Lynx rufus: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
m ajuste(s), typos fixed: cujo os → cujos, possuia → possuía |
||
Linha 73:
[[Ficheiro:Calero Creek Trail Bobcat.jpg|thumb|right|Espécime também avistada na Califórnia, na trilha de Calero Creek.|240px]]
Um lince-pardo adulto mede de 47,5 e 125 [[centímetro]]s entre a cabeça e a base da cauda, em média 82,7
Os linces-pardos mais largos são do leste do Canadá e norte da [[Nova Inglaterra]], da subespécie ''L. r. gigas'', enquanto os menos largos são do sul, da subespécie ''L. r. floridanus'', especialmente os do sul da cordilheira [[Apalaches]].<ref>{{citar web|url=http://www.science.smith.edu/msi/pdf/i0076-3519-563-01-0001.pdf |título=Bobcat Profile- The American Society of Mammalogists |publicado=smith.edu |data= |acessodata=23-09-2011}}</ref> Eles também crescem mais em ''[[habitat]]s'' abertos.<ref name=CAP>Nowell, K. and Jackson, P. (1996). ''Wild Cats. Status Survey and Conservation Action Plan.'' ([http://carnivoractionplans1.free.fr/wildcats.pdf PDF]). IUCN/SSC Cat Specialist Group. IUCN, Gland, Suíça.</ref> Uma comparação [[Morfologia (biologia)|morfológica]] feita no leste dos Estados Unidos encontrou uma divergência na localização dos maiores espécimes masculinos e femininos, sugerindo restrições diferentes na [[seleção natural]] dos sexos.<ref>{{citar periódico|primeiro =Robert S. |último =Sikes |coautor= Michael L. Kennedy |ano= 1992 |título= Morphologic Variation of the Bobcat (Felis rufus) in the Eastern United States and Its Association with Selected Environmental Variables |periódico= American Midland Naturalist | volume = 128 |número= 2 |páginas= 313–324 | doi = 10.2307/2426465 | jstor=2426465}}</ref>
Linha 83:
As atividades dos linces-pardos são restritas a territórios bem definidos, cujo tamanho pode variar de acordo com seu gênero ou a distribuição das presas. O local que habitam é marcado com o cheiro de suas fezes e urina, além das marcas que faz em árvores. Nessa área, o animal terá vários locais para servirem de refúgio - comumente uma toca principal e vários abrigos auxiliares ao redor dela, como troncos ocos, pilhas de gravetos, moitas e/ou grandes pedras. Ele deixa seu cheiro bastante forte na toca.<ref name=Whitaker>{{citar livro|autor = Whitaker, John O; Hamilton, W J |data= 1998-01-01 |título= Mammals of the Eastern United States |publicado= Cornell University Press | isbn = 0-8014-3475-0 |páginas= 493–6}}</ref>
[[Ficheiro:Bobcat2.jpg|thumb|right|220px|Animal utilizando gravetos como abrigo.]]
