Revolta do Quebra-Quilos: diferenças entre revisões

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'''Revolta do Quebra-Quilos''' foi uma [[revolta]] ocorrida na [[região Nordeste do Brasil]], entre fins de [[1872]] e meados de [[1875|1877]].
 
Em 26 de junho de 1862 foi aprovada no [[Império do Brasil]] uma lei determinando que o sistema de pesos e medidas então em uso, seria substituído em todo o Império pelo [[sistema métrico francês]], na parte concernente às medidas lineares de superfície, capacidade e peso.{{sfn|Ferreira|2013|p=111}} O novo sistema, entretanto, só entrou em vigor em 1872, com a promulgação do Decreto Imperial de 18 de setembro.<ref>{{Citar web|titulo=Decreto Nº 5089, de 18 de setembro de 1872|url=https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-5089-18-setembro-1872-551399-publicacaooriginal-67910-pe.html|obra=Portal da Câmara dos Deputados|acessodata=2019-07-03|data=18/09/1872}}</ref> Mas apesar dessa exigência legal permaneceram em uso no país os sistemas tradicionais de medidas expressas em palmos, jardas, polegadas ou côvados, e o peso das mercadorias calculado em libras e arrobas.{{Carece de fontes}}
 
Além delas, havia ainda no [[Brasil]], em 1874, uma grande variedade de outros pesos e medidas, tais como a braça, a légua, o feixe, o grão, a onça, o quintal e muitos outros padrões, aos quais a população estava acostumada porque vinham sendo utilizados desde muitas gerações.{{sfn|Souto Maior|1978|p=80}} Por isso mesmo, a tentativa de implantação do novo sistema métrico no país provocou revolta em diversos lugares. No estado da [[Paraíba]], por exemplo, onde tudo começou,{{sfn|Monteiro|1981|p=46}} João Vieira, o [[João Carga d'Água]], liderou os revoltosos que iniciaram o movimento no povoado de [[Fagundes (Paraíba)|Fagundes]] em Campina Grande{{Sfn|Souto Maior|1978|p=35}} num dia de feira, onde quebraram as "medidas" (caixas de madeira de um e cinco litros de capacidade), fornecidas pelo poder público municipal e usadas pelos feirantes, e atiraram os pesos dentro de um açude da cidade chamado hoje de [[Açude Velho]]. Os revoltosos cresceram em número, e já então sob a liderança de [[Manuel de Barros Souza]], conhecido como Neco de Barros, e Alexandre Viveiros, invadiram a cadeia da cidade e libertaram os presos, incendiaram o cartório local e os arquivos da prefeitura.{{Carece de fontes}}