The Corporation: diferenças entre revisões

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{{Info/Filme
|nome = The Corporation
|título-pt prt = A Corporação
|título-br bra = A Corporação
|título-or = The Corporation
|imagem =
|imagem_tamanho =
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|cor-pb = cor
|duração = 145
|direção = [[JenniferMark AbbottAchbar]] <br / > [[MarkJennifer AchbarAbbott]]
|classificação =
|direção = [[Jennifer Abbott]] <br/ > [[Mark Achbar]]
|codireção =
|produção = Mark Achbar<br />[[Bart Simpson]]
|coprodução =
|produção executiva =
|roteiro = [[Joel Bakan]]<br />[[Harold Crooks]]<br />[[Mark Achbar]]
|receita história =
|narração = Mikela J. Mikael
|elenco =
|gênero = [[documentário]]
|tipo = LF
|idioma = [[língua inglesa|inglês]]
|música = Leonard J. Paul
|cinematografia = Mark Achbar<br />Rolf Cutts<br />Jeff Hoffman<br />Kirk Tougas
|edição = Jennifer Abbott
|criaçãobaseado em original =
|supervisor técnico =
|produtor de VHX =
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|diretor de ação =
|jogo de cena =
|estúdio = Big Picture Media Corporation
|distribuição = [[Zeitgeist Films]]
|lançamento = {{CANb}} 10 de setembro de 2003 ([[Festival de Toronto]])
|lançamento = '''Toronto International Film Festival''':<br />September 10, 2003<br />'''Canadá'''<br />January 16, 2004 <small>(limited)</small><br />'''Estados Unidos:'''<br />June 4, 2004<br />'''Austrália:''':<br />September 2, 2004<br />'''Reino Unido:''':<br />October 29, 2004
|orçamento =
|receita = [[dólar americano|US$]] 4,84 milhões<ref name="numbers">{{cite web|url=https://www.the-numbers.com/movie/Corporation-The|title=The Corporation (2004) - Financial Information|work=[[The Numbers (website)|The Numbers]]|accessdate=11 de maio de 2018}}</ref>
|receita =
|precedido_por =
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|website = http://www.thecorporation.com/
|códigoimdb-AdoroCinemaid = 0379225
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}}
'''''The Corporation''''' ('''''A Corporação''''', em [[língua portuguesa|português]]) é um [[documentário]] [[canadense]] de [[2003]], dirigido e produzido por [[Mark Achbar]] e [[Jennifer Abbott]], baseado em [[roteiro]] adaptado por [[Joel Bakan]] de seu [[livro]] (''The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power'', com versão em português: ''A Corporação: a busca patológica por lucro e poder'').<ref>[https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2104200522.htm Filme revela empresas "anti-sociais"] [[Folha de São Paulo]]</ref> O [[filme]] descreve o surgimento das grandes corporações como [[Pessoa jurídica|pessoas jurídicas]], e discute, do ponto de vista [[psicologia|psicológico]] que, em sendo pessoas, que tipo de pessoas elas seriam.
 
== Sinopse ==
O documentário mostra o desenvolvimento da corporação de negócios contemporânea, de uma [[personalidade jurídica|entidade legal]] que se originou como uma instituição fretada pelo governo destinada a afetar funções públicas específicas para a ascensão da instituição comercial moderna com direito à maioria dos direitos legais de uma pessoa. O documentário concentra-se principalmente em corporações [[América do Norte|norte-americanas]], especialmente as dos [[Estados Unidos]]. Um tema é a avaliação de corporações como pessoas, como resultado de um caso de 1886 ''Santa Clara County v. Southern Pacific Railroad Co.'' na [[Suprema Corte dos Estados Unidos]], no qual uma declaração do [[Chefe de Justiça dos Estados Unidos]] [[Morrison Waite]] levou as corporações como "pessoas" com os mesmos direitos que seres humanos, com base na Décima Quarta Emenda à [[Constituição dos Estados Unidos]].<ref>"O tribunal não deseja ouvir argumentos sobre a questão de saber se a disposição na Décima Quarta Emenda à Constituição, que proíbe um Estado de negar a qualquer pessoa dentro de sua jurisdição a igual proteção das leis, se aplica a essas corporações. Somos todos da opinião de que sim." No entanto, a decisão da Suprema Corte não tratou da questão de saber se as corporações eram "pessoas" com relação à Décima Quarta Emenda; nas palavras do Chefe de Justiça Waite "evitamos atender à questão". (118 U.S. 394 (1886) - Segundo o tribunal oficial Syllabus nos [[United States Reports]])</ref>
 
