Censo demográfico do Brasil de 1872: diferenças entre revisões

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== Diretoria Geral de Estatística ==
Durante o período imperial, o governo sentiu necessidade de obter dados estatísticos para melhor conhecer o País. Por conta disso, em 1871, pelo decreto n. 4676, em cumprimento à lei 1.829, criou-se a Diretoria Geral de Estatística (DGE), para organizar as atividades estatísticas nacionais e realizar, no ano seguinte, o primeiro recenseamento feito no Brasil. Com a instalação da República, o novo governo reorganizou a DGE e ampliou suas atividades, implantando o registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos. A partir de 1890, realizados pela então Direção Geral de Estatística, os censos ocorreram de dez em dez anos, com a exceção de 1910 e 1930, nos quais a conjuntura política impediu a realização.<ref>{{citar web|url=http://www.universia.com.br/html/noticia/noticia_clipping_jbh.html|título=Universia: Censo no vestibular}}</ref> A DGE foi dissolvida em 1931, e apenas em 1934 seria criado um órgão equivalente, o [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE).
 
==Perfil da população==
[[Imagem:Brazil Provinces 1889.svg|[[Província]]s e o [[Município Neutro]] no território do [[Império do Brasil]] em 1872.|thumb|238x238px|borda]]
[[Ficheiro:RioGrandedoNorteCenso1872.jpg|miniaturadaimagem|236x236px|Quadro geral da população escrava considerada em relação aos sexos, estados civis, raças, religião, nacionalidade, e graus de instrução para a [[Província do Rio Grande do Norte]] no censo de 1872.]]
Os resultados finais revelaram que o [[Brasil]] tinha 9.930.478 habitantes, sendo 5.123.869 homens e 4.806.609 [[mulher]]es. Os homens representavam 5251,6%, e as mulheres 48,4% da população total. Com relação ao número de habitantes, os resultados não incluem 181.583 habitantes, estimados para 32 paróquias, nas quais não foi feito o recenseamento na data determinada.<ref>{{citar web|url=http://www.nphed.cedeplar.ufmg.br/wp-content/uploads/2013/02/Relatorio_preliminar_1872_site_nphed.pdf|titulo=PUBLICAÇÃO CRÍTICA DO RECENSEAMENTO GERAL DO IMPÉRIO DO BRASIL DE 1872|data=Janeiro de 2012|acessodata=1 de Janeiro de 2017|publicado=Núcleo de Pesquisa em História Econômica e Demográfica - NPHED|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Segundo o censo 38,3% eram [[pardos]], 38,1% [[brancos]] e 19,7% [[negros]]. Os [[Indígenas|índios]] perfaziam 3,9% do total, curiosamente, os indígenas ficaram durante 101 anos sem aparecer como categoria separada nos levantamentos populacionais, só retornando em 1991. EmNo 1872,caso osdos [[Escravidão|escravos]]indígenas representavam 15alguns,2% dapelo populaçãotom brasileira.de Ospele, estrangeirospodem somavamter 3,8%,sido a maioriaclassificados delescomo [[portugueses]]“pardos”, [[alemães]]além disso, africanosa livresampla oumaioria libertosdos epovos [[franceses]].<ref>{{citaroriginários web|URLpassou =batida pelo http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-01-14/unico-incluir-populacao-escrava-censo-de-1872-e-disponibilizado-ao-publico|título; =diversas Únicoaldeias anão incluirforam populaçãocontadas escrava,porque houve Censodificuldade de 1872se échegar. disponibilizadoDevemos aoconsiderar público|datatambém, =que 14inúmeros depovos janeiroindígenas deviviam 2013|acessadoemem =tribos 10isoladas, deconservando dezembroseus dehábitos 2015|autorprimitivos =de Mariana Tokarnia|publicado =existência. Agência Brasil}}</ref>
 
