Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Propõe fusão do artigo '(...) sem hiperatividade' |
Alterei as causas que podem provocar o PHDA com base na página do wiki-en. Para quem quiser, ainda pode ser bastante melhorada a secção. Eliminei também duas partes da página que penso que não acrescentavam nada e só criavam mais confusão: "Os dois lados de uma síndrome" e "Fases da vida". Caso alguém não concorde com a eliminação, pode desfazê-la. Vou tentar ainda em breve tratar de criar a secção "Patofisiologia" para tornar a página mais baseada em factos e não em mitos. |
||
Linha 113:
== Causas ==
Na maior parte dos casos, não se sabe a causa concreta da origem da PHDA no indíviduo. É normalmente um conjunto de factores, entre eles genéticos, o meio ambiente em que se vive, factores sociais ou mesmo traumas induzidos no cérebro.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Thapar|primeiro=Anita|ultimo2=Cooper|primeiro2=Miriam|ultimo3=Eyre|primeiro3=Olga|ultimo4=Langley|primeiro4=Kate|data=2013-1|titulo=What have we learnt about the causes of ADHD?|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963644|jornal=Journal of Child Psychology and Psychiatry, and Allied Disciplines|volume=54|numero=1|paginas=3–16|doi=10.1111/j.1469-7610.2012.02611.x|issn=1469-7610|pmc=3572580|pmid=22963644}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) - Causes|url=https://www.nhs.uk/conditions/attention-deficit-hyperactivity-disorder-adhd/causes/|obra=nhs.uk|data=2018-06-01|acessodata=2019-08-08|lingua=en}}</ref>
=== Genéticos ===
[[Imagem:Adhdbrain.png|220px|thumb|A imagem da direita ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem '''TDAH''' e a imagem da esquerda de uma pessoa com TDAH.<ref>[http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199011153232001#t=articleTop Cerebral Glucose Metabolism in Adults with Hyperactivity of Childhood Onset]. Por Alan J. Zametkin, M.D., Thomas E. Nordahl, Ph.D., M.D., Michael Gross, M.D., A. Catherine King, William E. Semple, Ph.D., Judith Rumsey, Ph.D., Susan Hamburger, M.S. e Robert M. Cohen, Ph.D., M.D. ''New England Journal of Medicine'' 1990; 323:1361-1366 15 de novembro de 1990 DOI: 10.1056/NEJM199011153232001.</ref>]]Os estudos indicam que a PHDA é, em muitos casos, hereditária. No entanto, dado que não existe uma causa precisa para a existência da PDHA, esta é apenas uma parte que pode levar a esta perturbação, com certas mutações a nível dos genes herdados pelos pais a contribuir para a susceptiblidade de ser afectado pela PHDA.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Neale|primeiro=Benjamin M.|ultimo2=Medland|primeiro2=Sarah E.|ultimo3=Ripke|primeiro3=Stephan|ultimo4=Asherson|primeiro4=Philip|ultimo5=Franke|primeiro5=Barbara|ultimo6=Lesch|primeiro6=Klaus-Peter|ultimo7=Faraone|primeiro7=Stephen V.|ultimo8=Nguyen|primeiro8=Thuy Trang|ultimo9=Schäfer|primeiro9=Helmut|data=2010-9|titulo=Meta-analysis of genome-wide association studies of attention-deficit/hyperactivity disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20732625|jornal=Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry|volume=49|numero=9|paginas=884–897|doi=10.1016/j.jaac.2010.06.008|issn=1527-5418|pmc=2928252|pmid=20732625}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Franke|primeiro=B|ultimo2=Faraone|primeiro2=S V|ultimo3=Asherson|primeiro3=P|ultimo4=Buitelaar|primeiro4=J|ultimo5=Bau|primeiro5=C H D|ultimo6=Ramos-Quiroga|primeiro6=J A|ultimo7=Mick|primeiro7=E|ultimo8=Grevet|primeiro8=E H|ultimo9=Johansson|primeiro9=S|data=2012-10|titulo=The genetics of attention deficit/hyperactivity disorder in adults, a review|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3449233/|jornal=Molecular Psychiatry|volume=17|numero=10|paginas=960–987|doi=10.1038/mp.2011.138|issn=1359-4184|pmc=3449233|pmid=22105624}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Faraone|primeiro=Stephen V.|ultimo2=Larsson|primeiro2=Henrik|data=2019|titulo=Genetics of attention deficit hyperactivity disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6477889/|jornal=Molecular Psychiatry|volume=24|numero=4|paginas=562–575|doi=10.1038/s41380-018-0070-0|issn=1359-4184|pmc=6477889|pmid=29892054}}</ref>
As mutações genéticas consideradas mais comuns para a prevalência desta condição, são normalmente relacionadas com a neurotransmissão da [[dopamina]]. No entanto, a PHDA está envolvida com mais variáveis genéticas para além da dopamina.
