Duque de Loulé: diferenças entre revisões

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|coroa = Corona de duque.svg
|nome = Duque de Loulé
|imagem = ArmasFl- duques59v louléLivro do Armeiro-Mor, Mendonça.pngjpg
|monarca = [[D. Luís I]]
|decreto = [[30 de Outubro]] de [[1862]]
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== Marqueses de Loulé ==
O Marquesado de Loulé foi criado em [[6 de Julho]] de [[1799]] por D. João, Príncipe Regente de D. [[Maria I de Portugal]], a favor de Agostinho Domingos José de Mendoça Rolim de Moura Barreto, 8.º [[Conde de Vale de Reis]].
 
Com o casamento do 2.º Marquês de Loulé, 9.º Conde de Vale de Reis, com [[Ana de Jesus Maria de Bragança|D. Ana de Jesus Maria]], filha do rei [[João VI de Portugal|D. João VI de Portugal]] e de [[Carlota Joaquina de Bourbon|D. Carlota Joaquina de Bourbon]] (ver secção: ''[[Duque de Loulé#Questão da paternidade da 1ª marquesa de Loulé|Questão da paternidade da 1ª marquesa de Loulé]]''), o titular foi elevado a 1.º Duque de Loulé e ele e os seus descendentes de ambos passaram a gozar do tratamento de ''[[Dom (título)|Dom]]''.
 
;Usaram o título
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* 4.º - D. Constança Maria da Conceição Berquó de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1889-1967).
* 5.º - D. Alberto Nuno Carlos Rita Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1923-2003).
* 6.º - D. [[Pedro José Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto]] (1958- ).
 
== Questão da paternidade da 2.ª marquesa de Loulé ==
[[Ficheiro:Anajesusmariabraganca.jpg|miniaturadaimagem|253x253px|Retrato de [[Ana de Jesus Maria de Bragança|D. Ana de Jesus Maria]], a 1ª marquesa de Loulé.]]
Inúmeras fontes bibliográficas e testemunhos da época dão conta de que a 1.ª marquesa de Loulé, [[Ana de Jesus Maria de Bragança|D. Ana de Jesus Maria]], teria sido, à semelhança dos seus irmãos mais novos, o ex-infante [[Miguel I de Portugal|D. Miguel]] e a [[Maria da Assunção de Bragança|D. Maria da Assunção]], apenas uma filha [[Filiação ilegítima|bastarda reconhecida]] pelo rei D. João VI de Portugal<ref>LENCASTRE, Isabel; Bastardos Reais - Os filhos ilegítimos dos Reis de Portugal. Lisboa: Oficina do Livro, 2012. Págs. 177</ref>, fruto das famosas ligações adúlteras de sua mãe, [[Carlota Joaquina de Bourbon|D. Carlota Joaquina de Bourbon]], com os seus amantes e criados. Segundo estas, o próprio rei D. João VI terá confirmado não ter tido relações sexuais com a sua esposa durante mais de dois anos e meio antes do nascimento dos três últimos filhos<ref>EDMUNDO, Luiz, ''A corte de D. João no Rio de Janeiro (1808-1821)'', volume 1 (de 3). Página 239.</ref>, tempo durante o qual o rei e a rainha terão vivido numa permanente ''guerrilha conjugal'' e só se encontravam em raras ocasiões oficiais.<ref>PEREIRA, Sara Marques (1999), ''D. Carlota Joaquina e os Espelhos de Clio - Actuação Política e Figurações Historiográficas'', Livros Horizonte, Lisboa, 1999, página 53.</ref>. [[Laure de St. Martin Permon|Laura Permon, a duquesa de Abrantes]] e mulher do [[General Junot]], declarou publicamente que: ''"O erário público pagava a um apontador para apontar as datas do acasalamento real, mas ele tinha pouco trabalho. Isso não impedia D. Carlota Joaquina de ter filhos com regularidade e, ao mesmo tempo advogar inocência e dizer que era fiel a D. João VI, gerando assim filhos da Imaculada Conceição."'' [...] ''"Mas uma coisa é saber-se que não era o pai, outra é dizer quem era o pai, porque D. Carlota Joaquina, não era fiel nem ao marido nem aos amantes"''.<ref>DOMINGUES, Mário; ''Junot em Portugal''. Lisboa : Romano Torres, 1972. Página 211</ref>
 
Segundo vários autores e inclusive os relatos da própria época, a 1.ª marquesa de Loulé era filha do jardineiro do palácio da rainha, ou de um outro serviçal do [[Palácio e Quinta do Ramalhão|Ramalhão]] (o palácio localizado perto de [[Sintra]], onde D. Carlota Joaquina vivia separada do seu real esposo).<ref>Ver WILCKEN, Patrick, ''Empire Adrift'', páginas 61 e 62.</ref> Para [[Raul Brandão]], por exemplo, João dos Santos, o cocheiro e jardineiro da Quinta do Ramalhão, era o pai de [[Maria da Assunção de Bragança|D. Maria da Assunção]] e de [[Ana de Jesus Maria de Bragança|D. Ana de Jesus Maria]], enquanto o D. Miguel era o filho do [[marquês de Marialva]].<ref>BRANDÃO, Raul; ''El-Rei Junot''. Lisboa: Livraria Brasileira, 1912. pp 66.</ref> Por seu lado, [[Alberto Pimentel]] assegura que ''"...passa como certo que dos nove filhos que D. Carlota Joaquina dera à luz, apenas os primeiros quatro tiveram por pai D. João VI"''.<ref>PIMENTEL, Alberto; ''A Última Corte do Absolutismo''. Lisboa: Livraria Férin, 1893. Pág. 143</ref> A própria [[duquesa de Abrantes]], no entanto, não deixou de sublinhar nas suas "Memórias" a própria ''"diversidade cómica"'' da descendência do rei D. João VI: ''"O que é notável nesta família de Portugal é não haver um único filho parecido com a irmã ou o irmão..."''.<ref>ABRANTES, Duquesa de; ''Recordações de uma estada em Portugal''. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008. pp 78.</ref>
 
==Pretensão ao trono português==