Os tópicos abordados incluem o [[Business Plot]], onde, em 1933, o general [[Smedley Butler]] expôs um suposto plano corporativo contra o então [[presidente dos EUA]], [[Franklin D. Roosevelt]]; a [[tragédia dos comuns]]; [[Dwight D. Eisenhower]] alertou as pessoas para terem cuidado com o crescente [[complexo militar-industrial]]; [[externalidades]] econômicas; supressão de uma reportagem investigativa do casal Jane Akre e Steve Wilson sobre o [[Somatotropina bovina|hormônio do crescimento bovino]] na emissora de televisão afiliada da [[Fox Broadcasting Company|Fox]], [[WTVT]], em [[Tampa (Flórida)|Tampa]], [[Flórida]], a pedido da [[Monsanto]]; a invenção do [[refrigerante]] [[Fanta]] pela [[The Coca-Cola Company]] devido ao [[embargo comercial]] à [[Alemanha nazista]]; o suposto papel da [[IBM]] no [[holocausto]] nazista (ver [[IBM e o Holocausto]]); os [[Guerra da água (Bolívia)|protestos de Cochabamba, em 2000]], provocados pela [[privatização]] de um [[abastecimento público de água]] municipal na [[Bolívia]]; e em temas gerais de [[responsabilidade social corporativa]], a noção de responsabilidade limitada , a corporação como um [[psicopata]] e o [[pessoa jurídica|debate sobre a personalidade corporativa]].
 
Por meio de vinhetas e entrevistas, ''The Corporation'' examina e critica as práticas de negócios corporativos. A avaliação do filme é afetada pelos critérios diagnósticos do ''[[Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders|DSM-IV]]''; [[Robert D. Hare]], professor de [[psicologia]] da [[Universidade da Colúmbia Britânica]] e consultor do [[FBI]], compara o perfil da corporação de negócios contemporânea e lucrativa com a de um psicopata clinicamente diagnosticado (no entanto, Hare se opôs à maneira como suas opiniões são retratadas no filme, veja "Recepção crítica" abaixo. ''The Corporation'' tenta comparar a forma como as empresas são sistematicamente obrigadas a comportar-se com o que afirma ser os sintomas de psicopatia do ''DSM-IV'', por exemplo, o desprezo pelos sentimentos de outras pessoas, a incapacidade de manter relações humanas, o desrespeito imprudente pela segurança dos outros, o engano (mentir continuamente para enganar por [[lucro]]), a incapacidade de sentir [[culpa (sentimento)|culpa]] e a incapacidade de se conformar às [[norma social|normas sociais]] e respeitar a [[lei]].
 
=== Entrevistas ===
O filme apresenta entrevistas com importantes críticos corporativos como [[Noam Chomsky]], [[Charles Kernaghan]], [[Naomi Klein]], [[Michael Moore]], [[Vandana Shiva]] e [[Howard Zinn]], bem como opiniões de [[CEO|CEOs]] de empresas como Ray Anderson (da empresa de tapetes e tecidos [[Interface, Inc.]]), e os pontos de vista dos gurus de negócios [[Peter Drucker]] e [[Milton Friedman]] e [[think tank]] defendendo [[mercado livre|mercados livres]] como o [[Fraser Institute]]. Entrevistas também apresentam o Dr. [[Samuel Epstein]], que estava envolvido em um processo contra a Monsanto por promover o uso de [[Posilac]], ([[nome comercial]] da Monsanto para [[Somatotropina Bovina]] recombinante) para induzir mais produção de [[leite]] em [[gado leiteiro]] e [[Chris Barrett]] que, como [[porta-voz]] da First USA, foi o primeiro corporativamente estudante universitário patrocinado na [[América]].<ref>{{Cite web|url=https://www.nytimes.com/2001/07/19/nyregion/and-now-a-word-from-their-cool-college-sponsor.html|title= And Now a Word From Their Cool College Sponsor|publisher=www.nytimes.com |date= 19 de julho de 2001 |accessdate=2017-05-11}}</ref>
 
