Guerra dos Cem Anos: diferenças entre revisões

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'''Guerra dos Cem Anos''' foi uma série de conflitos travados de [[1337]] a [[1453]] pela [[Dinastia Plantageneta|Casa Plantageneta]], governantes do [[Reino da Inglaterra]], contra a [[Casa de Valois]], governantes do [[Reino da França]], sobre a sucessão do trono francês. Cada lado atraiu muitos aliados para a guerra. Foi um dos conflitos mais notáveis ​​da [[Idade Média]], em que cinco gerações de reis de duas dinastias rivais lutaram pelo trono do maior reino da [[Europa Ocidental]]. A guerra marcou tanto o auge da [[cavalaria medieval]] quanto seu subsequente declínio e o desenvolvimento de fortes [[Identidade nacional|identidades nacionais]] em ambos os países. Depois da [[Conquista Normanda]], os reis da Inglaterra eram [[vassalo]]s dos reis da França para suas posses em solo francês. Os reis [[franceses]] se esforçaram, ao longo dos séculos, para reduzir estas posses, no sentido de que apenas a [[Gasconha]] fosse deixada para os [[ingleses]]. A confiscação ou a ameaça de confisco deste [[ducado]] faziam parte da política francesa para controlar o crescimento do poder inglês, particularmente quando os ingleses estavam [[Primeira Guerra de Independência da Escócia|em guerra]] com o [[Reino da Escócia]], um aliado da França.
 
Por intermédio de sua mãe, [[Isabel da França, Rainha da Inglaterra|Isabel da França]], [[Eduardo III da Inglaterra]] era o primeiro neto de [[Filipe IV da França]] e sobrinho de [[Carlos IV da França]], o último rei da linha principal da [[Casa dos Capeto]]. Em 1316, foi estabelecido [[Lei sálica|um princípio]] que negava a sucessão das mulheres ao trono francês. Quando [[Carlos IV da França|Carlos IV]] morreu em 1328, Isabella, incapaz de reivindicar o trono francês para si, reivindicou-o para seu filho. Os franceses rejeitaram o pedido, sustentando que Isabella não podia transmitir um direito que ela não possuía. Por cerca de nove anos (1328-1337), os ingleses haviam aceitado a sucessão de Valois ao trono francês, mas a interferência do rei da França, [[Filipe VI da França|Filipe VI]], na guerra de Eduardo III contra a Escócia permitiu a Eduardo III reafirmar sua reivindicação ao trono francês. Várias vitórias esmagadoras inglesas na guerra - especialmente em [[Batalha de Crécy|Crecy]], [[Batalha de Poitiers (1356)|Poitiers]] e [[Batalha de Azincourt|Agincourt]] - levantaram as perspectivas de um triunfo inglês definitivo. No entanto, os maiores recursos da [[monarquia francesa]] impediram uma conquista completa. A partir de 1429, decisivas vitórias francesas em [[Batalha de Patay|Patay]], [[Batalha de Formigny|Formigny]] e [[Batalha de Castillon|Castillon]] concluíram a guerra a favor da França, com a Inglaterra perdendo permanentemente a maior parte de suas principais possessões no continente.
 
Historiadores comumente dividem a guerra em três fases separadas por [[trégua]]s: a Guerra da Era Eduardiana (1337-1360); a Guerra Carolina (1369-1389); e a Guerra de Lancaster (1415-1453). Os conflitos locais nas áreas vizinhas, que estavam contemporaneamente relacionados com a guerra, incluindo a [[3|Guerra da Sucessão Bretã]] (1341-1364), a [[Primeira Guerra Civil de Castela|Guerra Civil de Castela]] (1366-1369), a [[Guerra dos Dois Pedros]] (1356-1375) em [[Coroa de Aragão|Aragão]] e a [[Crise de 1383–1385 em Portugal]], foram aproveitados pelas partes para fazer avançar as suas agendas. Posteriormente, os historiadores adotaram o termo "Guerra dos Cem Anos" como uma periodização da historiografia para abranger todos esses eventos, construindo o mais longo [[conflito militar]] da [[história europeia]].
 
A guerra deve seu significado histórico a múltiplos fatores. No final, os exércitos [[Feudalismo|feudais]] haviam sido largamente substituídos por tropas profissionais e o domínio [[aristocrático]] cedera à democratização da [[mão-de-obra]] e das armas dos exércitos. Embora primeiramente um conflito dinástico, a guerra deu o ímpeto às ideias do [[nacionalismo]] francês e inglês. A introdução mais ampla de armas e táticas suplantou os exércitos feudais onde a cavalaria pesada tinha dominado. A guerra precipitou a criação dos primeiros exércitos permanentes na Europa Ocidental desde a época do [[Império Romano do Ocidente]] e assim ajudando a mudar seu papel na guerra. Com relação aos beligerantes, na [[França]], guerras civis, [[epidemia]]s mortais, fomes e mercenários reduziram a população drasticamente. As forças políticas inglesas ao longo do tempo vieram a opor-se à arriscada aventura. A insatisfação dos nobres ingleses, resultante da perda de suas terras continentais, tornou-se um fator que levou às guerras civis conhecidas como [[Guerras das Rosas]] (1455-1487).<ref name="curry">{{citar livro|título=The Hundred Years' War|subtítulo=1337-1453|autor=Anne Curry|editora=Osprey Publishing|ano=2002|isbn= 978-1-84176-269-2}}</ref>