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Historicamente, a maioria dos praticantes de ''hoodoo'' são [[afro-americanos]], porém existiram alguns [[brancos]] que foram ''root doctors'' de destaque.<ref>Por exemplo, um Dr. Harris, de Florence, [[Carolina do Sul]], e um Dr. Buzzard, de Beaufort, no mesmo estado, foram célebres ''hoodoo doctors'' no final do [[século XIX]]. Para uma discussão mais extensa, ver Hyatt. ''Hoodoo''. vol. I. p. III.</ref> Americanos de origem [[Latino-americanos|latina]]{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}} e [[Povos nativos dos Estados Unidos|indígena]]<ref>Ver Hyatt. ''Hoodoo''. vol. I. p. 19.</ref> também o praticaram. Acredita-se que as origens do ''hoodoo'' estejam com os [[Escravidão nos Estados Unidos|escravos]] [[África|africanos]], especialmente no [[Sudeste dos Estados Unidos da América|Sudeste americano]], e, historicamente, sua existência foi documentada no [[Alabama]], [[Arkansas]], [[Flórida]], [[Geórgia (estado)|Geórgia]], [[Illinois]], [[Louisiana]], [[Mississippi]], [[Carolina do Norte]], [[Carolina do Sul]], [[Tennessee]], e [[Virgínia]].<ref>see Hyatt. ''Hoodoo''. Todos os volumes.</ref> Hoje em dia os praticantes do ''hoodoo'' podem ser encontrados em todas as destinações finais da [[Grande Migração]], incluindo as principais cidades da [[Costa Oeste dos Estados Unidos|costa oeste]] e [[Região Nordeste dos Estados Unidos|nordeste]] dos [[Estados Unidos]].<ref>A ''Lucky Mojo Curio Company'', por exemplo, é uma loja ''hoodoo'' já tradicional, sediada em [[Forestville]], [[Califórnia]], que conta com presença na [[Internet]] e clientela fora do país.</ref><ref>Ver Hyatt. ''Hoodoo''. vol. I. Mapa no frontispício.</ref>
 
Ao contrário das [[Religião|religiões]] formais, o ''hoodoo'' não possui uma [[hierarquia]] estruturada. Também não apresenta uma [[teologia]], [[clero|clérigos]] e [[leigo]]s estabelecidos, ou ordens de serviços litúrgicos próprias; em vez disso, os praticantes quase sempre são pessoas laicas dentro duma comunidade [[Cristianismo|cristã]], que têm algum tipo de conhecimento específico de magia e da tradição do ''hoodoo''. Um tradicional curandeiro ''hoodoo'' costumava ser um indivíduo [[Nomadismo|nômade]], que viajava de cidade a cidade vendendo seus serviços, e por vezes abrindo uma loja nas comunidades. O ''hoodoo'' não é exclusivo unicamente para o especialista; diversos dos feitiços e práticas podem-se encaixar na categoria dos "[[Remédio caseiro|remédios caseiros]]", e são muitíssimo conhecidos em determinados contextos afro-americanos ou da [[Sul dos Estados Unidos da América|região sul]] daquele país.
 
Tradicionalmente, este conhecimento popular era passado de pessoa a pessoa.<ref>Ver Hurston, Zora Neale. 1935. ''Mules and Men''. New York: Harper and Row. 1990</ref> Como muitas práticas ''hoodoo'' são passadas como remédios populares, que acabam sendo descritos de maneira mais ampla como "[[conhecimento comum]]", o ''hoodoo'' também é passado adiante através dos contato sócio-familiares. Com o aumento da taxa de [[alfabetização]] e da comunicação [[Tecnologia|tecnológica]] entre as comunidades praticantes, o conhecimento do ''hoodoo'' pode ser transmitido por mais fontes, como [[livro]]s e todo tipo de publicações e, hoje em dia, pela [[Internet]].<ref>O trabalho de [[Folclore|folcloristas]] como Harry M. Hyatt contribuiu para a preservação de grande parte das crenças e práticas ''hoodoo'' atuais. Hyatt, por exemplo, entrevistou inúmeras fontes, e documentou mais de mil tipos de feitiços e práticas; sua obra de cinco volumes serve como uma valiosa fonte primária tanto para os praticantes quanto para os acadêmicos que estudam esta tradição.</ref>