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Um '''Vídeo musicalvideoclipe''' é um [[curta-metragem]] [[audiovisual]], que integra uma música com imagens e é produzido para fins [[marketing|promocionais]] ou artísticos.<ref name="Music Video essay from danmoller.com">{{citar web|url=http://danmoller.com.au/?p=87|título=Dan Moller: Redefining Music Video|publicado=Dan Moller|ano=2011}}</ref> Os vídeos musicais modernos são produzidos e usados principalmente ​​como um dispositivo promocional destinado a fomentar a venda de gravações musicais. Há também casos em que canções são utilizadas em campanhas promocionais que permitem que elas se tornem mais do que apenas uma música. Embora as origens do vídeo musical remontam a curtas-metragens musicais que surgiram pela primeira vez na [[década de 1920]], eles ganharam destaque novamente nos [[anos 1980]], quando a emissora [[Estados Unidos|estadunidense]] [[MTV]] (originalmente "Music Television") baseou seu formato no meio. Antes da década de 1980, estes tipos de vídeos foram descritos por vários termos, incluindo "[[canção ilustrada]]", "inserção de filme", ​​"filme promocional", "clipe promocional", "vídeo promocional", dentre outros.
 
Os vídeos musicais se utilizam de uma ampla gama de estilos e técnicas contemporâneas de criação de vídeos com música, incluindo [[animação]], ''[[live-action]]'', abordagens documentais e não-narrativas, como filme abstrato. Combinar esses estilos e técnicas se tornou mais popular a fim de se trazer variedade para o público. Muitos vídeos musicais interpretam imagens e cenas das letras da canção, enquanto outros adotam uma abordagem mais temática. Há ainda vídeos produzidos sem conceito, sendo apenas uma versão filmada de uma apresentação ao vivo da canção.<ref>{{citar jornal|último=Cutietta|primeiro=Robert|título=Using Rock Music Videos to Your Advantage|jornal=Music Educators Journal|ano=1985|volume=71|issuenúmero=6|pagespáginas=47–49}}</ref>
 
== História e desenvolvimento ==
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[[File:Gentlemen Prefer Blondes Movie Trailer Screenshot (36).jpg|thumb|right|Musicais da [[década de 1950]], tornaram-se influência de diversos vídeos musicais de formato curto.]]
Os [[filme musical|filmes musicais]] foram outro importante precursor do vídeo musical. Diversos vídeos musicais bem conhecidos utilizaram o estilo dos musicais clássicos de [[Hollywood]] das décadas de 1930 a 1950. Um dos exemplos mais conhecidos é o vídeo para "[[Material Girl]]" (1985) da cantora [[Madonna]] (dirigido por [[Mary Lambert]]),<ref>{{citecitar web|url=http://www.mvdbase.com/video.php?id=17366 |titletítulo=Music Video Database - "Material Girl" |publisherpublicado=Mvdbase.com |datedata= |accessdateacessodata=13 de junho de 2013}}</ref> que foi modelado em torno do número "[[Diamonds Are a Girl's Best Friend]]" coreografado por Jack Cole, pertencente ao filme ''[[Gentlemen Prefer Blondes]]'' (1953). Diversos vídeos musicais do cantor [[Michael Jackson]], mostram a influência inconfundível de sequências de dança de musicais clássicos de Hollywood, incluindo seus vídeos musicais para "[[Thriller (canção)|Thriller]]" (1982) e "[[Bad (canção de Michael Jackson)|Bad]]" (1987), este último dirigido por [[Martin Scorsese]], que foi influenciado pelas estilizadas "lutas" em forma de dança na versão cinematográfica de ''[[West Side Story (filme)|West Side Story]]'' (1961).<ref>{{citecitar web|url=http://www.filmreference.com/encyclopedia/Criticism-Ideology/Dance-FROM-MUSICALS-TO-MUSIC-VIDEOS.html |titletítulo='&#39;Film Encyclopedia'&#39; - "Dance: From Musicals To Music Videos" |publisherpublicado=Filmreference.com |datedata= |accessdateacessodata=12 de junho de 2013}}</ref> De acordo com o Internet Accuracy Project, o cantor e [[DJ]] [[The Big Bopper]] foi o primeiro artista a cunhar a frase "vídeo musical", em 1959.<ref>{{citecitar web|url=http://www.accuracyproject.org/cbe-Richardson,J.P.TheBigBopper.html|titletítulo=J. P. "The Big Bopper" Richardson|publisherpublicado=Internet Accuracy Project|accessdateacessodata=21 de janeiro de 2007}}</ref>
 
