Jacinto Ramos: diferenças entre revisões

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|nascimento_local = [[Lisboa]], [[Portugal]]
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'''Jacinto da Silva Ramos''' ([[Lisboa]], [[3 de outubro]] de [[1917]] -— Lisboa, [[4 de novembro]] de [[2004]]) foi um [[actorator]], realizador e guionista [[Portugal|português]].<ref name="infopédia">Jacinto Ramos. In [[Infopédia]] [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-10-30].Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$jacinto-ramos></ref>
 
Ao longo da sua carreira dedica especial atenção ao teatro amador<ref name="tsf"/>, criando e/ou dirigindo vários grupos de teatro, entre os quais: CITAC de Coimbra<ref name="tsf"/>, CITAC da Faculdade de Direito de Lisboa<ref name="tsf"/>, o da Faculdade de Medicina de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Instituto Superior de Agronomia, Banco de Angola, Banco Fonsecas & Burnay e Tabaqueira. De Igual forma cria inúmeras companhias de teatro, entre outras: [[Grupo de Teatro da Cossoul]]<ref name="tsf"/>, [[Teatro d’Hoje]]<ref name="tsf"/>, [[Teatro de Novos para Novos]]<ref name="tsf"/>, [[Teatro Experimental de Lisboa]]<ref name="tsf"/>, [[Teatro de Todos os Tempos]] (T.T.T.), [[Teatro do Nosso Tempo]] (T.N.T.), [[Comediantes do Porto]] e [[A Nossa Gente]] (companhia em digressão).
 
No Cinemacinema, onde trabalhou como actorator, realizador e argumentista, participou em diversos filmes, entre os quais ''[[O Pátio das Cantigas]]'', ''[[O Pai Tirano]]'', ''[[Ladrão Precisa-se]]''{{carece de fontes|data=Outubro de 2012}}, ''[[Chaimite]]''<ref name="rtp.chaimite">[[RTP]], ''Chaimite'' [http://www.rtp.pt/programa/tv/p26101 <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref>, ''[[A Costureirinha da Sé]]'', ''[[Benilde ou a Virgem Mãe]]'' ou ''[[Manhã Submersa (filme)|Manhã Submersa]]'',<ref name="tsf"/>, ''Vidas sem Rumo'', ''A Traição Inverosímil'', ''Ruínas do Interior'', ''Fruto Proibido'', ''Passagem de Nível''. Realizou ainda ''Nocturno'', uma curta-metragem em 16&nbsp;mm que é transmitida na RTP e seleccionadaselecionada para passar na [[BBC]]. Por esta curta-metragem recebe, em 1962, o [[Prémio Nacional de Cinema de Sintra]], além de quatro guiões baseados nas seguintes obras: [[O Convidado]], de [[José de Lemos]], [[A Forja]], de [[Alves Redol]], [[Alegria Breve]], de [[Vergílio Ferreira]], [[A Ponte sobre a Vida]], de [[Mário Braga]].
 
Na televisão, realizou as seguintes peças: ''A Partida de Bridge'', ''O Xadrez do Diabo'', ''Querida Ruth'', ''[[Frei Luís de Sousa]]''.<ref name="tsf"/>, Volpone, Diário de um Louco, Adorável Mentiroso, Sarah Bernhardt, Henrique IV e O Porteiro, tendo igualmente encenado as últimas quatro. Integra o elenco das telenovelas ''[[Origens]]''<ref name="tsf"/>, ''[[Palavras Cruzadas (telenovela)|Palavras Cruzadas]]'' (ao lado de [[Eunice Muñoz]])<ref name="tsf"/>, ''[[Ricardina e Marta]]'', ''[[A Banqueira do Povo]]''<ref name="tsf"/> e ''[[Filhos do Vento]]''.
 
==Biografia==
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Ao longo da sua passagem pela rádio, Jacinto Ramos dirige e interpreta numerosas peças e folhetins radiofónicos na Emissora Nacional/Radiodifusão Portuguesa e no Rádio Clube Português, colaborando igualmente no [[Rádio Peninsular]] e no Rádio Continental.
 
A sua estreia no Teatro, ainda como amador, dá-se na Sociedade Guilherme Cossoul, onde, em 1945, juntamente com José Viana, funda o [[Grupo de Teatro da Guilherme Cossoul]].<ref name="tsf">{{citar web|url=http://www.tsf.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=717593&page=-1|data=4 de Novembronovembro de 2004|acessodata=26 de Outubrooutubro de 2012|titulo=Morreu Jacinto Ramos|autor=Rádio Notícias|publicação=sítio tsf.com.br}}</ref> Levada à cena no Carnaval, ''[[Cravas de Todo o Ano]]'' foi um dos primeiros espectáculosespetáculos apresentados e consistia numa paródia à peça [[Rosas de Todo o Ano]], de [[Júlio Dantas]], em que Jacinto Ramos e José Viana interpretavam em travesti.
 
