O presidente da [[França]], [[Emmanuel Macron]], disse que a cúpula do [[G7]] precisa discutir os incêndios na Amazônia. "Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão de nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio,{{efn|BBC (2019) "Muitos alegam na rede social que a Amazônia produz cerca de 20% do oxigênio mundial. [...] Mas acadêmicos dizem que esse é um engano bem comum, e que os números são de menos que 10%."<ref>{{cite news |url=https://www.bbc.com/news/world-latin-america-49450925 |title=Amazon rainforest fires: Ten readers' questions answered |publisher=[[BBC News]] |date=23 de agosto de 2019}}</ref>}} arde em chamas. É uma crise internacional", escreveu o líder francês.<ref>{{citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/22/macron-diz-que-g7-precisa-discutir-incendios-na-amazonia.ghtml |titulo=Macron diz que G7 precisa discutir incêndios na Amazônia: 'Crise internacional' |editor=G1 |data=22 de agosto de 2019 |acessodata=22 de agosto de 2019}}</ref> Macron também pediu "mobilização de todas as potências" para ajudar o Brasil e os demais países afetados pelos incêndios e lembrou ainda que o território da [[Guiana Francesa]] também integra a região amazônica.<ref>{{citar web |url=https://oglobo.globo.com/mundo/macron-pede-mobilizacao-de-todas-as-potencias-contra-incendios-na-amazonia-23901175|titulo=Macron pede 'mobilização de todas as potências' contra incêndios na Amazônia|publicado=O Globo|data=24 de agosto de 2019|acessodata=24 de agosto de 2019}}</ref><ref>{{citar web |url=https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/08/24/no-g7-macron-pede-mobilizacao-das-potencias-contra-queimadas-na-amazonia.htm|titulo=No G7, Macron pede "mobilização das potências" contra queimadas na Amazônia|autor=Talita Marchao|publicado=UOL|data=24 de agosto de 2019|acessodata=24 de agosto de 2019}}</ref>
Um porta-voz da primeira-ministra da [[Alemanha]], [[Angela Merkel]] afirmou que os incêndios são uma "situação urgente" e que o assunto deve ser debatido no encontro de cúpula do G7.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/23/para-angela-merkel-incendios-na-amazonia-devem-ser-debatidos-no-g7.ghtml|título=Para Angela Merkel, incêndios na Amazônia devem ser debatidos no G7|autor=|publicado=G1|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref> O primeiro-ministro do [[Reino Unido]], [[Boris Johnson]], também demonstrou-se estar "profundamente preocupado" e pediu uma ação internacional para proteger a maior floresta tropical do mundo.<ref>{{citar web|url=https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1309276/boris-johnson-esta-profundamente-preocupado-com-a-amazonia|título=Boris Johnson está "profundamente preocupado" com a Amazónia|autor=Sara Gouveia|publicado=Notícias ao Minuto|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref><ref name=lideres_repercussao>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/23/lideres-mundiais-pressionam-brasil-e-pedem-solucao-para-incendios-na-amazonia-veja-as-declaracoes.ghtml|título=Líderes mundiais pressionam Brasil e pedem solução para incêndios na Amazônia; veja as declarações|autor=|publicado=G1|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref> Já o primeiro-ministro da [[Irlanda]], [[Leo Varadkar]], ameaçou votar contra o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul se o Brasil não respeitar seus "compromissos ambientais".<ref>{{citar web|url=https://br.sputniknews.com/europa/2019082314423962-irlanda-da-ultimato-ao-acordo-mercosul-ue-e-cobra-do-brasil-contencao-das-chamas-na-amazonia/|título=Irlanda ameaça não ratificar acordo Mercosul-UE se Brasil não parar queimadas|autor=|publicado=Sputnik News|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/economia/irlanda-ameaca-votar-contra-acordo-ue-mercosul-se-brasil-nao-proteger-amazonia-23897639|título=Irlanda ameaça votar contra acordo UE-Mercosul se Brasil não proteger a Amazônia|autor=|publicado=O Globo|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/irlanda-ameaca-acordo-ue-mercosul-se-brasil-nao-proteger-a-amazonia.shtml|título=Alemanha, França e Irlanda ameaçam acordo UE-Mercosul se Brasil não proteger a Amazônia|autor=|publicado=Folha de S.Paulo|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref> Por outro lado, o primeiro-ministro de [[Portugal]], [[António Costa]], rejeitou a ideia francesa e irlandesa de rasgar o acordo comercial com o Mercosul por causa desses acontecimentos, afirmando que a oposição da França e da Irlanda ao acordo comercial entre a Europa e o Mercosul "é conhecida desde sempre" e que a tragédia dos incêndios na AmazóniaAmazônia não deve ser utilizada para "aumentar o número de problemas que existem nestas relações entre a Europa e o Brasil", concluindo que "o Brasil precisa de solidariedade, não de sanções".