== Lançamento ==
=== Bilheteria ===
''A Corporação'' arrecadou cerca de US$3,5 milhões em bilheterias americanas e teve um faturamento mundial de mais de US$4,8 milhões,<ref name="numbers" /> tornando-se o segundo filme de maior bilheteria para a [[Zeitgeist Films]].<ref>{{cite web| url= http://boxofficemojo.com/studio/chart/?studio=zeitgeist.htm |website=Box Office Mojo|title= Zeitgeist Studios}}</ref>
 
===Versões===
 
====Versão TVOntario====
A edição estendida feita para TVOntario (TVO) separa o documentário em três episódios de 1 hora:
*"'''Pathology of Commerce'''": Sobre o interesse próprio patológico da corporação moderna.
*"'''Planet Inc.'''": Sobre o escopo do comércio e as sofisticadas e até ocultas técnicas que os profissionais de marketing usam para colocar suas marcas em nossas casas.
*"'''Reckoning'''": Sobre como as corporações fecham acordos com qualquer estilo de governo - da [[Alemanha nazista]] até os estados [[despotismo|despóticos]] de hoje - que permitem ou até incentivam as [[Sweatshop|fábricas clandestinas]], desde que as vendas aumentem.
 
====Versão em DVD====
A versão em [[DVD]] foi lançada como um conjunto de 2 discos que inclui o seguinte:<ref>{{cite web| website=TheCorporation.com| url=http://www.thecorporation.com/index.cfm?page_id=57| title=About the DVD| deadurl=yes| archiveurl=https://web.archive.org/web/20090514010442/http://www.thecorporation.com/index.cfm?page_id=57| archivedate=2009-05-14| df=}}</ref>
 
* Disco 1 inclui o filme, 17 minutos de cenas deletadas, 2 faixas de comentários de diretores e escritores, perguntas e respostas de cineastas e entrevistas, trailer, 60 minutos de [[Janeane Garofalo]] entrevistando [[Joel Bakan]] em ''[[The Majority Report]]'' da rádio [[Air America Radio]], 10 minutos de [[Katherine Dodds]] sobre marketing [[grassroots]], legendas em 3 idiomas (inglês, francês, espanhol) e áudio descritivo.
*Disco 2 inclui 165 clipes e atualizações nunca antes vistos classificados por pessoa ("Hear More From...") e assunto ("Topical Paradise"). "Hear More From..." inclui atualizações e um coral de [[Milton Friedman]] cantando "An Ode To Privatization". "Topical Paradise" inclui 22 tópicos. "Related Film Resources" inclui 15 trailers de filmes e um filme animado de 30 minutos no Reino Unido.
 
Em 2012, uma nova versão educacional canadense foi lançada para estudantes do ensino médio. Esta versão "Occupy Your Future" é distribuída exclusivamente pela Hello Cool World, que esteve por trás do [[branding]] e da divulgação de base do filme original em quatro países. Esta versão é mais curta e divide o filme em três partes. Os extras incluem entrevistas com [[Joel Bakan]] no movimento Occupy, [[Katherine Dodds]] em branding sociais, e dois curtas-metragens do projeto ''[[The Story of Stuff]]'' de [[Annie Leonard]].
 
== Recepção ==
=== Recepção da crítica ===
Os críticos de cinema deram ao filme críticas geralmente favoráveis. O [[Rotten Tomatoes]] informou que 90% dos críticos deram ao filme críticas positivas, com base em 111 avaliações com uma classificação média de 7,4/10. O consenso crítico do site diz: " A Corporação é uma resposta satisfatoriamente densa e instigante a alguns dos argumentos centrais do capitalismo".<ref>{{cite web |url = http://www.rottentomatoes.com/m/corporation/ |title = The Corporation (2004) |accessdate = 13 de março de 2018 |publisher=[[CBS Interactive]] |work= [[Rotten Tomatoes]]}}</ref> [[Metacritic]] relatou que o filme teve uma pontuação média de 73 em 100, com base em 28 avaliações.<ref>{{cite web |url = http://www.metacritic.com/movie/the-corporation |title = The Corporation Reviews |accessdate = 13 de março de 2018 |publisher=[[CBS Interactive]] |work=[[Metacritic]]}}</ref>
 