Na Cossoul, entre outras peças, Jacinto Ramos interpreta e/ou encena: [[Laurinda]], de [[Romeu Correia]], [[O Urso]], de [[Tchekov]], [[Maria Emília]], de [[Alves Redol]], [[O Doido e a Morte]], de [[Raul Brandão]], [[Catão (Garret)|Catão]], de [[Garrett]] e [[O Monta-Cargas]], de [[Harold Pinter]]. Pela Guilherme Cossoul passaram muitos dos futuros actoresatores profissionais, tais como [[Raul Solnado]], [[Varela Silva]], [[Henrique Viana]], [[Luís Alberto]], [[Gilberto Gonçalves]], [[Glicínia Quartin]], entre outros.
 
A Cossoul viria a tornar-se uma referência no meio teatral quer pelos dramaturgos divulgados, quer pelos actoresatores que ia formando.
 
Ainda na década de 40, juntamente com José Viana, Maria Barroso, Carlos Wallenstein e Lopes Graça, forma um grupo artístico que percorre os arredores de Lisboa, apresentando espectáculosespetáculos de teatro, poesia e música, com o objectivoobjetivo de "agitar politicamente as pessoas", como o próprio afirmava
 
Matricula-se no curso nocturnonoturno do Conservatório Nacional, de onde somente sairia em 1949<ref name="infopédia"/>, após receber convite para actuaratuar no Teatro Nacional.<ref name="infopédia"/> A convite de Alves da Cunha, que sempre considerou seu Mestre, ingressa na sua Companhia, percorrendo, pela primeira vez, o país, como actorator profissional.
 
No ano de 1950, foi convidado por [[Amélia Rey Colaço]], a ingressar na companhia [[Rey Colaço/Robles Monteiro]] e estreia-se no [[Teatro Nacional D. Maria II]]<ref name="infopédia"/><ref name="tsf"/>, como protagonista na peça [[Curva Perigosa]].<ref name="tsf"/> de [[J. B. Priestley]], ao lado de [[Mariana Rey-Monteiro]]. Neste período, entre outras peças, interpreta: [[Sonho de Uma Noite de Verão]]<ref name="tsf"/>, de [[Shakespeare]], [[Casaco de Fogo]], de [[Romeu Correia]]<ref name="tsf"/>, Madame Sans-Gêne, de Victorien Sardou/Émile Moreau, [[Menina Júlia]], de [[Strindberg]]<ref name="tsf"/>, [[Os Maias]], de [[Eça de Queiroz]]<ref name="tsf"/>/Bruno Carreiro, [[A Visita da Velha Senhora (peça)|A Visita da Velha Senhora]], de [[F. Durrenmatt]], [[A Condessa]], de [[Maurice Druon]], [[Peraltas e Sécias]], de [[Júlio Dantas]], [[O Processo de Jesus]], de [[Diego Fabbri]], [[As Árvores Morrem de Pé]], de [[Alejandro Casona]], [[Filomena Marturano]], de [[Eduardo de Filippo]], [[O Leque de Lady Windermere]], de [[Oscar Wilde]], [[O Lugre]], de [[Bernardo Santareno]], [[Diálogos das Carmelitas]], de [[Bernanos]], etc.
 
Após o incêndio do Teatro D. Maria II em 1964 e antes da sua reconstrução em 1978, Jacinto Ramos actuaatua nos principais palcos de Lisboa e do país, em peças dos mais variados géneros, algumas de extraordinário êxito e que viriam a tornar-se uma referência na história do teatro português.
 
No [[Tivoli]], no [[S. Luis]], no [[Trindade]], no [[Monumental]], no [[Villaret]], no [[Maria Vitória]], no [[Laura Alves]], no [[Avenida]], no [[Capitólio]], no [[Primeiro Acto]], no [[Sá da Bandeira]] e no [[Teatro Experimental do Porto]] interpreta e/ou encena inúmeros espectáculosespetáculos, dos quais se salienta: [[Adorável Mentiroso]], de [[Jerome Kilty]], [[Diário de um Louco]], de [[Gogol]], [[O Porteiro]], de [[Harold Pinter]], [[Tudo no Jardim]], de [[Albee]], [[Albergue Nocturno]], de [[Gorki]], [[As Três Irmãs]], de [[Tchekov]], [[Já Aqui Estive]], de J. B. Priestley, [[Arsénico]] e [[Rendas Velhas]], de [[Kesselring]], [[Lourdes]], de [[Alfredo Cortez]], [[Quem tem medo de Virginia Woolf?]], de [[Albee]], [[Freud - o Princípio e o Fim]], de [[Henry Denker]], [[A Forja]], de [[Alves Redol]], [[O Príncipe e a Corista]], de [[Terrence Rattingan]], [[O Preço]], de [[Arthur Miller]], [[O Segredo (peça teatral)|O Segredo]], de [[Henry James]], [[Antígona]], de [[Anouilh]], [[Caíram do Céu Três Anjos]], de [[Albert Husson]], [[Isaura]], de [[Romeu Correia]], o musical [[Duas Pernas]], [[um Milhão, [[O Bem Amado]], de [[Neil Simon]], [[Os Ausentes]], de [[Luz Franco]], [[Descalços no Parque]], de [[Neil Simon]], [[A Severa]], de [[Júlio Dantas]], [[Jorge Dandin]], de [[Molière]].
 
