Península Ibérica: diferenças entre revisões
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Com uma altitude média bastante elevada, apresenta predomínio de planaltos rodeados por cadeias de montanhas, e que são atravessados pelos principais rios, de entre os quais o [[rio Tejo]] é o mais comprido, com um percurso de cerca de mil quilómetros.<ref>{{Citar web|titulo=Artigo de apoio Infopédia - Rio Tejo|url=https://www.infopedia.pt/$rio-tejo|obra=Infopédia - Dicionários Porto Editora|acessodata=2019-08-14|lingua=pt|ultimo=Infopédia}}</ref>
As elevações mais importantes são a [[Cordilheira Cantábrica]], no norte; o [[Cordilheira Penibética|sistema Penibético]] ([[Serra Nevada (Espanha)|serra Nevada]]) e o [[sistema Bético]] ([[serra Morena]]), no sul; e ainda a Cordilheira Central ([[serra de Guadarrama]]), de que a [[serra da Estrela]] é o prolongamento ocidental.<ref>{{Citar web|titulo=Artigo de apoio Infopédia - Cordilheira Central da Península Ibérica|url=https://www.infopedia.pt/$cordilheira-central-da-peninsula-iberica|obra=Infopédia - Dicionários Porto Editora|acessodata=2019-08-14|lingua=pt|ultimo=Infopédia}}</ref> Muitíssimo povoada no [[litoral]], a Península Ibérica tem fraca densidade populacional nas regiões interiores, com exceção da [[Comunidade de Madrid]],
== Nomes alternativos ==
"Península Ibérica" é o termo atual com que se designa a península. No passado a mesma possuía outras designações, atribuídas pelos diversos povos que a habitaram: <ref>{{Citar web|titulo=Iberian Peninsula {{!}} peninsula, Europe|url=https://www.britannica.com/place/Iberian-Peninsula|obra=Encyclopedia Britannica|acessodata=2019-08-14|lingua=en}}</ref>
[[Imagem:Map of Europe according to Strabo.jpg|thumb|[[Europa]] segundo o geógrafo e filósofo grego [[Estrabão]].]]
* [[Ibéria]], ([[Língua grega|Grego]]: ''Iberia'') nome grego da Península, com origem no rio [[Ebro]] (''Iberus'');
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== História ==
Começou por ser descrita pelos gregos como Ibéria ([[Povos ibéricos pré-romanos|terra dos iberos]]), depois pelos romanos por Hispania, continuando a ser alvo de estudo a sua etimologia. <ref>{{citar livro|título=Enciclopedia Ilustrada Europeo-Americana|ultimo=|primeiro=|editora=Espasa-Calpe|ano=1995|local=Madrid|páginas=819|acessodata=26-11-2018}}</ref> O termo Hispania (ou Hispaniae, Hispaniarum, Yspania, Spania, Hespanha) continuará a determinar por alguns séculos os habitantes da Península Ibérica e é sem surpresa que a obra [[Os Lusíadas]] de [[Luís de Camões|Luís Vaz de Camões]] menciona "a nobre Espanha" (canto III, verso 17) composta por várias nacionalidades, onde se incluem, entre outras, [[Coroa de Castela|Castela]] e o Reino lusitano ([[Portugal]]) (canto III, versos 19 e 20).<ref>{{citar livro|url=https://dl.wdl.org/14160/service/14160.pdf|título=Os Lusíadas|ultimo=Camões|primeiro=Luís|editora=António Gonçalves Impressor|ano=1572|local=Lisboa|páginas=|acessodata=26-08-2019}}</ref> O nome "Espanha" é aqui utilizado de forma puramente geográfica, como sinónimo de "Península Ibérica", um uso comum na época. Começa a notar-se apenas a partir da [[Restauração da Independência]] portuguesa no século XVII a designação de "Espanha" dirigida apenas a uma das nações de Península Ibérica.
