Apartheid de género: diferenças entre revisões

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=== Arábia Saudita ===
As práticas da Arábia Saudita em relação às mulheres têm sido referidas consistentemente como "apartheid de género". <ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20050315083110/http://www.womensenews.org/article.cfm/dyn/aid/2212/context/ourdailylives|titulo=Taking the Gender Apartheid Tour in Saudi Arabia|data=7 de Março de 2005|publicado=Women's eNews (Arq, em WayBack Machine)|ultimo=Jensen|primeiro=Rita Henley|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Women in Saudi Arabia are caught in a system of gender apartheid {{!}} DW {{!}} 30.12.2013|url=https://www.dw.com/en/women-in-saudi-arabia-are-caught-in-a-system-of-gender-apartheid/a-17330976|obra=DW.COM|acessodata=2019-07-13|lingua=en-GB|primeiro=Deutsche|ultimo=Welle (www.dw.com)}}</ref>Atos de apartheid de género manifestam-se de muitas formas diferentes, tais como a proibição de as mulheres frequentarem a educação física na escola e de assistir a eventos desportivos nos estádios.<ref>{{Citar web|titulo=Activists Say ‘Gender Apartheid’ Saudi Arabia Should Have Been Excluded From Olympics|url=https://www.cnsnews.com/news/article/activists-say-gender-apartheid-saudi-arabia-should-have-been-excluded-olympics|obra=CNS News|data=2012-08-01|acessodata=2019-07-12|lingua=en}}</ref> As mulheres eram anteriormente proibidas de conduzir e ainda necessitam de autorização masculina para viajar. O [[Mutaween|"Comitê para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício"]] supervisiona a aplicação da segregação sexual na vida civil saudita; qualquer mistura ilegal entre os sexos é punida severamente. Mais recentemente, foi introduzido um novo sistema tecnológico que alerta os tutores masculinos por texto quando a mulher dependente deixa o país.<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Harding|primeiro=Luke|ultimo2=agencies|primeiro2=and|data=2012-11-23|titulo=Saudi Arabia criticised over text alerts tracking women's movements|url=https://www.theguardian.com/world/2012/nov/23/saudi-arabia-text-alerts-women|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> Em geral, as mulheres na Arábia Saudita possuem os mesmos direitos legais que os menores e não podem tomar decisões importantes, por exemplo, na educação, trabalho e saúde, sem o consentimento de um parente masculino, o seu "guardião".<ref name=":5" /> O sistema do "guardião" está oficialmente abolido, mas na prática e também oficialmente continua, apesar da Arábia Saudita ter assinado, em 2001, a [[Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres|Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW).]]<ref>{{citar web|url=https://www.refworld.org/docid/4a55b2c112.html|titulo=Saudi Arabia: Women's Rights Promises Broken|data=8 de Julho de 2009|publicado=UNHCR|obra=Human Rights Watch}}</ref>
 
Ativistas que defendem a igualdade sexual, como [[Wajeha Al-Huwaider,]] comparam os direitos das mulheres sauditas com os dos escravos.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20110724154337/http://www.jewishtoronto.com/page.aspx?id=146618|titulo=For Saudi Women, Every Day Is a Battle|data=1 de junho de 2007|publicado=JewishToronto (Arq. em WayBack Machine)}}</ref> Ela escreveː "Quando os clérigos são referidos como "eruditos" - não se espante, você está num país árabe."<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20100603050619/http://www.memri.org/report/en/0/0/0/0/0/0/2064.htm|titulo=In a Satirical Poem, Saudi Author Laments Conditions in the Arab World|data=28 de Fevereiro de 2007|publicado=Memri|ultimo=Al-Huwaider|primeiro=Wajeha}}</ref>
 
A jornalista e autora Mona Eltahawy, feminista e muçulmana, comenta a "atmosfera surrealista" da Arábia Saudita, onde viveu durante seis anos da sua adolescênciaː "''Parecia ter mudado para outro planeta, cujos habitantes desejavam fervorosamente que as mulheres não existissem."'' <ref>{{citar livro|título=Headscarves and Hymens: Why the Middle East Needs a Sexual Revolution|ultimo=Eltahawy|primeiro=Mona|editora=Farrar, Strauss and Giroux|ano=2015|local=|páginas=8|acessodata=}}</ref> Mona observa que as mulheres estão desprotegidas, de maneira chocante, no mundo árabe, devido ao que ela chama uma "mistura tóxica de cultura conservadora, religião e política"<ref>{{citar livro|título=Headscarves and Hymens: Why the Middle East Needs a Sexual Revolution Farrar, Strauss and Giroux|ultimo=Eltahawy|primeiro=Mona|editora=Farrar, Strauss and Giroux|ano=2015|páginas=144}}</ref>
 
=== Malásia ===
Em 2006, [[Marina Mahathir]], filha de um antigo primeiro-ministro da Malásia e activista dos direitos femininos, descreveu o estatuto das mulheres muçulmanas na Malásia como semelhante ao dos sul-africanos negros sob o apartheid. Os seus comentários, após terem sido retidos por alguns dias, foram publicados com cortes na sua coluna regular num jornal da Malásia. As observações de Mahathir foram feitas em resposta a uma nova lei islâmica que permitia aos homens divorciarem-se com maior facilidade, ou tomarem até quatro esposas. A lei também concedeu aos maridos mais controle sobre a propriedade das esposas. Grupos conservadores muçulmanos da Malásia criticaram seus comentários por "envergonhar o país" , insultar a Sharia[[Xaria]], "capitular servilmente ás noções do feminismo ocidental" e minar o papel proeminente das mulheres na Malásia em comparação com outros países muçulmanos e do leste asiático.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4795808.stm|titulo=Malaysia 'apartheid' row deepens|data=11 de Março de 2006|acessodata=|publicado=BBC|ultimo=Kent|primeiro=Jonathan}}</ref><ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4784784.stm|titulo=Malaysia women 'suffer apartheid'|data=8 de Março de 2006|acessodata=|publicado=BBC|ultimo=Kent|primeiro=Jonathan}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.dawn.com/news/182184|titulo=Malaysian women suffer ‘apartheid’|data=9 de Março de 2006|acessodata=|publicado=Dawn|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
=== Paquistão ===
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* Chesler, Phyllis - ''Islamic Gender Apartheid ː Exposing a Veiled War Against Women'' - New English Review Press, 2017
* Miles, Rosalind - ''Who Cooked the Last Supper? The Women´s History of the World'' - Three Rivers Press, 1988, 2001
*Ahmed, Qanta - ''In the land of invisible women : a female doctor’s journey in the Saudi Kingdom'' - Source Books, Inc., 2008 <br />
 
== Ligações externas ==
 
* [https://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/saudi-preacher-who-raped-and-tortured-his-five-year-old-daughter-to-death-is-released-after-paying-8480440.html Saudi preacher who 'raped and tortured' his five -year-old daughter to death is released after paying 'blood money']
 
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[[Categoria:Feminismo]]
[[Categoria:Gênero]]