Restauração da Independência: diferenças entre revisões

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=== O início da guerra ===
[[File:Rubens John, Duke of Braganza.jpg|thumb|Pintura de D. João IV - O Restaurador|alt=]]A iniciativa de rompimento de Portugal com a Espanha buscou se legitimar na usurpação de Filipe II, ao retirar do trono o herdeiro legítimo de [[D. Catarina]], [[João IV de Portugal|D. João IV]], o [[duque de Bragança]]. E na tirania dos [[Casa de Habsburgo|Habsburgo]] por não cumprirem as promessas realizadas perante as Cortes. {{Sfn|FRANÇA|1997|p=272}}
 
Em uma Europa Moderna e monárquica, era dever do rei saber reconhecer a estabilidade das instituições e tradições, visto que a legalidade deles estava entrelaçada a legalidade do rei, e isso os tornavam intocáveis. Morar no reino e governar com justiça faz parte dessas esferas, e ao não fazer isso os [[Casa de Habsburgo|reis Habsburgo]] foram aos poucos perdendo o poder de neutralizar a aristocracia.{{Sfn|LADURIE|1994}}
 
Os portugueses que se encontravam desde o início próximos à Madri não foram capazes de mostrar a [[Filipe IV]], que seria mais sensato manter suas obrigações com Portugal, mas os portugueses que durante toda a União não havia participado dos benefícios e se frustrado, deram início a uma oposição. Em 1620, com uma economia instável, ataques anglo-holandeses e a possibilidade de levantes, a divisão existente entre os portugueses reforçaram suas frustrações. {{Sfn|VALLADARES|1995|p=109}}
 
Unido a isso, o ministério de [[Olivares]], que buscava implantar um poder centralizador em Portugal, estava ciente dos benefícios dessa terra, principalmente no que se referia à política internacional e ao controle do ultramar.