Maria Leopoldina da Áustria: diferenças entre revisões

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=== Educação ===
[[Ficheiro:Josef Kreutzinger - Kaiserliche Familie.jpg|thumb|left|230x230px|A família imperial austríaca em 1805, por Joseph Kreutzinger.]]Aos dez anos a princesa ficara órfã de mãe. Um ano depois seu pai se casaria novamente com aquela que Leopoldina descreveria como a pessoa mais importante de sua vida, [[Maria LudovicaLuísa de Áustria-Este|Maria Luísa]]. Prima de Francisco I, como ele, neta de [[Maria Teresa da Áustria|Maria Teresa a Grande]]. Superava a defunta imperatriz em cultura e brilho intelectual, pois tivera uma educação esmerada.<ref>{{citar livro|título=D. Leopoldina, a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil|ultimo=Rezzutti|primeiro=Paulo|editora=Leya|ano=2017|local=Brasil|páginas=[[42]]|acessodata=}}</ref> Musa e amiga pessoal do poeta Goethe, ela foi responsável pela formação intelectual da enteada, desenvolvendo na jovem o gosto pela literatura, a natureza e a música de Haydin e Beethoven. Não tinha filhos próprios, adotava de bom grado os da antecessora, e esses a chamavam de “querida mamãe”.
 
Leopoldina teve uma infância marcada pela rigidez com os estudos, estímulos culturais diversos e as sucessivas guerras que ameaçavam o império de seu pai. A princesa e seus irmãos foram educados segundos os princípios de seu avô paterno [[Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico|Leopoldo II]], que pregava a igualdade entre os homens, tratando a todos com cortesia, a necessidade de praticar a caridade, e acima de tudo, o sacrifício dos próprios desejos em nome das necessidades do Estado. Seu programa de ensino e dos arquiduques incluía disciplinas como leitura, escrita, alemão, francês, italiano, dança, desenho, pintura, história, geografia e música; em módulo avançado, matemática (aritmética e geometria), literatura, física, [[latim]], inglês, grego, canto e trabalhos manuais.<ref>{{citar livro|título=D. Leopoldina, a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil|ultimo=Rezzutti|primeiro=Paulo|editora=Leya|ano=2017|local=Brasil|páginas=[[92]]|acessodata=}}</ref> Desde cedo, Leopoldina mostrou maior inclinação para as disciplinas de ciências naturais, interessando-se principalmente por [[botânica]] e [[mineralogia]].<ref>{{citar livro|título=D. Leopoldina, a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil|ultimo=Rezzutti|primeiro=Paulo|editora=Leya|ano=2017|local=Brasil|página=48, 49|páginas=|acessodata=}}</ref> Leopoldina herdou do pai o hábito do [[colecionismo]]: montou acervos de moedas, plantas, flores, minerais e conchas.<ref>{{citar livro|título=D. Leopoldina, a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil|ultimo=Rezzutti|primeiro=Paulo|editora=Leya|ano=2017|local=Brasil|páginas=[[49]]|acessodata=}}</ref> Entre outubro e dezembro de 1816, teve êxito em aprender rapidamente a língua portuguesa, visto que em dezembro, a princesa já conversava com diplomatas portugueses, e vivia "rodeada de mapas do Brasil e de livros que contém a História deste Reino, ou Memórias a ele relativas".<ref>{{citar livro|título=D. Leopoldina, a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil|ultimo=Rezzutti|primeiro=Paulo|editora=Leya|ano=2017|local=Brasil|páginas=87, 93|acessodata=}}</ref> Fazia parte da formação da família o aprendizado de línguas, e Leopoldina falava 6 idiomas.