Jardim Duque da Terceira: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Linha 22:
A transição entre o «Jardim de Baixo» e o «Jardim de Cima» é feita por um talude que tem como elementos decorativos pequenos muretes em «pedra queimada», ou seja em grandes pedras de [[bagacina]] basáltica castanho-avermelhada, de aspecto rústico, entre os quais estão plantados diversos arbustos. A construção desta estrutura foi concluída em 1928, ano em que a pedido de um particular foi construído o quiosque em madeira ainda existente na extremidade sul daquela zona, destinado a venda de doçaria e bebidas.<ref name="CE"/> Em 1929 foi aprovada a construção de um aviário, para aves decorativas, projecto que não se concretizou, mas que levou à criação do espaço que depois seria a estufa fria do jardim, hoje a casa de chá e restaurante ali existente.
 
A plataforma superior, o «Jardim de Cima», que inicialmente foi zona de aclimatação e depois bosque, começou a ganhar a presente configuração em 1922, com a abertura dos primeiros caminhos. Contudo, apenas na década de 1940 passou a ser jardim, com a criação dos canteiros e do pequeno lago ali existente. Foi nessa década que se instalaram os taludes relvados, um novo tanque, a escadaria de acesso ao Tanque do Preto, os bancos de jardim e a [[pérgula]] que serviu de estufa fria até à construção da actual casa de chá. O «Tanque do Preto» já ali existia, alimentado inicialmente pela levada da Ribeira dos Moinhos e com o seu negro com [[cocar]] brasileiro, sendo o que resta do sistema de rega da antiga cerca dos franciscanos. Nas décadas de 1950 e 1960 realizaram-se no relvado confinante com a pérgula sessões teatrais e de cinema, muito frequentadas no verão.<ref name="CE"/>
 
A partir da plataforma onde se localiza o «Tanque do Preto» parte uma ampla e sinuosa escadaria que liga o jardim à [[Alto da Memória|Memória]]. A ligação à Memória foi construída em 1898, por iniciativa de [[Silva Sarmento]], que por duas vezes foi presidente da Câmara Municipal entre 1896 e 1898, ficando designada por «Passagem Silva Sarmento», topónimo que se mantém. O projecto, considerado ao tempo como caro, veio permitir uma ligação pedonal entre a baixa da cidade e o Bairro de São João de Deus e o Outeiro, ao mesmo tempo que aproveita a ampla paisagem sobre a cidade que sele se desfruta. Ao tempo tinha como atractivo adicional a presença das rodas das azenhas da [[Ribeira dos Moinhos (Angra do Heroísmo)|Ribeira dos Moinhos]], já que seguia ao longo daquela levada, da qual hoje pouco resta.
 
==Descrição==