O afastamento físico de [[Portugal]] e [[Espanha]], caracterizado pelas péssimas rotas de comunicação nas zonas de fronteira terrestre até meados do século XIX,
=== Hispânia romana ===
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Após a [[conquista de Navarra]] em [[1512]], não sendo a primeira vez que se reivindicava o título ''Imperator totius Hispaniae'' (Imperador de toda a Hispânia), a [[Coroa de Castela]] consegue efetivamente em [[1580]] o controlo de todos os reinos da Península Ibérica, com [[Filipe II de Espanha]] (que passará a ostentar o título ''Philippus Dei Gracia Hispaniarum Utrius que Siciliae, Hierusalem, Indiarum, Insularum ac Terrae Firmae Maris Oceani Rex''), num período denominado [[União Ibérica]]. No trato com o "Novo Mundo" foram respeitadas as proibições de circulação entre as rotas marítimas dos dois impérios, sendo que a [[Coroa portuguesa]] tinha o seu monopólio na [[Casa da Índia]] em [[Lisboa]], e os territórios peninsulares administrados pela [[Coroa de Castela]] tinham o monopólio fixado na [[Casa de Contratação das Índias]] em [[Sevilha]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Barros|primeiro=Amândio Jorge Morais|data=2016-12-16|titulo=Um Atlântico de Açúcares. Os portos do Norte de Portugal e o Novo Mundo|url=http://journals.openedition.org/nuevomundo/69940|jornal=Nuevo Mundo Mundos Nuevos. Nouveaux mondes mondes nouveaux - Novo Mundo Mundos Novos - New world New worlds|lingua=pt|doi=10.4000/nuevomundo.69940|issn=1626-0252}}</ref> Em junho de 1640 despoleta a [[Guerra dos Segadores]] no [[Principado da Catalunha]] e os nobres portugueses opõem-se à organização de tropas para lutar contra os revoltosos, culminando numa insurreição que leva a 1 de dezembro de 1640 à [[Restauração da Independência]] portuguesa.<ref>{{Citar web|titulo=Portugueses nas revoltas da Catalunha|url=https://www.sabado.pt/mundo/europa/detalhe/portugueses-nas-revoltas-da-catalunha|obra=www.sabado.pt|acessodata=2019-01-30|lingua=pt-pt}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.es/books?id=KxxFBQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=ca&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false|título=A RevoluÇÃo Portuguesa|ultimo=Robbins|primeiro=John Fonseca|data=2009-12-27|editora=Clube de Autores|lingua=pt}}</ref>
=== Abolição dos reinos medievais da Monarquia Católica ===
[[Imagem:Europe, 1700—1714.png|thumb|A Península Ibérica e a sua relação de poderes no contexto europeu em 1700.]]
Apesar das uniões dinásticas apenas com o final da [[Guerra da Sucessão Espanhola]], que envolveu bélicamente toda a Península Ibérica, e os [[Decretos do Novo Plano]] no século XVIII se dá a dissolução dos reinos existentes dependentes da [[Coroa de Castela]], fomentando a centralização do poder. Estes decretos foram o fim da polissinódia hispânica,<ref>{{citar livro|título=Historia general de España y América|ultimo=SUÁREZ, L., CORONA BARATECH, C. E. e ARMILLAS, J. A.|primeiro=|editora=Rialp|ano=1983|local=Madrid|páginas=25-28|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5728/1/ulfl109998_tm.pdf|titulo=O CONSELHO DE ESTADO NO PORTUGAL RESTAURADO – TEORIZAÇÃO, ORGÂNICA E EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO NA CORTE BRIGANTINA (1640-1706)|data=2011|acessodata=30-01-2019|publicado=Universidade de Lisboa|ultimo=Marques da Gama|primeiro=Maria Luísa}}</ref> sistema de governo estabelecido pela fundação da [[Monarquia Católica]] e baseado no respeito das tradições jurídicas e de auto-governo de cada território da Coroa.
== Geografia ==
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