<ref>{{citar web|url=https://rr.sapo.pt/2019/08/23/mundo/antonio-costa-brasil-precisa-de-solidariedade-nao-de-sancoes/noticia/162175/|título=António Costa: "Brasil precisa de solidariedade, não de sanções"|autor=|publicado=Renascença|website=sapo.pt|data=23 de agosto de 2019|acessodata=24 de agosto de 2019}}</ref> O ministro das Finançasfinanças da [[Finlândia]], [[Mika Lintila]], atual país na presidência rotativa da UEUnião Europeia, condenou a destruição de florestas e disse que deve rever urgentemente a possibilidade de banir importações de carne do Brasil, em resposta à devastação causada pelos incêndios florestais.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/08/23/finlandia-cogita-banir-importacao-de-carne-brasileira-na-europa-por-causa-de-incendios-na-amazonia.ghtml|título=Finlândia cogita banir importação de carne brasileira na Europa por causa de incêndios na Amazônia|autor=|publicado=G1|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.publico.pt/2019/08/23/mundo/noticia/fogos-amazonia-finlandia-apela-ue-considere-banir-carne-brasil-1884213|título=Fogos na Amazónia: Finlândia apela à UE que considere banir a carne do Brasil|autor=|publicado=Público|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref> Na mesma linha dos líderes europeus, o primeiro-ministro do [[Canadá]], [[Justin Trudeau]], também defendeu medidas para agir em favor da Amazônia e do planeta.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/mundo/premie-canadense-apoia-macron-vamos-agir-pela-amazonia/|título=Premiê canadense apoia Macron: ‘Vamos agir pela Amazônia’|autor=|publicado=Veja|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/sociedade/trudeau-endossa-discurso-de-macron-autoridades-internacionais-criticam-queimadas-na-amazonia-23896935|título=Trudeau endossa discurso de Macron e autoridades internacionais criticam queimadas na Amazônia|autor=|publicado=O Globo|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref> Também se manifestaram Iván Duque, da Colômbia,<ref name=lideres_repercussao /> Nicolás Maduro, da Venezuela,<ref name=lideres_repercussao /> Sebastian Piñera, do Chile,<ref name=lideres_repercussao /> Evo Morales, da Bolívia,<ref name=lideres_repercussao /> Mario Abdo Benítez, do Paraguai,<ref name=lideres_repercussao /> e, [[Mauricio Macri]], da Argentina.<ref name=lideres_repercussao />
Na imprensa internacional, as queimadas também tiveramcausaram grande repercussão. O jornal britânico ''[[The Guardian]]'' trouxe a informação de que Bolsonaro acusou ambientalistas de atear fogo na Amazônia para constranger seu governo, mas que o presidente não forneceu evidências para tais afirmações. A [[BBC News]], também do [[Reino Unido]], mostrou um vídeo com imagens dos incêndios na região da Amazônia e entrevistou cientistas que disseram que a floresta tropical sofreu perdas em um ritmo acelerado desde que Bolsonaro assumiu o poder em janeiro. O site da revista alemã ''[[Spiegel]]'' traz a manchete "Floresta tropical do Brasil está pegando fogo" e diz que Bolsonaro tem uma política ambiental "inconsequente". Em [[Portugal]], o jornal ''[[Público (jornal)|Público]]'' disse que a Amazônia está ardendo e já é possível ver do espaço. No canal de notícias árabe [[Al Jazira]], sediado no [[Qatar]], uma reportagem traz informações sobre os incêndios na Floresta Amazônica do Brasil que atingiram um recorde neste ano.<ref name="Reação"/>
Em 23 de agosto, diversos protestos populares foram realizados em cidades da [[Europa]], [[Ásia]] e [[América]]. Os manifestantes se concentraram nas embaixadas e consulados do Brasil em [[Londres]] (Reino Unido), [[Paris]] (França), [[Madri]] (Espanha), [[Dublin]] (Irlanda), [[Berlim]] (Alemanha), [[Genebra]] (Suíça), [[Nápoles]] (Itália), [[Nova Iorque]] e [[Miami]] (Estados Unidos), além de outros protestos reportados em [[Mumbai]] (Índia), [[Amsterdã]] (Holanda), [[Barcelona]] (Espanha), [[Turim]] (Itália), [[Bogotá]] e [[Cali]] (Colômbia).<ref name=UOL>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/08/23/bolsonaro-vira-alvo-em-protestos-por-defesa-da-amazonia-na-europa.htm|título=Bolsonaro vira alvo de protestos em defesa da Amazônia pelo mundo|autor=Ana Carla Bermúdez|publicado=[[UOL]]|data=23 de agosto de 2019|acessodata=23 de agosto de 2019}}</ref>
|