Em 1872, os [[Escravidão|escravos]] representavam 15,2% da população brasileira, destes 31% foram declarados como sendo pardos. Alguns municípios possuíam mais escravos que pessoas livres, como em Santa Maria Magdalena, Cantagallo, Valença, Pirahy e Vassouras, no Rio de Janeiro; Bananal, em São Paulo; Santa Cruz, na Bahia; e São Luiz Gonzaga, no Maranhão.<ref>{{Citar web|titulo=Publicação aborda evolução da divisão territorial brasileira de 1872 a 2010|url=http://legado.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2011/12/publicacao-aborda-evolucao-da-divisao-territorial-brasileira-de-1872-a-2010|obra=Governo do Brasil|acessodata=2019-08-10|lingua=pt-br}}</ref>
Entre a população livre, 23,4% dos [[Homem|homens]] e 13,4% das mulheres foram considerados alfabetizados. Os dados populacionais por faixa etária mostraram que 24,6% da população eram de crianças menores de 10 anos de idade; 21,1% eram adolescentes e [[Juventude|jovens]] entre 11 e 20 anos; 32,9% eram [[adulto]]s entre 21 e 40 anos; 8,4 % tinham entre 41 e 50 anos; 12,8% tinham entre 51 e 70 anos; e, por último, apenas 3,4 % tinham mais de 71 anos de idade.<ref>{{Citar web|título = IBGE :: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|URL = http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_evolucao.shtm|obra = www.ibge.gov.br|acessadoem = 2015-12-11}}</ref>
 
Os estrangeiros somavam 3,8% da população do Brasil.<ref>{{citar web|URL = http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-01-14/unico-incluir-populacao-escrava-censo-de-1872-e-disponibilizado-ao-publico|título = Único a incluir população escrava, Censo de 1872 é disponibilizado ao público|data = 14 de janeiro de 2013|acessadoem = 10 de dezembro de 2015|autor = Mariana Tokarnia|publicado = Agência Brasil}}</ref> Do total de imigrantes, 36% eram escravos. Os “africanos”, escravos, livres ou libertos, eram a maior parte dos estrangeiros (46%); em seguida, estão [[portugueses]] (33%), [[alemães]] (10,5%), italianos (2,1%) e franceses (1,8%). Apesar de não estarem arrolados no censo, a maioria dos "africanos", eram provenientes de diversos grupos étnicos, os predominantes eram: os [[Iorubás]], [[Bantus|Bantos]], Minas, [[Jejes]], [[Hauçás]]; oriundos de ao menos oito grandes regiões do continente, como Senegâmbia, Golfo do Benim, África Centro-Ocidental e Golfo de Biafra.<ref name=":1">{{Citar web|titulo=Censo de 1872: o retrato do Brasil da escravidão|url=https://www.nexojornal.com.br/especial/2017/07/07/Censo-de-1872-o-retrato-do-Brasil-da-escravid%C3%A3o|obra=Nexo Jornal|acessodata=2019-08-10|lingua=pt-BR}}</ref>
99,72% da população foi classificada como [[católica]] (9.902.712 pessoas) e 0,28% (27.766) como não católica, a maioria destes últimos [[Imigração alemã no Brasil|imigrantes alemães]]. Esses dados, contudo, devem ser analisados com cautela. Havia, naquela época, cerca de 383 mil [[índio]]s, que seguiam suas próprias concepções religiosas. Além do mais, todos os escravos foram classificados como católicos, porém muitos deles mantinham a religiosidade originária da [[África]] que, após a abolição, daria origem às [[religiões afro-brasileiras]].<ref>[http://www.cebrap.org.br/v2/files/upload/biblioteca_virtual/religiao_candido.pdf Religião]</ref>
 
Entre a população livre, 23,4% dos [[Homem|homens]] e 13,4% das mulheres foram considerados alfabetizados. Da população que tinha entre 6 e 15 anos, 17% dos homens e 11% das mulheres frequentavam escolas. Os dados populacionais por faixa etária mostraram que 24,6% da população eram de crianças menores de 10 anos de idade; 21,1% eram adolescentes e [[Juventude|jovens]] entre 11 e 20 anos; 32,9% eram [[adulto]]s entre 21 e 40 anos; 8,4 % tinham entre 41 e 50 anos; 12,8% tinham entre 51 e 70 anos; e, por último, apenas 3,4 % tinham mais de 71 anos de idade.<ref>{{Citar web|título = IBGE :: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|URL = http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_evolucao.shtm|obra = www.ibge.gov.br|acessadoem = 2015-12-11}}</ref>
O censo apresenta, além da contagem da população, informações específicas sobre [[Deficiência|pessoas com deficiência]], acesso à escola e profissões exercidas, entre outras. Na época, a profissão de [[lavrador]] era a com o maior número de pessoas, seguida por serviços domésticos. Das profissões liberais, a de artista tinha mais representantes, inclusive entre a população escrava.<ref>{{citar web|URL = http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/censo-de-1872-e-disponibilizado-ao-publico|título = Censo de 1872 é disponibilizado ao público|data = 14 de janeiro de 2013|acessadoem = 10 de dezembro de 2015|autor = Mariana Tokarnia|publicado = Exame}}</ref>
 