Em sua autobiografia, o cantor [[Tony Bennett]] afirma ter criado "... o primeiro vídeo musical", quando foi filmado andando pela Serpentine no parque [[Hyde Park]], [[Londres]], em 1956, com o vídeo resultante sendo utilizado para a sua gravação da canção "Stranger in Paradise".<ref>{{citecitar booklivro|last1último1 =Cole|first1primeiro1 =Clay|titletítulo=Sh-Boom!: The Explosion of Rock 'n' Roll (1953-1968)|datedata=1 de outubro de 2009|publisherpublicado=Morgan James Publishing|isbn=9781600377686|pagepágina=238|url=https://books.google.com/books?id=kWoLGiW-wnAC|accessdateacessodata=8 de junho de 2014}}</ref> O vídeo foi enviado para emissoras de televisão do Reino Unido e dos Estados Unidos e foi ao ar em programas como o ''[[American Bandstand]]'' de [[Dick Clark]].<ref>{{citecitar booklivro|last1último1 =Bennett|first1primeiro1 =Tony|titletítulo=The Good Life: The Autobiography Of Tony Bennett|datedata=7 de dezembro de 2010|publisherpublicado=Simon and Schuster|isbn=1416573666|url=https://www.amazon.co.uk/The-Good-Life-Autobiography-Bennett/dp/1416573666|accessdateacessodata=8 de junho de 2014}}</ref> O exemplo mais antigo de um vídeo musical promocional, com semelhanças com vídeos mais abstratos e modernos parece ser o [[Tchecos|tcheco]] "Dáme si do bytu", criado em 1958 e dirigido por Ladislav Rychman.<ref>{{citecitar web|url=http://www.ceskatelevize.cz/specialy/bigbit/ceskoslovensko/clanky/187-historie-ceskoslovenskeho-hudebniho-klipu-do-r-1989/ |titletítulo=History of Czechoslovak music clips before 1989 |publisherpublicado=ceskatelevize.cz}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.ceskatelevize.cz/porady/10154940613-duety-kdyz-hvezdy-zpivaji/20926530012-to-nejlepsi-z-duetu/3465-pisne/?songID=10 |titletítulo=The best of duets |publisherpublicado=ceskatelevize.cz}}</ref>
 
===1960–1973: Vídeos promocionais e outros===
No final dos anos 1950, o Scopitone, um [[jukebox]] visual, foi inventado na [[França]] e curtas-metragens foram produzidos por muitos artistas franceses, como [[Serge Gainsbourg]], [[Françoise Hardy]], [[Jacques Dutronc]] e o [[Bélgica|belga]] [[Jacques Brel]], a fim de acompanhar suas canções. Seu uso se espalhou para outros países e máquinas semelhantes, como a Cinebox na [[Itália]] e a Color-Sonic nos Estados Undidos, foram patenteadas. Em 1961, para o programa [[Canadá|canadense]] ''Singalong Jubilee'', Manny Pittson começou a pré-gravar o áudio da música, então ele ia ao local e gravava os músicos dublando, depois editava o áudio e o vídeo juntos. A maioria dos números musicais foram gravados em estúdio no palco, e os "vídeos" com filmagem locais foram produzidos para adicionar variedade.<ref>{{citecitar booklivro|titletítulo=Remembering Singalong Jubilee|url=https://books.google.com/books?id=3zbibowECfwC&pg=PA33&lpg=PA33&dq=manny+pittson+music+video|authorautor =Ernest J. ***|publisherpublicado=Formac Publishing Company|isbn=978-0-88780-642-1|datedata=1 de outubro de 2004}}</ref> Em 1964, o curta experimental de Kenneth Anger, ''Scorpio Rising'', utilizou canções populares em vez de diálogos.
 
Em 1964, o produtor da banda [[The Moody Blues]], Alex Murray, queria promover sua versão de "Go Now". O vídeo curto que ele produziu e dirigiu para promover o ''[[single]]'', tem um estilo visual marcante que precede por cerca de uma década, o vídeo similar de "[[Bohemian Rhapsody]]" (1975) do [[Queen]]. Também é anterior ao que os Beatles fizeram com os filmes promocionais de seus ''singles'' "[[Rain (canção de The Beatles)|Rain]]" e "[[Paperback Writer]]", ambos lançados em 1966. No mesmo período, os [[Beatles]] estrelaram seu primeiro longa-metragem, ''[[A Hard Day's Night (filme)|A Hard Day's Night]]'', dirigido por [[Richard Lester]]. Filmado em preto-e-branco e apresentado como um [[pseudodocumentário]], intercalava sequências cômicas e de diálogo com números musicais. As sequências musicais forneceram modelos básicos, nos quais inúmeros vídeos musicais seguintes foram modelados. Foi o modelo direto para a bem-sucedida série de televisão estadunidense ''[[The Monkees (série de televisão)|The Monkees]]'' (1966-1968), que consistiu de segmentos filmados e criados para acompanhar várias canções do grupo [[The Monkees]].<ref name=TMT>{{cite bookcitar livro|lastúltimo = Lefcowitz |firstprimeiro = Eric |others= |titletítulo= Monkees Tale|origyear anooriginal= 1990| pagespáginas= 4, 10, 26, 66, 76| publisherpublicado= Last Gasp|locationlocal= Berkeley, CA | isbn= 0-86719-378-6|chaptercapítulo= |yearano= 1989 }}</ref> O segundo filme dos Beatles, ''[[Help! (filme)|Help!]]'' (1965), foi uma produção muito mais luxuosa, filmado a cores em Londres e em locais internacionais. A sequência feita para a faixa-título, filmada em preto-e-branco, tornou-se um dos principais arquétipos do moderno vídeo musical de estilo performático, empregando cortes rítmicos, imagens longas e enquadramentos contrastantes, além de filmagens e ângulos de câmera incomuns para a época.
 