Alguns dos genes principais associados a esta perturbação são o [[Transportador de dopamina|DAT]], [[Receptor D4 de dopamina|DRD4]], [[Receptor de dopamina D5|DRD5]], TAAR1, [[Monoamina oxidase|MAO-A]], [[Catecol O-Metiltransferase|COMT]], DBH, [[Receptor adrenérgico alfa 2|ADRA2A]], [[TPH|TPH2]], [[Glutamato|GRIN2A]], [[Transportador de serotonina|5-HTT]], 5-HTR1B, etc, o que demonstra a enorme complexidade desta condição, já que envolve imensos sistemas para além da dopamina.
Os genes referidos acima envolvem a neurotransmissão de [[monoaminas]] como a [[Noradrenalina|norepinefrina]], [[serotonina]], [[glutamato]]; receptores específicos como o [[Receptor adrenérgico alfa 2|alfa adrenérgico2A]], o receptor de dopamina 4 e 5; [[Transportador de dopamina|transportadores da dopamina]] e [[Transportador de serotonina|serotonina]] e mesmo enzimas como a [[Monoamina oxidase|MAO-A]] e [[Catecol O-Metiltransferase|COMT]], responsáveis pela degradação das várias monoaminas principais, entre outras.
Uma mutação num destes genes pode aumentar a probabilidade de se ser afectado pela PHDA, enquanto várias mutações levam a um risco acrescido.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kebir|primeiro=Oussama|ultimo2=Tabbane|primeiro2=Karim|ultimo3=Sengupta|primeiro3=Sarojini|ultimo4=Joober|primeiro4=Ridha|data=2009-3|titulo=Candidate genes and neuropsychological phenotypes in children with ADHD: review of association studies|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2647566/|jornal=Journal of Psychiatry & Neuroscience : JPN|volume=34|numero=2|paginas=88–101|issn=1180-4882|pmc=2647566|pmid=19270759}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Gizer|primeiro=Ian R.|ultimo2=Ficks|primeiro2=Courtney|ultimo3=Waldman|primeiro3=Irwin D.|data=2009-7|titulo=Candidate gene studies of ADHD: a meta-analytic review|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19506906|jornal=Human Genetics|volume=126|numero=1|paginas=51–90|doi=10.1007/s00439-009-0694-x|issn=1432-1203|pmid=19506906}}</ref>
=== Ambiente ===
[[Imagem:Scan12weeks.jpg|thumb|Problemas na gravidez estão associados com maior incidência de casos mesmo quando desconsiderados outros fatores como psicopatologias dos pais.]]Para além dos factores genéticos, alguns factores do meio ambiente do indivíduo podem levar a esta perturbação.<ref>{{Citar web|titulo=Research on ADHD {{!}} CDC|url=https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/research.html|obra=Centers for Disease Control and Prevention|data=2019-04-19|acessodata=2019-08-08|lingua=en-us|ultimo=CDC}}</ref>
A ingestão de alcóol durante a gravidez pode provocar várias alterações à criança, entre elas o PHDA ou sintomas semelhantes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Burger|primeiro=P. H.|ultimo2=Goecke|primeiro2=T. W.|ultimo3=Fasching|primeiro3=P. A.|ultimo4=Moll|primeiro4=G.|ultimo5=Heinrich|primeiro5=H.|ultimo6=Beckmann|primeiro6=M. W.|ultimo7=Kornhuber|primeiro7=J.|data=2011-9|titulo=[How does maternal alcohol consumption during pregnancy affect the development of attention deficit/hyperactivity syndrome in the child]|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21739408|jornal=Fortschritte Der Neurologie-Psychiatrie|volume=79|numero=9|paginas=500–506|doi=10.1055/s-0031-1273360|issn=1439-3522|pmid=21739408}}</ref>
