficava entregue unicamente aos exércitos espanhóis. Por outro lado, Wellesley compreendia a situação de uma forma diferente das autoridades espanholas e as suas intenções tinham em conta os factores seguintes<ref>OMAN, pag. 109</ref>:
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''Ver o artigo [[Retirada de Massena]]''<br />
 
Massena manteve-se frente às Linhas de Torres Vedras durante quatro semanas. Depois retirou para posições entre [[Rio Maior]] e [[Santarém (Portugal)|Santarém]], onde podia obter alimentos mais facilmente. Podia resolver por algum tempo o problema do abastecimento do seu exército, mas não podia atingir o seu objectivo, Lisboa, pois continuava isolado de todos os outros exércitos franceses. À sua retaguarda, as acções de guerrilha desenvolvidas pelas milícias e ordenanças criavam-lhe as maiores dificuldades. Para enviar um relatório da situação a '''Napoleão''' foi enviado o general Foy e foi necessária uma escolta formada por um batalhão de infantaria e um esquadrão de cavalaria - entre 500 a 750 homens - e no regresso Foy era escoltado por 1800 homens<ref>GLOVER, pag. 142 e 143.</ref>.
 
A situação provocava um desgaste grande no exército francês. Dos cerca de 65 000 franceses que tinham entrado em Portugal, em Setembro só 46 500 estavam presentes. Uma divisão estava a caminho para reforçar este exército, mas isso, na realidade, significava um problema de mais 7500 homens para alimentar. Wellesley, pelo contrário, recebia apoios pelo mar e tinha o porto de Lisboa à sua disposição. Recebeu abastecimentos e reforços. Em Março, ele tinha sete divisões e estava a formar-se a oitava. As tropas portuguesas continuavam a receber treino e a melhorar as suas capacidades<ref>GLOVER, pag. 143.</ref>. Masséna manteve esta situação durante cinco meses. No dia 6 de Março, um camponês comunicou aos britânicos que os franceses tinham deixado acesas as fogueiras dos acampamentos, retirando-se durante a noite.