Para muitas destas peças, Jacinto Ramos convida vários artistas plásticos e intelectuais da época que contribuíram com o seu talento para a qualidade dos espectáculosespetáculos apresentados, nomeadamente [[Lima de Freitas]], [[Sá Nogueira]], [[João Vieira]], [[Daniel Filipe]], [[Conceição Silva]], [[Jorge Listopad]] e tantos outros.
 
Após sua reabertura, em 1978, Jacinto Ramos regressa ao Teatro Nacional onde, na qualidade de actorator e/ou encenador, participa em inúmeros espectáculosespetáculos, tais como: [[Auto da Geração Humana]], de [[Gil Vicente]], [[O Rei Imaginário]], de [[Raul Brandão]], [[Dueto a Solo]], de [[Tom Kempinski]], [[Gin Game]], de [[Donald Coburn]], [[Sarah Bernhardt]], de [[John Murrell]], e [[O Jardim Zoológico de Cristal]], de [[Tennessee Williams]], [[Pedro o Cru]], de [[António Patrício]], [[Felizmente há Luar]], de [[Luís de Sttau Monteiro]] e [[Longa Viagem para a Noite]], de [[Eugene O’Neill]].
 
O interesse pela divulgação da poesia e dos poetas portugueses, leva-o, em conjunto com Eunice Muñoz e Luz Franco, a apresentar em [[Goa]], em 1981, o espectáculoespetáculo [[Portugal e os seus Poetas]].<ref name="tsf"/>
 
Em 1985, um novo espectáculoespetáculo de poesia, [[Cantando Espalharei]]<ref name="tsf"/>, estreado na [[Fundação Gulbenkian]], é levado em digressão por oitenta localidades de Portugal<ref name="tsf"/>, [[Macau]], [[Brasil]], [[Uruguai]], [[Argentina]], [[Venezuela]], e posteriormente a [[Macau]].
 
Em 14 de Marçofevereiro de 1994 Jacinto Ramos é condecorado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da [[Ordem Militar de Sant’IagoSant'Iago da Espada]].<ref name="tsfOHn">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2019-08-09|notas=Resultado da busca de "Jacinto da Silva Ramos".}}</ref>
 
Morreu em sua cidade natal, na [[Casa do Artista]], onde residia, pela madrugada, após ter sofrido uma queda que lhe gerou complicações de saúde.<ref name="tsf"/>
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Tem os seguintes discos editados: Uma Campanha Alegre, A Forja, em colaboração com Norberto de Sousa, Esta é a Ditosa Pátria Minha Amada, em conjunto com Luz Franco, A Caravela e Cantando Espalharei.
 
ActorAtor, encenador, realizador e muitas vezes coreógrafo, ainda traduz várias peças de teatro, participa em numerosos colóquios e cursos de formação teatral e colabora na imprensa, escrevendo regularmente para o Jornal de Notícias do Porto uma crónica sobre teatro. Publicou ainda o livro Esta é a Ditosa Pátria Minha Amada, em colaboração com Luz Franco.
 
Faz parte da Comissão Instaladora do SIARTE - Sindicato das Artes do Espectáculo e é um dos fundadores da APOIARTE - Associação de Apoio aos Artistas.
 
== Prémios ==
* [[Prémio Carlos Poffer]] (da Federação das Sociedades de Recreio, 1944)<ref name="universal">{{citar web|url=http://www.universal.pt/main.php?id=160&art_hom=2000000748|data=Data desconhecida|acessodata=26 de Outubrooutubro de 2012|titulo=Jacinto Ramos|autor=Biblioteca Universal|publicação=sítio universal.pt}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
* Arte Dramática (Encenação, 1953)<ref name="universal"/>
* Robles Monteiro (Encenação, 1959<ref name="universal"/>, por Menina Júlia)
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==Carreira==
===Cinema===
Como actorator:
* ''[[O Pai Tirano]]'' (1941)
* ''[[O Pátio das Cantigas]]'' (1942)
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* ''O Porteiro''
 
Como actorator:
* ''[[Origens]]'' (1983)<ref name="tsf"/>
* ''[[Palavras Cruzadas (telenovela)|Palavras Cruzadas]]''(1987)<ref name="tsf"/>