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Sendo um grupo que inclui, para além do elevado número de espécies (300-315 mil),<ref name="IUCNdata"/> uma enorme variedade morfológica, que vai desde organismos microscópicos a [[erva]]s, [[arbusto]]s e grandes [[árvore]]s, torna-se difícil definir com precisão o que se entende por «planta». A presença de [[clorofila]]s, e por consequência a coloração verde, parece ser a única característica visível comum, já que a morfologia e o tamanho variam.
 
Na realidade, numa análise mais profunda, o termo «planta», ou «[[vegetal]]», é inesperadamente difícil de definir, dificuldade que está presente na [[etimologia]] dos [[vocábulo]]s usados nos diversos [[idioma]]s para designar este grupo de seres vivos, que em alguns casos recorrem a palavras diferentes para grupos específicos de plantas e noutros casos incluem no mesmo termo organismos que à luz dos atuaisactuais conhecimentos não são plantas. Depois de se descobrir que nem todas as plantas eram ''verdes'', passou-se a definir «planta» como qualquer ser vivo ''sem'' movimentos voluntários.
 
Até se atingir o atualactual consenso (ou quase consenso) em torno da [[circunscrição taxonómica]] do grupo Plantae, houve uma evolução longa e nem sempre linear. Historicamente, o termo foi entendido de maneira diferente e, mesmo hoje, continuam a existir definições nem sempre concordantes em toda a sua extensão.
===Antes da cladística===
O presente ''Reino Plantae'' deriva diretamentedirectamente de um dos três [[reinos naturais]] da [[Antiguidade Clássica Europeia]], definidos por [[Aristóteles]] ([[384 a.C.]] &mdash; [[322 a.C.]]) para acomodar os três grandes agrupamentos em que subdividia o [[mundo natural]]: os minerais; as plantas; e os animais. Em consequência, Aristóteles dividia todos os seres vivos em: plantas (sem capacidade motora ou órgãos sensitivos); e animais. Esta definição prevaleceu durante séculos, apesar de se conhecerem excepções, a mais flagrante das quais é talvez a ''[[Mimosa pudica]]'', uma [[leguminosa]], que fecha os seus [[folíolo]]s ao mínimo toque.
 
Apesar das suas incoerências e imperfeições, esta subdivisão foi a mesma usada pelo fundador da actual [[taxonomia]] e das bases do moderno sistema de [[classificação biológica]], [[Carl von Linné]] (1707 &mdash; 1778), mais conhecido por [[Lineu]], que na sua obra ''[[Systema Naturae]]'' (de 1735) dividiu o conjunto dos organismos vivos em apenas dois grupos: as plantas; e os [[Animalia|animais]], atribuindo a esses dois grupos o [[nível taxonómico]] de reino: o reino [[Vegetabilia]] (mais tarde [[Metaphyta]] ou Plantae); e o reino [[Animalia]] (também chamado [[Metazoa]]). Essa divisão, que tinha por critério definidor fundamental a [[motilidade]], permaneceu estável durante quase dois séculos, sendo apenas definitivamente abandonada na transição para o [[século XX]].<ref name="Margulis, L. SCHWARTZ, V.K. 1974 45–78">{{citar periódico|último =Margulis, Lynn; Schwartz, V.K.|ano=1974 |título=Five-kingdom classification and the origin and evolution of cells |periódico=Evolutionary Biology | volume=7 |páginas=45–78 }}</ref> O critério, embora com cada vez mais excepções, era: se o organismo se move espontânea e activamente, consumindo [[energia]] no processo, é animal; caso contrário, é planta. No trabalho pioneiro de [[Lineu]], o [[reino (biologia)|reino]] Plantae foi definido de forma a incluir todos os tipos de [[Planta superior|plantas ditas ''superiores'']], as [[alga]]s e os [[Fungi|fungos]].