99,72% da população foi classificada como [[católica]] (9.902.712 pessoas) e 0,28% (27.766) como não católica,. a80% maioriados destes“acatólicos” últimoseram [[Imigração alemã no Brasil|imigrantes alemães]]. Esses dados, contudo, devem ser analisados com cautela. Havia, naquela época, cerca de 383 mil [[índio]]s, que seguiam suas próprias concepções religiosas. Além do mais, todos os escravos foram classificados como católicos, porém muitos deles mantinham a religiosidade originária da [[África]] que, após a abolição, daria origem às [[religiões afro-brasileiras]].<ref>[http://www.cebrap.org.br/v2/files/upload/biblioteca_virtual/religiao_candido.pdf Religião]</ref>
 
O censo apresenta, além da contagem da população, informações específicas sobre [[Deficiência|pessoas com deficiência]], acesso à escola e profissões exercidas, entre outras. Na época, a profissão de [[lavrador]] era a com o maior número de pessoas, seguida por serviços domésticos. Das profissões liberais, a de artista tinha mais representantes, inclusive entre a população escrava.<ref>{{citar web|URL = http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/censo-de-1872-e-disponibilizado-ao-publico|título = Censo de 1872 é disponibilizado ao público|data = 14 de janeiro de 2013|acessadoem = 10 de dezembro de 2015|autor = Mariana Tokarnia|publicado = Exame}}</ref> Dentre as mulheres as profissões predominantes eram de serviço domestico, lavradoras e costureiras. Partindo da população total (homens e mulheres), cerca de 42% não tinham profissão (55% entres os livres, 24% entre escravos). A própria DGE reconhece que o contingente sem uma profissão específica era “enorme”, sobretudo nas províncias do Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Pernambuco.<ref name=":1" />
 
O Censo registrou quase 10 milhões de habitantes distribuídos em [[Províncias do Império do Brasil|20 províncias]] e no [[Município Neutro]]. O Brasil se dividia em 641 [[município]]s, que, por sua vez, se subdividiam em 1.473 paróquias, as unidades mínimas de informação. A coleta foi realizada nas [[Paróquia|paroquias]].<ref>{{citar web|URL = http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/censo-de-1872-unico-registrar-populacao-escrava-esta-disponivel-7275328?utm_source=Facebook&ut|título = Censo de 1872, único a registrar população escrava, está disponível|data = 12 de janeiro de 2013|acessadoem = 10 de dezembro de 2015|autor = Roberta Jansen|publicado = O Globo}}</ref>
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! Província!!Municípios!!Paróquias não incluídas!!Total de paróquias!!População Livre!!% Livre!![[Escravidão no Brasil|População Escrava]]!!% Escravos!! Total da população em 1872<ref>{{citar web|url=http://www.nphed.cedeplar.ufmg.br/pop72/index.html;jsessionid=132ee574239fde89ca4d1c701afc|titulo=NPHED - POP72|data=|acessodata=|publicado=UFMG|ultimo=|primeiro=}}</ref>
|-
| [[Província do Amazonas|Amazonas]]|| 7 || - || 22 || 5663156 631 || 98,30 || 979|| 01,70 || 5761057 610
|-
| [[Província do Grão-Pará|Pará]] || 32 || - || 70 || 247779247 779 || 90,02 || 2745827 458 || 09,98 || 275237275 237
|-
| [[Província do Maranhão|Maranhão]]|| 37 || 1 || 53 || 284101284 101 || 78,95 || 7493974 939 || 21,05 || 359040359 040
|-
| [[Província do Piauí|Piauí]] || 22 || 2 || 27 || 178427178 427 || 88,23 || 2379523 795 || 11,77 || 202222202 222
|-
| [[Província do Ceará|Ceará]] || 46 || - || 57 || 689773689 773 || 95,58 || 3191331 913 || 04,42 || 721686721 686
|-
| [[Província do Rio Grande do Norte|Rio Grande do Norte]] || 22|| - || 27 || 220959220 959 || 94,44 || 1302013 020 || 05,56 || 233979233 979
|-
| [[Província da Paraíba|Paraíba]] || 24 || - || 38 || 354700354 700 || 94,28 || 2152621 526 || 05,72 || 376226376 226
|-
| [[Província de Pernambuco|Pernambuco]]|| 39 || - || 71 || 752511752 511 || 89,42 || 8902889 028 || 10,58 || 841539841 539
|-
| [[Província de Alagoas|Alagoas]] || 19 || - || 28 || 312268312 268 || 89,73 || 3574135 741 || 10,27 || 348009348 009
|-
|[[Província de Sergipe|Sergipe]] || 24|| 5 || 30 || 153620153 620 || 87,16 || 2262322 623 || 12,84 || 176243176 243
|-
| [[Província da Bahia|Bahia]] || 72 || - || 169 || 12117921 211 792 || 87,84 || 167824167 824 || 12,16 || 13796161 379 616
|-
| [[Província do Espírito Santo|Espírito Santo]] || 13 || - || 25 || 5947859 478 || 72,41 || 2265922 659 || 27,59 || 821378 2137
|-
| [[Província do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] || 33 || 6 || 123 || 490087490 087 || 62,61 || 292637292 637 || 37,39 || 782724782 724
|-
| [[Província de São Paulo|São Paulo]] || 89 || - || 142 || 680472680 472 || 81,29 || 156612156 612 || 18,71 || 837354837 354
|-
| [[Província do Paraná|Paraná]]|| 16 || - || 23 || 116162116 162 || 91,67 || 1056010 560 || 08,33 || 126722126 722
|-
| [[Província de Santa Catarina|Santa Catarina]] || 11 || - || 38 || 144818144 818 || 90,62 || 1498414 984 || 09,38 || 159802159 802
|-
| [[Província de São Pedro do Rio Grande do Sul|Rio Grande do Sul]] || 28 || 4 || 72 || 367022367 022 || 84,41 || 6779167 791 || 15,59 || 434183434 183
|-
| [[Província de Minas Gerais|Minas Gerais]]|| 72 || 14 || 370 || 16692761 669 276 || 81,84 || 370459370 459 || 18,16 || 20397352 039 735
|-
| [[Província de Goiás|Goiás]] || 26|| - || 54 || 149743149 743 || 93,36 || 1065210 652 || 06,64 || 16039516 0395
|-
| [[Província de Mato Grosso|Mato Grosso]]|| 9 || - || 15 || 5375053 750 || 88,97 || 66676 667 || 11,03 || 6041760 417
|-
| [[Município Neutro|Município Neutro da Corte]]|| - || - || 19 || 226033226 033 || 82,20 || 4893948 939 || 17,80 || 274972274 972
|-
! '''[[Império do Brasil]]''' !! 641 !! 32 !! 1473 !! 84196728 419 672 !! 84,78 !! 15108061 510 806 !! 15,22 !! 99304789 930 478
|}
 
