História de Israel e Judá antigos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 27:
=== Idade do Ferro II ({{AC|1000-586|x}}) ===
 
Uma inscrição do faraó egípcio ''Shoshenk[[Sisaque I'']] ([[XXII dinastia egípcia|XXII dinastia]]), provavelmente o mesmo que o {{lknb|Sisaque|I}} citado na Bíblia, registra uma série de campanhas dirigidas na área imediatamente ao norte de Jerusalém na segunda metade do {{-séc|X}}. Cerca de cem anos mais tarde, no {{-séc|IX}}, o rei assírio [[Salmaneser III]] cita [[Acabe]] de Israel entre seus inimigos na [[batalha de Carcar]] ({{AC|853|x}}), enquanto que na [[Pedra moabita|estela de Mesha]] (c. {{AC|830|x}}) um rei de [[Moabe]] celebra seu sucesso por se libertar da opressão da “Casa de [[Omri]]” (i.e. Israel). Já a [[estela de Tel Dan]] fala da morte de um rei de Israel, provavelmente [[Jorão de Israel|Jorão]], nas mãos do rei arameu cerca de {{AC|841|x}}. Escavações na [[Samaria]], a capital israelita, reforçam a impressão de um reino forte e centralizado nas montanhas do norte durante os séculos {{AC|IX-VIII|x}}<ref>[http://books.google.com.au/books?id=jpbngoKHg8gC&dq=The+quest+for+the+historical+Israel:&printsec=frontcover&source=bn&hl=en&ei=p_xmS9jKDdGHkAWaoOTsDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CBgQ6AEwAw#v=onepage&q=&f=false Amihai Mazar, ''The Divided Monarchy: Comments on some Archaeological Issues'', in Israel Finkelstein and Amihai Mazar, "The quest for the historical Israel" (Society of Biblical Literature, 2007) p.163]</ref> Na segunda metade do {{-séc|VIII}} o rei [[Oseias (Rei de Israel)|Oseias]] de Israel se revoltou contra s Assírios e foi esmagado (c. {{AC|722|x}}). Parte da população foi deportada, e população de outras partes do império assírio foram trazidas para substituí-los, assim Israel se tornou uma província Assíria.<ref>[http://books.google.com.au/books?id=UhVfijsPxOMC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=The+legacy+of+Mesopotamia++By+Stephanie+Dalley&source=bl&ots=X1D17F1fjh&sig=um0KC_2WocBNf6HvIo73ovOa7E4&hl=en&ei=ByxlS6OkKY2gkQWen_HVCg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAkQ6AEwAA#v=onepage&q=&f=false Stephanie Dalley, "The Legacy of Mesopotamia" (OUP, 1998) p.62]</ref>
 
A primeira evidência para a existência de um reino organizado na região sul vem da estela de Tel Dan, de meados do {{-séc|IX}}, que menciona a morte de um rei da [[casa de David]]. A contemporânea estela de Mesha talvez também mencione a casa de David, mas a reconstrução que permitiria tal leitura é controversa.<ref>Pierre Bordreuil, "A propos de l'inscription de Mesha': deux notes," in P. M. Michele Daviau, John W. Wevers and Michael Weigl [Eds.], ''The World of the Aramaeans III'', pp. 158-167, especially pp. 162-163 [Sheffield, England: [[Sheffield Academic Press]], 2001]</ref> É geralmente assumido que essa "Casa de Davi" é idêntica a dinastia bíblica, no entanto, a evidência arqueológica atual indica que durante os séculos X e {{AC|IX|X}}, Jerusalém era apenas uma dentre as quarto maiores vilas da região, com nenhum sinal de primazia sobre as outras.<ref>[http://books.google.com.au/books?id=yYS4VEu08h4C&dq=Jerusalem+in+Bible+and+archaeology:+the+First+Temple+period++By+Andrew+G.+Vaughn,+Ann+E.+Killebrew&printsec=frontcover&source=bn&hl=en&ei=4WVZS7CbF8uLkAWBpc2bAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CBMQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false Gunnar Lehman, ''The United Monarchy in the Countryside: Jerusalem, Judah and the Shephelah During the Tenth Century BCE'', in Vaughan and Killibrew (eds), "Jerusalem in Bible and Archaeology: The First Temple Period" ()p.149]</ref> Foi somente na segunda metade do {{-séc|VIII}} que Jerusalém passou por um período de rápido crescimento, alcançando uma população muito maior que antes e adquirindo claro primazia sobre as vilas ao seu redor. As reconstruções acadêmicas mais antigas desses eventos atribui esse aumento demográfico ao influxo de refugiados subsequente à conquista de Israel pela Assíria (c. {{AC|722|x}}), mas um ponto de vista mais recente é o de que isso refletiria um esforço cooperativo entre a Assíria e os reis de Jerusalém para estabelecer Judá como um estado-vassalo pró-Assíria para controlar a valiosa indústria de [[azeite]].<ref>Thomas L. Thompson, "The Early History of Israel" pp.410-412</ref> O súbito colapso do poder Assírio na segunda metade do {{-séc|XVII}} levou a uma fracassada tentativa de independência pelo rei [[Josias]], seguida pela destruição de Jerusalém pelo sucessor do império Assírio, o [[Segundo Império Babilônico|império neo-babilônico]] (587/586 BCE).