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[[Ficheiro:Cirurgia Fetal "a ceu aberto" (open fetal surgery).png|borda|esquerda|miniaturadaimagem|Cirurgia fetal "a céu aberto" (open fetal surgery) |ligação=Ficheiro:Cirurgia_Fetal_%22a_ceu_aberto%22_(open_fetal_surgery).png|281x281px]]
 
===== '''Cirurgia "a céu aberto"''' =====
Existem algumas pequenas variações da técnica '''"a céu aberto"''', como por exemplo a correção denominada de "'''mini-histerotomia'''"[[Espinha bífida#cite%20note-17|<sup>[1]</sup>]], onde o corte realizado no útero tem apenas 3 centímetros (metade do corte usado no estudo MOMS). Essa técnica teria como vantagem reduzir o risco de rotura uterina, porém seriam necessários anos para estabelecer esta redução. Após a publicação do estudo MOMS, em 2011, foram necessários 8 anos[[Espinha bífida#cite%20note-18|<sup>[2]</sup>]] para a publicação das complicações ocorridas em gestações posteriores nas gestantes submetidas a '''cirurgia "a céu aberto"'''. Ocorreram 77 gestações em 60 mulheres, resultando em 96,2% de nascidos-vivos, sendo que o '''rompimento do útero ocorreu em 9,6%'''; no total cinco gestações, e em dois casos isto resultou na morte de dois bebês. Estes bebes não eram portadores de qualquer tipo de malformação, pois foram fruto de gestações posteriores a do feto portador de mielo. Se a mini-histerotomia<sup>[[Espinha bífida#cite%20note-19|[3]]]</sup> tiver metade dessas complicações, ainda assim o custo da perda de um feto normal para demonstrar o ganho adicional foi questionado durante a reunião de 2019 do C'''onsorcio internacional para estudo da correção da mielo por fetoscopia'''<sup>[[Espinha bífida#cite%20note-20|[4]]]</sup>. Como nenhuma das técnicas atuais de '''fetoscopia''' teve pior desempenho neurológico que qualquer das técnicas '''"a céu aberto"''' [[Espinha bífida#cite%20note-21|<sup>[5]</sup>]], o caminho escolhido pela maior parte dos grupos convidados foi o de migrar para a fetoscopia.
 
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=== '''Técnica SAFER - ''Skin-over-biocellulose for Antenatal FEtoscopic Repair''''' ===
A técnica SAFER, além de não necessitar de cortes na mãe para operar o bebe, apenas pequenos "furos" são realizados (inteiramente percutânea); utiliza uma película (''patch'') de biocelulose sobre a lesão, após soltar a medula que está presa à pele, para que ela volte ao canal medular. Além da celulose, os músculos e a aponeurose também estão sendo suturados sobre para proteger ainda mais a medula. Esta modificação recente, melhorou muito os resultados quanto à cicatrização da pele, e mesmo quando não há pele suficiente, e se coloca uma pele artificial a cicatrização é completa. A vantagem de usar a biocelulose é que ela induz o próprio feto a formar a principal camada que faltava, a duramater<sup>[[Cirurgia fetal#cite%20note-4|[4]]]</sup>, esta camada vai proteger a medula e fazer parar o vazamento do [[líquor]]. Os principais benefícios para o bebê são a melhor preservação dos movimentos do membros inferiores, da bexiga e a maior reversão do Chiari. Na técnica SAFER, '''90% dos bebes''' apresentam reversão dos efeitos cerebrais decorrentes do vazamento de [[líquor]] na medula, o cerebelo volta para sua posição normal, levando a reversão do Chiari 2.
 
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Fonte: Consórcio Internacional para Correção por Fetoscopia da Mielomeningocele (Junho 2019). Em '''negrito''', as diferenças com significância estatística entre as duas técnicas.
 
==== '''Critérios de cirurgia fetal''' ====
Como os riscos maternos são menores na cirurgia fetal por fetoscopia, suas indicações puderam ser ampliadas. Na tabela abaixo você encontra as principais diferenças entre a fetoscopia e a céu aberto. Como na fetoscopia pela técnica SAFER não é necessário expor o útero, abrindo a barriga da mãe, ela não tem ainda um limite superior de idade gestacional para a realização da cirurgia. No presente momento, tem se considerado seu limite superior como 28 semanas o que evita os riscos de prematuridade extrema, inerente a qualquer cirurgia fetal.
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Outras situações de '''alto risco''', onde a dose também deve ser de 4-5mg/dia, são: mulheres em uso de anticonvulsivantes (acido valproico, etc), portadoras de diabetes tipo 1, obesidade (IMC> 35 kg/m2), utilização de medicamentos antagonistas de folato (metotrexato, sulfonamidas etc.) e síndromes de má absorção. Como alguns tipos de cirurgia para tratamento da obesidade podem levar a dificuldade de absorção do folato, elas também estão incluídas nessa categoria. Ter um parente afetado por qualquer DATN pode aumentar as chances de ter um bebê afetado.<ref>{{Citar livro|título=Emery Genética Médica|autor=Peter Turnpenny|editora=Elsevier Brasil|ano=2011|isbn=9788535246070|acessodata=18 de janeiro de 2015}}</ref>
 
=== '''Cirurgia bariátrica''' ===
A mulher que se submeteu a uma cirurgia bariátrica mal-absortiva (By-pass ou redução do estômago) antes da gestação, tem um risco adicional de gerar um bebê com DATN. Após a cirurgia bariátrica e frequente o aumento da fertilidade pela redução do IMC e a absorção de ácido fólico por via oral diminui, pela exclusão da porção do intestino onde ele e absorvido. Desta forma, talvez outras vias (sublingual, vaginal, etc) para a suplementação de folatos sejam necessárias neste subgrupo de pacientes.