No ''[[Chicago Sun-Times]]'' (16 de julho de 2004), [[Roger Ebert]] descreveu o filme como "uma polêmica apaixonada, cheia de informações que certamente acabariam com qualquer conversa na mesa de jantar", mas sentiu que "aos 145 minutos, ela passava as últimas boas-vindas. O sábio documentarista deve tratar o filme como um bem não renovável.<ref>{{cite news| url=http://rogerebert.suntimes.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20040716/REVIEWS/407160302/1023|title=The Corporation, review |author=[[Roger Ebert|Ebert, Robert]] |work=[[Chicago Sun-Times]]|date= 16 de julho de 2004}}</ref>
 
A revista ''[[The Economist]]'', apesar de chamar o filme de "um ataque surpreendentemente racional e coerente à instituição mais importante do capitalismo" e "um relato instigante da empresa", a chama de incompleta. Isso sugere que a idéia de uma organização como uma entidade psicopática originou-se de [[Max Weber]], no que diz respeito à [[burocracia]] [[governamental]]. O crítico comenta que o filme pesa a favor da [[propriedade pública]] como uma solução para os males retratados, embora não reconheça a magnitude dos males cometidos pelos governos em nome da [[propriedade pública]], como os do [[Partido Comunista da União Soviética|Partido Comunista]] na antiga [[União Soviética]].<ref>[http://www.economist.com/business/displayStory.cfm?story_id=2647328 The lunatic you work for], review in ''[[The Economist]]'', 6 de maio de 2004</ref> ou pelas [[Monarquias da Europa]] e pela Igreja.
 
Um clipe de entrevista com o psiquiatra [[Robert D. Hare]] aparece por vários minutos na ''The Corporation''. Pioneiro na pesquisa de psicopatia, cuja Lista de Verificação de Psicopatias Hare é usada em parte para "diagnosticar" supostamente o comportamento psicopático das corporações no documentário, Hare já se opôs à maneira como seu trabalho foi apresentado no filme e ao uso de seu trabalho para reforçar o que ele descreve como tese e conclusões questionáveis ​​do filme. Em ''[[Snakes in Suits: When Psychopaths Go to Work]]'' (2007; co-escrito com Paul Babiak), Hare escreve que apesar das afirmações dos cineastas para ele durante a produção que eles estavam usando psicopatia [[metáfora|metaforicamente]] para descrever "o mais notório" mau comportamento corporativo, o documentário final obviamente pretende sugerir que as corporações em geral ou por definição são psicopatas, uma afirmação que Hare rejeita enfaticamente:
{{Quotation|Para se referir à corporação como psicopata por causa dos comportamentos de um grupo cuidadosamente selecionado de empresas é como usar as características e comportamentos mais graves de criminosos de alto risco a concluir que o criminoso (ou seja, todos os criminosos) é um psicopata. Se [critérios diagnósticos comuns] fossem aplicados a um conjunto aleatório de corporações, alguns poderiam se candidatar ao diagnóstico de psicopatia, mas a maioria não aplicaria.<ref>{{cite book |author= Babiak, Paul & Hare, Robert D. |date=2007|title= Snakes in Suits: When Psychopaths Go to Work |publisher= HarperCollins|isbn= 0061147893|url=https://books.google.com/books?id=8-_urXom4ykC&lpg=PA95&vq=the%20corporation&pg=PA95#v=snippet&q=the%20corporation&f=false |page= 95}}</ref>}}
No entanto, em seu monólogo em ''The Corporation'' e na transcrição com comentários adicionais, Hare, além de apontar diferenças entre corporações, claramente usa termos generalizados como "tendem", "a maioria", "quase", "rotineiramente", "praticamente o mesmo"," "quase pela sua própria natureza" e "por definição" no que diz respeito a numerosas das suas caracterizações de psicopatia aplicadas a corporações.<ref>{{cite web | url= http://www.thecorporation.com/index.cfm?page_id=314 | website= The Corporation | title= Transcripts and Extras | deadurl= yes | archiveurl= https://web.archive.org/web/20130601232720/http://www.thecorporation.com/index.cfm?page_id=314 | archivedate= 2013-06-01 | df= }}</ref> No entanto, Hare insiste que seus comentários cautelosos e qualificados sobre o "exercício acadêmico" de diagnosticar certas corporações como psicopatas foram usados ​​em apoio a uma tese maior de que ele não foi informado antecipadamente e com o qual não concordou.
 
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== Ligações externas ==
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* {{mojo title|id=corporation|title=The Corporation}}
 
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