Historicismo: diferenças entre revisões

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Ao estudar as diversas nações, os iluministas chegaram à conclusão de que independentemente de suas diferenças temporais, geográficas ou culturais a [[natureza humana]], seus vícios e suas virtudes, permaneciam os mesmos. Aliado a isso, ao olharem para as regularidades sociais, fascinaram-se pela [[diversidade cultural]] trazida pelo estudo da história do [[Progresso (filosofia)|progresso]] da sociedade. {{sfn|Hamilton|1996|p=33}} Ao mesmo tempo que existia a compreensão de uma natureza humana universal, percebia-se que ela mostrava-se de diferentes formas no decorrer do tempo.{{sfn|Gaio|2007|p=24}} O historicismo possui uma visão diferenciada do progresso iluminista, adotando um desenvolvimento historicista, que vê cada sociedade com uma importância significativa em sua própria [[essência]] e que, através do contato humano, criará novas formas culturais.{{sfn|Martins|2002|p=16}}
 
=== União SoviéticaAlemanha ===
O movimento iluminista alemão possuiu grande importância para o alvorecer do historicismo por conta de algumas especificidades. A primeira destas foi a formação da [[burguesia]] alemã, representante do iluminismo alemão, e que era composta por famílias de comerciantes, [[Servidor público|funcionários estatais]], [[Pastor (religião)|pastores]] [[Protestantismo|protestantes]], [[Professor catedrático|professores universitários]], entre outros. Diferentemente da França, por conta da sua formação heterogênea, a [[burguesia]] alemã não assumiu um viés [[Revolução|revolucionário]] para chegar ao poder, seu status político e social já lhes era favorável.{{sfn|Gaio|2007|p=37}} Em segundo lugar, em território germânico, as ideias eram discutidas nas universidades e não em [[Salão literário|salões]], o que rendeu uma grande densidade filosófica ao pensamento alemão. As universidades alemãs eram conhecidas pela rigidez de seus métodos, onde alguns dos principais centros de discussão eram as [[Universidade de Halle-Wittenberg]], [[Universidade de Gotinga]] e a [[Universidade Humboldt de Berlim]].{{sfn|Gaio|2007|p=38}} Por fim, a terceira característica do caso alemão foi a crescente influência do [[pietismo]] sobre a população protestante. Grande parte dos iluministas alemães eram pietistas, que, ao questionarem a [[Luteranismo|ortodoxia luterana]] e na tentativa de conciliar o pietismo com o racionalismo, recorreram ao estudo da história para melhor compreender os ensinamentos [[Deus|divinos]].{{sfn|Gaio|2007|p=39}} Durante o século das Luzes, a Alemanha protestante foi o único território a manter a tradição religiosa. O pietismo alemão do {{séc|XVIII}}, influenciado pela [[Cristianismo místico|mística cristã]] [[Idade Média|medieval]], foi profundamente marcado pelo sentimentalismo e pela sensibilidade religiosa que preconizava a experiência individual com Deus. A concepção de filosofia e de história alemã do oitocentos entendia que Deus não se distanciava do homem mas realizava-se no próprio [[espírito]] humano.{{sfn|Gaio|2007|p=9}}