A exposição a certas substâncias tóxicas, como o chumbo por exemplo, podem contribuir para esta perturbação, tal como a exposição ao tabaco durante a gravidez, de forma directa ou indirecta, pode aumentar a probabilidade de um diagnóstico de PHDA.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Eubig|primeiro=Paul A.|ultimo2=Aguiar|primeiro2=Andréa|ultimo3=Schantz|primeiro3=Susan L.|data=2010-12|titulo=Lead and PCBs as Risk Factors for Attention Deficit/Hyperactivity Disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3002184/|jornal=Environmental Health Perspectives|volume=118|numero=12|paginas=1654–1667|doi=10.1289/ehp.0901852|issn=0091-6765|pmc=3002184|pmid=20829149}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Abbott|primeiro=Louise C.|ultimo2=Winzer-Serhan|primeiro2=Ursula H.|data=2012-4|titulo=Smoking during pregnancy: lessons learned from epidemiological studies and experimental studies using animal models|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394313|jornal=Critical Reviews in Toxicology|volume=42|numero=4|paginas=279–303|doi=10.3109/10408444.2012.658506|issn=1547-6898|pmid=22394313}}</ref>
Mais factores que podem aumentar a probabilidade de incidência de PHDA no indíviduo são o nascimento permaturo, nascimento com um peso corporal muito baixo, negligência, abuso ou privação social, tal como certas infeções antes, durante e após o nascimento da criança, principalmente nos primeiros anos de vida, já que a susceptibilidade é maior.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Thapar|primeiro=Anita|ultimo2=Cooper|primeiro2=Miriam|ultimo3=Jefferies|primeiro3=Rachel|ultimo4=Stergiakouli|primeiro4=Evangelia|data=2012-3|titulo=What causes attention deficit hyperactivity disorder?|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21903599|jornal=Archives of Disease in Childhood|volume=97|numero=3|paginas=260–265|doi=10.1136/archdischild-2011-300482|issn=1468-2044|pmc=3927422|pmid=21903599}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=NIMH » Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD): The Basics|url=https://www.nimh.nih.gov/health/publications/attention-deficit-hyperactivity-disorder-adhd-the-basics/index.shtml|obra=www.nimh.nih.gov|acessodata=2019-08-08}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|data=2008-2|titulo=Etiologic classification of attention-deficit/hyperactivity disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18245408|jornal=Pediatrics|volume=121|numero=2|paginas=e358–365|doi=10.1542/peds.2007-1332|issn=1098-4275|pmid=18245408}}</ref>
=== Quem pode diagnosticar TDAH ===▼
Existe uma associação entre o uso de [[paracetamol]] a longo prazo durante a gravidez e a prevalência da PHDA, mas não a curto prazo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Ystrom|primeiro=Eivind|ultimo2=Gustavson|primeiro2=Kristin|ultimo3=Brandlistuen|primeiro3=Ragnhild Eek|ultimo4=Knudsen|primeiro4=Gun Peggy|ultimo5=Magnus|primeiro5=Per|ultimo6=Susser|primeiro6=Ezra|ultimo7=Davey Smith|primeiro7=George|ultimo8=Stoltenberg|primeiro8=Camilla|ultimo9=Surén|primeiro9=Pål|data=2017-11|titulo=Prenatal Exposure to Acetaminophen and Risk of ADHD|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5654387/|jornal=Pediatrics|volume=140|numero=5|doi=10.1542/peds.2016-3840|issn=0031-4005|pmc=5654387|pmid=29084830}}</ref>
Alguns casos de [[traumatismo craniano]] podem levar ao aparecimento da patologia da PHDA.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Eme|primeiro=Robert|data=2012-4|titulo=ADHD: an integration with pediatric traumatic brain injury|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22449218|jornal=Expert Review of Neurotherapeutics|volume=12|numero=4|paginas=475–483|doi=10.1586/ern.12.15|issn=1744-8360|pmid=22449218}}</ref>