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! Província !! População total !! Caboclos !! %
|-
| Amazonas || 5761057 610 || 3682836 828 || 63,9
|-
| Pará || 275237275 237 || 4458944 589 || 16,2
|-
| Maranhão || 359040359 040 || 1094310 943 || 3,0
|-
| Piauí || 202222202 222 || 1345313 453 || 6,6
|-
| Ceará || 721686721 686 || 5283752 837 || 7,3
|-
| Rio Grande do Norte || 233979233 979 || 1103911 039 || 4,7
|-
| Paraíba || 376226376 226 || 95679 567 || 2,5
|-
| Pernambuco || 841539841 539 || 1180511 805 || 1,4
|-
| Alagoas || 348009348 009 || 63646 364 || 1,8
|-
| Sergipe || 176243176 243 || 30873 087 || 1,7
|-
| Bahia || 13796161 379 616 || 4988249 882 || 3,6
|-
| Espirito Santo || 8213782 137 || 55295 529 || 6,7
|-
| Rio de Janeiro || 782724782 724 || 78527 852 || 1,0
|-
| São Paulo || 837354837 354 || 3946539 465 || 4,7
|-
| Paraná || 126722126 722 || 90879 087 || 7,1
|-
| Santa Catarina || 159802159 802 || 28922 892 || 1,8
|-
| Rio Grande do Sul || 434183434 183 || 2571725 717 || 5,9
|-
| Minas Gerais || 20397352 039 735 || 3232232 322 || 1,5
|-
| Goias || 160395160 395 || 42504 250 || 2,6
|-
| Mato Grosso || 6041760 417 || 85248 524 || 14,1
|-
| Município Neutro da Corte || 274972274 972 || 923 || 0,3
|-
! '''Império do Brasil''' !! 99304789 930 478 !!383955383 955!! 3,9<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582012000400007|titulo=Mensurando alteridades, estabelecendo direitos: práticas e saberes governamentais na criação de fronteiras étnicas|data=Dezembro de 2012|acessodata=1 de Janeiro de 2017|publicado=Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)|ultimo=Pacheco de Oliveira|primeiro=João|issn=1678-4588}}</ref>
|}
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