[[File:TrailerUSHelp.jpg|right|thumb|A banda [[The Beatles]] em ''Help!'']]
Em 1965, os Beatles começaram a fazer vídeos promocionais (então conhecidos como "inserções filmadas") para distribuição e transmissão em outros países - principalmente os Estados Unidos - para que pudessem promover seus lançamentos de discos sem ter que fazer aparições em pessoa. Seu primeiro lote de filmes promocionais rodado no fim de 1965 (incluindo seu ''single'' atual, "[[Day Tripper]]" / "[[We Can Work It Out]]"), eram gravações de performance bastante diretas em estúdio e pretendia misturar-se de forma bastante integrada a programas de televisão como ''[[Top of the Pops]]'' e ''Hullabaloo''. Os vídeos promocionais para "[[Strawberry Fields Forever]]" e "[[Penny Lane]]", feitos no início de 1967 e dirigidos por Peter Goldman,<ref>{{citecitar web|url=http://www.mvdbase.com/tech.php?last=Goldman&first=Peter |titletítulo=Music Video Database - Peter Goldman |publisherpublicado=Mvdbase.com |datedata= |accessdateacessodata=13 de junho de 2013}}</ref> levaram o formato de filme promocional a um novo nível. Utilizou-se técnicas emprestadas de filmes ''[[underground]]'' e de vanguarda, incluindo filmagem reversa, câmera lenta, iluminação dramática, ângulos de câmera incomuns e filtragem de cores adicionados na pós-produção.
 
Em meados da [[década de 1960]], filmes de concertos começaram a ser lançados, como o ''[[T.A.M.I. Show]]'' em 1964. Além disso, muitas "inserções filmadas" foram produzidas por artistas do [[Reino Unido]] para que pudessem ser exibidos na televisão quando as bandas não estavam disponíveis para aparecer ao vivo. O [[Pink Floyd]] foi o pioneiro na produção de filmes promocionais para suas canções, incluindo "San Francisco: Film", dirigido por Anthony Stern, "Scarecrow", "[[Arnold Layne]]" e "[[Interstellar Overdrive]]", este dirigido por Peter Whitehead, que também realizou diversos vídeos pioneiros para o [[The Rolling Stones]] entre 1966 e 1968.
 
No Reino Unido, o [[The Kinks]] produziu um dos primeiros vídeos promocionais com um enredo para uma canção. Para seu ''single'' "Dead End Street" (1966), foi feito uma miniatura de um filme cômico. A [[BBC]] supostamente se recusou a transmitir o vídeo por considerar o mesmo de "de mau gosto".<ref>{{citecitar web |url=http://kinks.it.rit.edu/videoclips/ |titletítulo=Dave Emlen's Kinks Website - Kinks Music Videos |publisherpublicado=Kinks.it.rit.edu |datedata= |accessdateacessodata=13 de junho de 2013 |archive-urlarquivourl=https://web.archive.org/web/20090217070454/http://kinks.it.rit.edu/videoclips/ |archive-datearquivodata=17 de fevereiro de 2009 |dead-urlurlmorta=yes sim}}</ref> Outros artistas que produziram vídeos promocionais para suas canções durante o período foram [[The Who]], [[Nancy Sinatra]] e [[Roy Orbison]]. Em 1966, Peter Whitehead dirigiu dois vídeos promocionais dos Rolling Stones, para seu ''single'' "Have You Seen Your Mother, Baby, Standing In The Shadow?".<ref name="mvdbase.com">{{citecitar web|url=http://www.mvdbase.com/artist.php?last=Rolling+Stones&first=the |titletítulo=Music Video Database - The Rolling Stones |publisherpublicado=Mvdbase.com |datedata= |accessdateacessodata=5 de junho de 2014}}</ref> No ano seguinte, Whitehead dirigiu o vídeo promocional para o ''single'' "We Love You",<ref name="mvdbase.com"/> que contou com filmagens aceleradas da gravação do grupo em estúdio, intercaladas com um julgamento simulado, que claramente alude aos processos em andamento sobre drogas de [[Mick Jagger]] e [[Keith Richards]]. O grupo também gravou um vídeo promocional em cores para "2000 Light Years From Home", dirigido por Michael Lindsay-Hogg e em 1968, Hogg dirigiu mais três vídeos para seu ''single'' "Jumpin' Jack Flash"/"Child Of The Moon".
 
