João VI de Portugal: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Desfeita a edição 56082494 de Matheus I da Itália
Etiqueta: Desfazer
Linha 3:
| nome = João VI
| titulo =
| imagem = Jean-Baptiste Debret - Retrato de DomD. JoãoJoao VI (MNBA)- -Gregorius, Albertus Jacob coresFrans compensadas2.jpg
| imgw = 245px
| legenda =
Linha 124:
 
== Reinado ==
[[File:Jean-Baptiste Debret - Retrato de Dom João VI (MNBA) - cores compensadas.jpg|thumb|270px|D. João VI nos trajes de sua aclamação, pintura de [[Debret]]]]
[[File:Vista exterior da galeria de aclamação de D. João VI - J.B. Debret (plate) 2.jpg|thumb|270px|A varanda construída para a aclamação pública do rei]][[File:Jean-Baptiste Debret - Retrato de Dom João VI (MNBA) - cores compensadas.jpg|thumb|270px|D. João VI nos trajes de sua aclamação, pintura de [[Debret]]]]Em 20 de março de 1816, morreu a rainha Dona Maria, abrindo caminho para o regente assumir o trono. Mas embora passasse a governar como rei no dia 20, sua sagração não se realizou de imediato, sendo aclamado somente em 6 de fevereiro de 1818, com grandes festividades.<ref name="Dicionário"/> Entrementes, vários assuntos políticos ocupavam o primeiro plano. Dona Carlota Joaquina continuava a conspirar contra os interesses portugueses. Na verdade isso havia iniciado em Portugal, e, ambiciosa, logo após sua chegada ao Brasil estabelecera entendimentos tanto com espanhóis como com nacionalistas platinos, pretendendo conseguir um reino para si própria, fosse como regente da Espanha, fosse como rainha de um novo reino a ser criado nas colônias espanholas no sul da América, ou mesmo através da deposição de D. João. Isso tornara sua convivência com D. João impossível, apesar da paciência que o marido lhe demonstrava, e só por força das conveniências se apresentavam juntos em público. Embora Dona Carlota tenha conseguido angariar muitas simpatias, todos esses seus planos malograram. Apesar disso, conseguiu influenciar o marido a se envolver mais diretamente na política colonial espanhola, o que acabou desembocando na tomada de [[Montevidéu]] em 1817 e na anexação da [[Província Cisplatina]] em 1821.<ref>Vicente, António Pedro. "Política exterior de D. João VI no Brasil". In: ''Estudos Avançados'', vol.7 no.19 São Paulo Sept./Dec. 1993</ref><ref name="Iglésias, p. 106">Iglésias, Francisco. ''Trajetória política do Brasil, 1500-1964''. Companhia das Letras, 1993, pp. 103-106</ref>
[[File:Vista exterior da galeria de aclamação de D. João VI - J.B. Debret (plate) 2.jpg|thumb|270px|A varanda construída para a aclamação pública do rei]]
 
[[File:Vista exterior da galeria de aclamação de D. João VI - J.B. Debret (plate) 2.jpg|thumb|270px|A varanda construída para a aclamação pública do rei]][[File:Jean-Baptiste Debret - Retrato de Dom João VI (MNBA) - cores compensadas.jpg|thumb|270px|D. João VI nos trajes de sua aclamação, pintura de [[Debret]]]]Em 20 de março de 1816, morreu a rainha Dona Maria, abrindo caminho para o regente assumir o trono. Mas embora passasse a governar como rei no dia 20, sua sagração não se realizou de imediato, sendo aclamado somente em 6 de fevereiro de 1818, com grandes festividades.<ref name="Dicionário"/> Entrementes, vários assuntos políticos ocupavam o primeiro plano. Dona Carlota Joaquina continuava a conspirar contra os interesses portugueses. Na verdade isso havia iniciado em Portugal, e, ambiciosa, logo após sua chegada ao Brasil estabelecera entendimentos tanto com espanhóis como com nacionalistas platinos, pretendendo conseguir um reino para si própria, fosse como regente da Espanha, fosse como rainha de um novo reino a ser criado nas colônias espanholas no sul da América, ou mesmo através da deposição de D. João. Isso tornara sua convivência com D. João impossível, apesar da paciência que o marido lhe demonstrava, e só por força das conveniências se apresentavam juntos em público. Embora Dona Carlota tenha conseguido angariar muitas simpatias, todos esses seus planos malograram. Apesar disso, conseguiu influenciar o marido a se envolver mais diretamente na política colonial espanhola, o que acabou desembocando na tomada de [[Montevidéu]] em 1817 e na anexação da [[Província Cisplatina]] em 1821.<ref>Vicente, António Pedro. "Política exterior de D. João VI no Brasil". In: ''Estudos Avançados'', vol.7 no.19 São Paulo Sept./Dec. 1993</ref><ref name="Iglésias, p. 106">Iglésias, Francisco. ''Trajetória política do Brasil, 1500-1964''. Companhia das Letras, 1993, pp. 103-106</ref>
 
Na mesma época se colocava o problema de casar o príncipe herdeiro D. Pedro. O Brasil era visto na Europa como um país distante demais, atrasado e inseguro, e encontrar boas candidatas não foi tarefa simples. Depois de um ano de buscas, o embaixador, [[Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho|marquês de Marialva]], conseguiu enfim uma aliança com uma das mais poderosas casas reinantes da Europa, os [[Habsburgo]], imperadores da [[Áustria]], depois de seduzir a corte austríaca com algumas mentiras, uma faustosa exibição de pompa e a distribuição de barras de ouro e diamantes entre a nobreza. Casou-se então D. Pedro com [[Dona Leopoldina]], filha do imperador [[Francisco I da Áustria|Francisco I]], em 1817.<ref>Wilcken, Patrick. ''Império à deriva: a corte portuguesa no Rio de Janeiro, 1808-1821''. Editora Objetiva, 2005, pp. 225-226</ref> O imperador e seu ministro [[Metternich]] consideraram a aliança "um pacto vantajosíssimo entre a Europa e o Novo Mundo", podendo fortalecer o regime monárquico em ambos os hemisférios e criando para a Áustria uma nova zona de influência.<ref>Lustosa, Isabel. ''D. Pedro I''. Companhia das Letras, 2006, pp. 77-78</ref>