A alimentação pode também contribuir para o desenvolvimento da PHDA, embora a evidência atual seja considerada ainda escassa. Aplica-se principalmente a corantes alimentares ou substâncias utilizadas para a preservação dos alimentos, acima de tudo em indivíduos sensíveis. Para além destas substâncias, certas intolerâncias ou alergias a alguns alimentos podem levar a uma agravação dos sintomas da PHDA. A deficiência em certos [[Micronutriente|micronutrientes]] pode também levar à manifestação de sintomas desta patologia.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|ultimo2=Yee|primeiro2=Michelle M.|data=2012-2|titulo=The diet factor in attention-deficit/hyperactivity disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22232312|jornal=Pediatrics|volume=129|numero=2|paginas=330–337|doi=10.1542/peds.2011-2199|issn=1098-4275|pmid=22232312}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Sonuga-Barke|primeiro=Edmund J. S.|ultimo2=Brandeis|primeiro2=Daniel|ultimo3=Cortese|primeiro3=Samuele|ultimo4=Daley|primeiro4=David|ultimo5=Ferrin|primeiro5=Maite|ultimo6=Holtmann|primeiro6=Martin|ultimo7=Stevenson|primeiro7=Jim|ultimo8=Danckaerts|primeiro8=Marina|ultimo9=van der Oord|primeiro9=Saskia|data=2013-3|titulo=Nonpharmacological interventions for ADHD: systematic review and meta-analyses of randomized controlled trials of dietary and psychological treatments|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23360949|jornal=The American Journal of Psychiatry|volume=170|numero=3|paginas=275–289|doi=10.1176/appi.ajp.2012.12070991|issn=1535-7228|pmid=23360949}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Nigg|primeiro=Joel T.|ultimo2=Holton|primeiro2=Kathleen|data=2014-10|titulo=Restriction and Elimination Diets in ADHD Treatment|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4322780/|jornal=Child and adolescent psychiatric clinics of North America|volume=23|numero=4|paginas=937–953|doi=10.1016/j.chc.2014.05.010|issn=1056-4993|pmc=4322780|pmid=25220094}}</ref>
=== Factores sociais ===
As crianças mais novas no período escolar, em comparação com os seus colegas ligeiramente mais velhos, têm maior probabilidade de ser diagnosticadas com PHDA, possivelmente pelo seu desenvolvimento ainda estar ligeiramente atrás em comparação a estas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Holland|primeiro=Josephine|ultimo2=Sayal|primeiro2=Kapil|data=2018-10-06|titulo=Relative age and ADHD symptoms, diagnosis and medication: a systematic review|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30293121|jornal=European Child & Adolescent Psychiatry|doi=10.1007/s00787-018-1229-6|issn=1435-165X|pmid=30293121}}</ref>
Em alguns casos, o diagnóstico da PHDA deve-se não a problemas com o indivíduo em si mas com a educação e expectativas dos pais em relação ao filho/a. Crianças vítimas de [[violência]] e [[abuso emocional]] são mais susceptíveis de apresentar comportamentos relacionados com esta patologia.<ref>{{Citar livro|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK53652/|título=Attention Deficit Hyperactivity Disorder: Diagnosis and Management of ADHD in Children, Young People and Adults|ultimo=National Collaborating Centre for Mental Health (UK)|data=2009|editora=British Psychological Society (UK)|series=National Institute for Health and Clinical Excellence: Guidance|local=Leicester (UK)|isbn=9781854334718|pmid=22420012}}</ref>
Por fim, a caracterização da PHDA é sempre sujeita ao que é considerado um comportamento normal e um comportamento anormal pela sociedade. O que pode ser considerado um caso de PHDA segundo o critério do [[DSM IV|DSM-IV]], pode não o ser segundo o critério do ICD-10.
