Matilde Sauvayre da Câmara: diferenças entre revisões

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Nasceu no [[Solar dos Viscondes de Nogueiras|solar dos Viscondes das Nogueiras]], na rua da Mouraria, freguesia de [[São Pedro (Funchal)|São Pedro, concelho do Funchal]], a 23 de março de 1871. A sua formação literária começou ao abrigo da sua avó, [[Matilde Isabel de Santana e Vasconcelos Moniz de Betencourt|Matilde Isabel de Santana Vasconcelos Moniz de Bettencourt, Viscondessa das Nogueiras]] ([[1805]]-[[1888]]). Esta escritora, poetisa e [[Tradução|tradutora]] madeirense, autora de [["Diálogo de Uma Avó e a Sua Neta"|''"''Diálogo de Uma Avó e a Sua Neta"]] (1862), designado pelo [[Conselho Superior de Instrução Pública|Conselho Superior de Instrução pública]] para utilização nas escolas, teve grande influência na biografada. Com ela aprendeu, tal como as suas irmãs - [[Maria Celina Sauvayre da Câmara]] ([[1857]]-[[1929]]) e [[Maria das Dores Sauvayre da Câmara]] (1864-1941) - as "arts dágrement".<ref name=":0" />
 
Filha de João Sauvayre da Câmara de Vasconcelos e Matilde Lúcia de Santana e Vasconcelos Moniz de Bettencourt, Matilde Sauvayre da Câmara apresentou-se ao público, primordialmente, como cantora em eventos semi-privados, nos quais participava com a sua irmã, Maria das Dores, que desde nova se dedicou sobretudo à prática pianística, tendo participado nos eventos musicais funchalenses de finais do [[século XIX]]. Entre estes são exemplo os saraus em casa do médico [[Adriano Augusto Larica]] e dos [[viscondes de Monte Belo]], em janeiro de 1893)<ref name=":0" />. Matilde fez a sua primeira apresentação de produção musical e dramática original, em fevereiro de 1893, na récita de Carnaval realizada no [[palácio dos Viscondes de Torre Bela]]. Neste evento foram interpretadas algumas das suas canções integrantes da [[Literatura|opereta literária]] "Charada", composta na coautoria de [[Carolina Dias de Almeida]]. <ref name=":0" />
 
Um dos momentos mais marcantes da sua carreira prendeu-se com a récita de gala à coroa portuguesa, realizada no [[Teatro D. Maria Pia]] (atual [[Teatro Municipal Baltazar Dias|Teatro Municipal]]) em [[20 de junho]] de [[1901|1901.]] Nesta ocasião apresentou a sua comédia "Morto à Força" e o quadro ''Arraial Madeirense.'' A récita foi dedicada ao [[rei D. Carlos]] e à [[Amélia de Orleães|rainha D. Amélia]], aquando da visita dos monarcas à região.<ref name=":0" />
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* ''Perguntas ao Luar'' e ''Canção da Serra''.
 
Este conjunto de obras constitui apenas parte da produção da compositora neste género musical, constituinte do seu legado. Uma dúzia das obras foram também adaptadas para acompanhamento por guitarra, além do piano. A sua composição musical com acompanhamento nunca chegou a fazer parte do domínio público, sendo que se estipula que esta tenha sido apresentada sobretudo em contextos privados e semi-privados, entre os quais, possivelmente, saraus nas suas moradias na [[freguesia do monte[[Monte (Funchal)|Monte]], designadamente a [[Quinta da Florença]] e uma moradia na vila Acácia, nas Cruzes.<ref name=":0" />
 
== Prémios e homenagens ==