Clarice Lispector: diferenças entre revisões
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Em [[1928]], aos sete anos, aprendeu a ler e a escrever. Em [[1930]], pouco depois, escreveu, inspirada por uma peça que havia visto, sua primeira [[peça teatral]], ''Pobre menina rica'', de três atos e cujas páginas foram perdidas.<ref name="lerner1977"/> Em [[1931]], enviou contos para a página infantil do ''[[Diario de Pernambuco|Diário de Pernambuco]]'', mas o jornal não publicou seus textos porque “os outros diziam assim: ‘Era uma vez, e isso e aquilo...’. E os meus eram sensações. ... Eram contos sem fadas, sem piratas. Então ninguém queria publicar”.{{sfn|IMS|2004|p=139}}{{sfn|Gilio|1976}}. Após completar o jardim de infância, ingressou no ensino primário, na Escola João Barbalho, mostrando bastante interesse por [[matemática]] e passando a dar aulas dessa disciplina aos filhos dos vizinhos.
Por volta dessa época, mudaram-se para a rua [[Imperatriz Teresa Cristina]]. Em 1930, na terceira série, Clarice ingressou no Colégio Hebreu-Iídiche-Brasileiro, onde aprendeu hebraico e [[língua iídiche|iídiche]]. O estado de Mania agravou-se, e Clarice escreveu, para tentar agradá-la, contos e peças,{{sfn|Lispector|2005|p=138|loc=Rio de Janeiro}} mas em [[21 de setembro]] de 1930, aos quarenta e dois anos, Mania Lispector morreu e foi sepultada no Cemitério Israelita do Barro. Em homenagem à mãe, Clarice compôs sua primeira peça para piano. Em 15 de dezembro, seu pai deu início ao processo de nacionalização, solicitando um documento inicial. Em 17 de junho de [[1931]], encaminhou um pedido de naturalização.
=== Adolescência ===
[[Imagem:Ginásio Pernambucano - Recife - Pernambuco - Brasil.jpg|miniatura|[[Ginásio Pernambucano]], onde Clarice ingressou após concluir o curso primário.]]
Em [[7 de janeiro]] de [[1935]], com 14 anos, mudou-se com a família para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], no navio inglês ''Highland Monarch'',{{sfn|Gotlib|2008|p= 105}} onde seu pai esperava dar prosseguimento aos avanços de seu negócio e conseguir bons maridos para suas filhas nos círculos judaicos cariocas. Elisa, entretanto, ficou ainda alguns meses no Recife trabalhando, indo para o Rio de Janeiro pouco mais tarde e prestando concurso para o [[Ministério do Trabalho e Emprego|Ministério do Trabalho]]. Apesar de ter conquistado as melhores notas, não havia vagas, e ingressou no cargo graças à amizade da família com o [[político]] [[Agamenon Magalhães]], então ministro do trabalho e anteriormente professor de [[geografia]]<ref>{{citar livro| autor= Cláudio Roberto de Sousa| título= Agamenon Magalhães, a política como paixão | versão= | editora= Folha de Pernambuco | data= | url= https://www.ufpe.br/agencia/clipping/index.php?option=com_content&view=article&id=8800:agamenon-magalhaes-a-politica-como-paixao&catid=63&Itemid=237 | acessadoem = 29 de outubro de 2014|ref=harv}}</ref> de Clarice e Tania. Em [[1938]], Tania também tornou-se funcionária pública.<ref name="kaufmannmoser2006">{{citar entrevista |sobrenome= Kaufmann|nome= Tania Lispector|entrevistadolink= |entrevistador= Benjamin Moser|titulo= Entrevista com Tania Lispector Kaufmann|indicativo= |local= Rio de Janeiro|data= 1 de agosto de 2006|acessodata=}}</ref>
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