O tamanho do território dos linces-pardos pode variar significativamente; um sumário da [[União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais]] (IUCN) afirma que pode medir entre 0,052 e 330 [[quilômetros quadrados]].<ref name="CAP"/> Um estudo realizado no Kansas descobriu machos que utilizavam uma área de 21
Relatórios sobre variação sazonal do tamanho do território foram algumas vezes contraditórios. Um estudo descobriu uma grande variação nos dos machos, de 41
Como a maioria dos felinos, o ''Lynx rufus'' é solitário, mas pode acontecer de compartilharem um território. Os machos em geral aceitam isso melhor do que as fêmeas, algo incomum quando comparado com espécies semelhantes.<ref name=range/> Por serem menores, duas ou mais fêmeas podem residir no território de um macho. Quando vários machos desejam uma mesma área, é estabelecida uma hierarquia de dominação que resulta na expulsão dos que se mudaram. Assim como as diferenças das estimativas de tamanho de território, a [[Densidade populacional|densidade da população]] diverge - entre um e 38 linces-pardos por 65
=== Hábitos alimentares ===
Linha 96:
Há ocorrências de caça de [[Cervídeo|cervos]], especialmente no inverno, quando presas menores são escassas ou há abundância de cervos. Um estudo realizado nos [[Everglades]] mostrou que a maior parte das mortes (33 de 39) era de filhotes, mas eles poderiam atacar com sucesso uma presa com até oito vezes seu peso.<ref name=Everglades>{{citar periódico|último =Labisky |primeiro =Ronald F. |coautor=Margaret C. Boulay |month=April|ano=1998 |título= Behaviors of Bobcats Preying on White-tailed Deer in the Everglades |periódico=The American Midland Naturalist |volume=139|número=2 |páginas=275–281 |doi= 10.1674/0003-0031(1998)139[0275:BOBPOW]2.0.CO;2 }}</ref> Os linces observam os cervos, geralmente quando eles estão deitados, então atacam rapidamente. Nas raras ocasiões em que conseguem matá-los, eles costumam enterrar a carcaça e voltar para se alimentar diversas vezes.<ref name=Whitaker/>
A base da caça do lince-pardo coincide com a de outros predadores de tamanho médio de [[nicho ecológico]] similar. Pesquisas feitas no [[Maine]] mostraram pouca evidência de competição entre ele e o [[coiote]] ou [[raposa-vermelha]]; o fato de estarem distantes ou em uma mesma área não mostrou diferença entre os animais monitorados simultaneamente.<ref>{{citar periódico|último =Major |primeiro =JT |coautor=JA Sherburne |ano=1987 |título= Interspecific relationships of Coyotes, Bobcats, and Red Foxes in western Maine |periódico=Journal of Wildlife Management |volume=51|número=3 |páginas=606–616 |url=http://md1.csa.com/partners/viewrecord.php?requester=gs&collection=ENV&recid=1651611|acessodata=28-06-2007 |doi= 10.2307/3801278 |jstor=3801278}}</ref> No entanto, outros estudos descobriram que a população de linces-pardos diminui quando próxima de muitos coiotes, com a maior inclinação social do canídeo lhe dando uma possível vantagem competitiva.<ref>Litvaitis,J . A., and D. J. Harrison.1 989. Bobcat-coyote niche relationships during a period of coyote population increase. Canadian Journal of Zoology 67:1180-1188</ref> Com o lince-do-canadá, porém, a relação interespecífica afeta sua distribuição: a exclusão competitiva por parte do lince-pardo provavelmente preveniu qualquer tentativa de expansão de território para o sul por parte de seu parente felino.<ref name="CanLynx"/> de acordo com estudos feitos, [[Lobo|Lobos-Cinzentos]] (''Canis lupus'') são os predadores
=== Reprodução e ciclo de vida ===
Linha 102:
Os linces-pardos vivem em média de seis a oito anos, com alguns poucos passando dos dez. A vida mais longa registrada por esse animal foi de 16 anos na vida selvagem e 32 em cativeiro.<ref name=mort/>