Este é um dos motivos de alguma da polémica em relação a este diagnóstico, já que não existe de facto um exame concreto em que o médico possa diagnosticar, ou não, um caso de PHDA sem ser baseado na informação providenciada pelo indivíduo e familiares. Em qualquer dos casos, a patologia da PHDA existe e afecta de forma significativa a vida social, académica e familiar dos indíviduos afectados, mas também é muitas vezes diagnosticada em casos onde ela não existe.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Parens|primeiro=Erik|ultimo2=Johnston|primeiro2=Josephine|data=2009-01-19|titulo=Facts, values, and Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD): an update on the controversies|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2637252/|jornal=Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health|volume=3|paginas=1|doi=10.1186/1753-2000-3-1|issn=1753-2000|pmc=2637252|pmid=19152690}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Singh|primeiro=Ilina|data=2008-12|titulo=Beyond polemics: science and ethics of ADHD|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19020513|jornal=Nature Reviews. Neuroscience|volume=9|numero=12|paginas=957–964|doi=10.1038/nrn2514|issn=1471-0048|pmid=19020513}}</ref>
O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto e que necessariamente descarte outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento. <!-- ref avulsa, remover? <ref name="multipla"/> -->
Linha 158 ⟶ 156:
Hoje já se sabe que a área do [[cérebro]] envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro){{Vago}} responsável pela [[inibição]] do comportamento, pela [[Limiar de atenção|atenção sustentada]], pelo [[autocontrole]] e pelo planejamento do futuro{{Carece de fontes}}. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes se interligam. Portanto, o funcionamento inadequado de outras áreas conectadas à região frontal pode levar a sintomas semelhantes aos do TDAH.{{Carece de fontes|data=junho de 2015}}
== Tratamento ==
{{Aviso-médico}}
Os [[neurotransmissores]] que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento nos indivíduos com TDAH são basicamente a [[dopamina]] e a [[noradrenalina]] e podem ser estimulados através de medicação, com o devido acompanhamento médico, de modo a amenizar os [[sintoma]]s de déficit de atenção/hiperatividade. Entretanto, nem todas as pessoas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização dos medicamentos em função dos seus [[efeitos colaterais]]. A duração da administração varia em cada caso, a depender da resposta do paciente, não se justificando o uso dessas drogas nos casos em que os pacientes não apresentem melhora significativa. Cerca de 70% dos pacientes respondem adequadamente ao metilfenidato e o toleram bem. Como a [[meia-vida]] do metilfenidato é curta, geralmente utiliza-se o esquema de duas doses por dia, uma de manhã e outra ao meio dia.<ref name="Rohde">Rohde LA e Halpern. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. R.Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2(supl), 2004. http://www.scielo.br/pdf/%0D/jped/v80n2s0/v80n2Sa08.pdf</ref> A disponibilidade de preparados de ação prolongada tem possibilitado maior comodidade aos pacientes.
Além de fármacos, ministrados com acompanhamento especializado permanente, o tratamento médico pode contar com apoio [[psicologia|psicológico]], [[fonoaudiologia|fonoaudiológico]], [[Terapia Ocupacional|terapêutico ocupacional]] ou [[psicopedagogia|psicopedagógico]].
|