Espanha 12–1 Malta (1983): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
nova página: {{Info/Partida de futebol | title = Espanha 12–1 Malta | image = 200px | event = E...
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
(Sem diferenças)

Revisão das 23h22min de 18 de julho de 2019

A partida entre Espanha e Malta foi realizada em 21 de dezembro de 1983, válida pelo Grupo 7 das eliminatórias da Eurocopa de 1984. Disputado no Estádio Benito Villamarín, em Sevilha, o jogo terminou 12 a 1 para a Fúria - Carlos Santillana e Hipólito Rincón foram os destaques da goleada, tendo feito 4 gols cada um[1]. O resultado eliminou a Holanda pelo saldo de gols. Esta partida é considerada uma das mais expressivas na história do futebol do país[2].

Espanha 12–1 Malta
Evento Eliminatórias da Eurocopa de 1984
Eliminatórias da Eurocopa de 1984
Data 21 de dezembro de 1983
Local Estádio Benito Villamarín, Sevilha, Espanha
Árbitro TurquiaTUR Erkan Göksel
Público 18 871

Antecedentes

Pela última rodada do Grupo 7, Espanha e Holanda eram as favoritas pela vaga - Irlanda, Islândia e Malta já estavam fora da briga.

Em 16 de novembro, a Holanda venceu a Espanha por 2 a 1 (gols de Peter Houtman e de um ainda jovem Ruud Gullit para a Laranja Mecânica e Santillana para os espanhóis). Com este resultado, os holandeses passaram a Espanha e derrotaram a Seleção Maltesa por 5 a 0, e dependiam apenas do resultado em Espanha x Malta. Para a Fúria, bastava golear os malteses por 11 gols de diferença.

O jogo

Espanhóis e malteses jogariam no Estádio Benito Villamarín, na cidade de Sevilha, e aos 15 minutos do primeiro tempo a seleção mandante abriu o placar com Santillana, aproveitando cruzamento de Antonio Maceda. No início da partida, um pênalti questionável sobre Juan Antonio Señor fora assinalado pelo árbitro turco Erkan Göksel, posteriormente desperdiçado pelo meio-campista do Zaragoza.

Aos 24 minutos, Malta (na época, uma seleção com jogadores amadores) fez seu primeiro - e único - gol fora de casa nas eliminatórias, feito pelo volante Michael Degiorgio, após desvio em Maceda que enganou o goleiro Francisco Buyo[3]. A Espanha não se abalou com o gol sofrido e abriu vantagem com 2 gols em 4 minutos, ambos com Santillana. O placar ainda era insuficiente para garantir a vaga.

Na segunda etapa, Rincón fez o quarto gol da Fúria, e dez minutos depois faria o segundo gol dele (quinto da Espanha no jogo). Maceda balançaria as redes de John Bonello aos 15 e 17 minutos, Rincón alcançou o hat-trick aos 18. Após 12 minutos e com a expulsão de Degiorgio (autor do gol maltês), os espanhóis deixariam 2 bolas na rede, com Maceda e Rincón, e Santillana faria também seu quarto gol no jogo, ultrapassando Gullit na artilharia do grupo, com 6 tentos. Na saída de bola da Seleção Maltesa, a Fúria conseguiu o 11º gol, com Manuel Sarabia (foi o primeiro dele pela Seleção). Señor, que havia perdido o pênalti no primeiro tempo de jogo, se redimiu aos 39 minutos com um belo chute de fora da área, fechando o placar em 12 a 1 e garantindo uma improvável classificação, eliminando a Holanda por ter feito 2 gols a mais que a Laranja.

Reações e polêmica

Depois da partida, os torcedores espanhóis voltaram a depositar confiança na Seleção após a campanha na Copa de 1982[4], sediada no país. Sem vencer desde a conquista da Eurocopa de 1964, o triunfo sobre Malta é considerado um dos maiores na história do futebol nacional. Apesar da eliminação, os holandeses aceitaram o resultado, porém criticaram a defesa dos Cavaleiros de São João (principalmente o goleiro Bonello), enquanto o técnico Kees Rijvers preferiu não acompanhar o jogo e declarou que "milagres também existem no futebol"[5].

Para Malta, a goleada foi considerada uma "humilhação" (é, até hoje, a maior derrota na história da seleção), e causou também a saída do técnico Victor Scerri, desde 1978 no cargo. A Associação de Futebol de Malta chegou a acusar a torcida de mau comportamento (jogaram laranjas e garrafas nos jogadores adversários). Houve ainda notícias de que a Seleção Maltesa "entregou" o jogo (nenhuma foi provada), e a Real Federação Espanhola de Futebol chegou a ameaçar entrar com uma ação contra a AFM, que estaria "aviltando" a imagem do futebol espanhol.

Resultado

21 de dezembro de 1983 Espanha   12 – 1   Malta Estádio Benito Villamarín, Sevilla
20:15 (CET)
Torres   5',   33',   57',   78'
David Silva   31',   89'
Villa   39',   49',   64'
Mata   66'
Relatório Público: 18 871
Árbitro:  TUR Erkan Göksel
Espanha
Malta
 
Espanha:
GR 1 Francisco Buyo
ZG 5 Andoni Goikoetxea
ZG 3 José Antonio Camacho  
ZG 4 Antonio Maceda   52'
MC 2 Juan Antonio Señor
MC 6 Rafael Gordillo
MC 8 Víctor Muñoz
RM 10 Manuel Sarabia
LM 11 Hipólito Rincón   88'
CA 7 Francisco José Carrasco
CA 9 Carlos Santillana
Substituições:
FW 16 Marcos Alonso   88'
Treinador:
Miguel Muñoz
 
Malta:
GR 1 John Bonello   50'
LD 3 Alex Azzopardi
ZG 2 Emanuel Farrugia
ZG 5 John Holland  
ZG 6 Norman Buttigieg
LE 10 Emanuel Fabri   34'
CM 11 Michael Degiorgio     3', 76'
MC 9 Ernest Spiteri-Gonzi
MC 8 Ray Farrugia   70'
CA 4 Simon Tortell   23'
CA 7 Silvio Demanuele
Substituições:
DF 14 Mario Farrugia   76'
Treinador:
Victor Scerri

Bandeirinhas:
  Yahya Diker
  Özcan Oal |}

Referências

  1. «O histórico Espanha x Malta que levou a Fúria à Euro 1984». O Futebológo. 5 de junho de 2019. Consultado em 18 de julho de 2019 
  2. http://www.elpais.com/edigitales/entrevista.html?encuentro=4618
  3. Murray, Scott (2 de setembro de 2011). «The Joy of Six: European Championship qualifiers». TheGuardian.com. Guardian Media Group. Consultado em 22 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2016 
  4. «La Selección está de moda». Mundo Deportivo. 24 de dezembro de 1983. Consultado em 20 de outubro de 2010 
  5. «Holanda lo tomó con deportividad». Mundo Deportivo. 23 de dezembro de 1983. Consultado em 20 de outubro de 2010 
Seleção Espanhola de Futebol
Principal: Seleção Espanhola de Futebol
Jogadores famosos: Andoni Zubizarreta | Emilio Butragueño
Relacionados: Categoria:Futebol da Espanha | Categoria:Seleções nacionais de futebol da Europa