Eles geralmente começam a [[Cópula (biologia)|copular]] em seu segundo verão, embora as fêmeas possam começar logo após seu primeiro ano. A produção de [[esperma]] é iniciada todos os anos em setembro ou outubro, e o macho estará fértil no verão. Um macho dominante acompanha a fêmea e cruza com ela várias vezes, em geral entre o inverno e o início da primavera; isso varia de acordo com a localização, mas a maioria ocorre durante fevereiro ou março. O casal pode realizar uma série de ações diferentes, como colidir, perseguir e emboscar. Outros machos podem estar presentes, mas não se envolvem. Quando o macho percebe que a fêmea é receptiva, ele finalmente realiza a cópula. Depois, é possível que a fêmea cruze com outros machos,<ref name=Whitaker/> e eles próprios geralmente copulam com várias fêmeas.<ref name=tx>{{citar livro|autor = Fischer, William C.; Miller, Melanie; Johnston, Cameron M.; Smith, Jane K. |data= 1996-02-01 |título= Fire Effects Information System |publicado= DIANE Publishing | isbn = 0-7881-4568-1 |página= 83}}</ref> Durante a corte, o sempre silencioso animal costuma dar gritos altos, silvos ou fazer outros sons.<ref name=wal>{{citar livro|autor = Nowak, Ronald M | month = April |ano= 1999 |título= Walker's Mammals of the World |publicado= Johns Hopkins University Press | isbn = 0-8018-5789-9 |página= 809}}</ref> Um estudo feito no Texas sugeriu que um território estabelecido é necessário para a cópula; animais estudados que não o possuíam não tiveram prole identificada.<ref name=Texas
A fêmea cria os filhotes sozinha. Em um máximo de seis, mas comumente de dois a quatro, os filhotes nascem em abril ou maio, depois de 60 a 70 dias de [[gestação]]. É possível que haja uma segunda ninhada, nascida até setembro. A fêmea costuma dar à luz em algum lugar fechado, como uma pequena caverna ou tronco oco. Os pequenos abrem seus olhos entre o nono e décimo dia e começam a explorar o ambiente com quatro semanas. Eles são desmamados com cerca de dois meses e quando completam entre três e cinco, começam a sair com a mãe.<ref name=wal/> Estarão caçando sozinhos por volta do outono de seu primeiro ano e costumam se dispersar pouco depois.<ref name=Whitaker/> Em [[Michigan]], no entanto, são observados alguns que ficam com a mãe até a outra primavera.<ref name=tx/>
Linha 123:
Doenças, atropelamentos, caça e fome são outras das principais causas de morte. Jovens mostram alto índice de mortalidade pouco depois de deixar as mães, enquanto ainda estão aperfeiçoando suas técnicas de caça. Um estudo feito com quinze desses animais mostrou um índice de sobrevivência para os dois sexos de 0,62, em compatibilidade com outra pesquisa que teve como resultado algo entre 0,56 e 0,67.<ref>{{citar periódico|último =Fuller |primeiro =Todd K. |coautor= Stephen L. Berendzen, Thomas A. Decker, James E. Cardoza |ano=1995 |month=October |título=Survival and Cause-Specific Mortality Rates of Adult Bobcats (Lynx rufus) |periódico=American Midland Naturalist |volume=134 |número=2 |página=404|doi=10.2307/2426311 |jstor=2426311 |páginas=404–408}}</ref> Há relatos de [[canibalismo]] entre adultos quando as presas são poucas, mas isso é raro e não tem uma influência significante na população.<ref name=mort/>
A espécie pode sofrer com [[parasita]]s, em sua maioria [[carrapato]]s e [[pulga]]s, que muitas vezes pegam de suas presas, especialmente os coelhos e esquilos. Parasitas internos ([[endoparasitas]]) são ainda mais comuns. Uma pesquisa encontrou uma média de infecção de 52% com o ''[[Toxoplasma gondii]]'', mas com grandes diferenças regionais.<ref>{{citar periódico|autor = Kikuchi, Yoko |coautor= Chomel, Bruno B; Kasten, Rickie W; Martenson, Janice S; Swift, Pamela K; O’Brien, Stephen J |ano= 2004 | month = February |título= Seroprevalence of ''Toxoplasma gondii'' in American free-ranging or captive pumas (''Felis concolor'') and Bobcats (''Lynx rufus'') |periódico= Veterinary Parasitology | volume = 120 |número= 1–2 |páginas= 1–9 | doi = 10.1016/j.vetpar.2004.01.002 | pmid = 15019138}}</ref> Um em particular, o ''Lynxacarus morlani'', até hoje só foi encontrado nos linces-pardos. Ainda não foi esclarecido o tamanho do papel dos parasitas na mortalidade deles, mas é provável que seja maior do que a fome, os acidentes e os predadores.<ref name=mort
== Conservação ==
|