Durante o final de 1972-73, [[David Bowie]] participou de uma série de filmes promocionais dirigidos pelo fotógrafo Mick Rock, que trabalhou extensivamente com Bowie neste período. Rock dirigiu e editou quatro vídeos para promover quatro singles consecutivos de Bowie: "[[John, I'm Only Dancing]]", "[[The Jean Genie]]", o relançamento "[[Space Oddity]]" e o único de 1973, "[[Life on Mars?]]". O vídeo de "John, I'm Only Dancing", foi feito com um orçamento de duzentos dólares e filmado no ensaio do concerto Bowie's Rainbow Theatre em 19 de agosto de 1972, ele foi recusado pela BBC, que supostamente considerou as nuances homossexuais da filmagem como repugnantes, de modo que o programa ''Top of the Pops'' substituiu-o por imagens de motociclistas e um dançarino.<ref>{{citecitar web |url=http://www.5years.com/jiodvid.htm |titletítulo='&#39;The Ziggy Stardust Companion'&#39; – "John I'm Only Dancing" |publisherpublicado=5years.com |datedata= |accessdateacessodata=13 de junho de 2013 |archive-urlarquivourl=https://web.archive.org/web/20130827002210/http://www.5years.com/jiodvid.htm |archive-datearquivodata=27 de agosto de 2013 |dead-urlurlmorta=yes sim}}</ref> Assim como diversos gêneros musicais, a [[música country]] também pegou a tendência de produzir filmagens promocionais para divulgar suas canções. Sam Lovullo, produtor da série de televisão ''Hee Haw'', afirmou que seu programa apresentou "o que foram, na verdade, os primeiros vídeos musicais",<ref name="Lovullo">Lovullo, Sam, and Mark Eliot, "Life in the Kornfield: My 25 Years at ''Hee Haw''," Boulevard Books, New York, 1996, p. 34. {{ISBN|1-57297-028-6}}</ref> enquanto a JMI Records fez a mesma afirmação com a canção de Don Williams, "The Shelter of Your Eyes" (1973).<ref name="Millard">Millard, Bob, ''Country Music: 70 Years of America's Favorite Music'', HarperCollins, New York, 1993, p. 179. {{ISBN|0-06-273244-7}}</ref> O historiador de música country Bob Millard, escreveu que a JMI foi pioneira no conceito de vídeo musical de música country ao "produzir um filme de 3 minutos" para acompanhar a música de Williams.<ref name="Millard"/> Já Lovullo disse que seus vídeos foram conceituados com a equipe do programa indo para áreas rurais próximas e filmando animais e fazendeiros, antes de editar as imagens para se adequar ao enredo de uma canção em particular. No entanto, alguns dos convidados do programa, sentiram que os vídeos tiraram a atenção de suas apresentações ao vivo. A reação mista acabou significando o fim do conceito de "vídeo" no'' Hee Haw''.<ref name="Lovullo"/> Entretanto, filmes promocionais para canções de música country, continuaram a ser produzidos.
 
== ''Lyric video'' ==
Os ''lyric videos'' são vídeos utilizados pelos artistas como forma de divulgação de uma música. Ele possui a letra da canção. O primeiro vídeo deste tipo foi lançado em 1987, da música "Sign 'O' the Times", de [[Prince]]. <ref>{{citar livro|url=http://books.google.com/books?id=mKXMvInfbyEC&pg=PA20 |página=20 |título=Rewind, Play, Fast Forward : The Past, Present and Future of the Music Video |primeiro1 =Henry |último1 =Keazor |primeiro2 =Thorsten |último2 =Wübbena |publicado=transcript Verlag |ano=2010 |isbn=383761185X}}</ref> <ref>{{citar livro|url=http://books.google.com/books?id=8aH1OGro9bkC&pg=PT146 |página=146 |título=R.E.M. <nowiki>|</nowiki> Fiction: An Alternative Biography |primeiro =David |último =Buckley |publicado=Random House |ano=2012 |isbn=1448132460}}</ref>
 
== Ver também ==