Emílio de Meneses: diferenças entre revisões

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{{Info/Biografia
| nome = =Emílio de MenezesMeneses
| abl = =sim
| imagem = =Emílio de Meneses 1911.png
| imagem_tamanho = 250px
| legenda = =Foto de quando concorreu à ABL, 1911
| nome_completo = =Emílio Nunes Correia de MenezesMeneses
| data_nascimento = {{dni|lang=br|4|7|1866|si}}
| local_nascimento = [[Curitiba]], {{BR-PR}}
| data_morte = ={{nowrap|{{morte|lang=br|6|6|1918|4|7|1866}}}}
| local_morte = =[[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Imagem:Rio de Janeiro1908.gif|20px]] [[Distrito Federal do Brasil (1891-1960)|Distrito Federal]] <!-- NÃO ALTERAR: entre 1891 e 1960, o Rio de Janeiro era a capital federal e se situava no Distrito Federal -->
| nacionalidade = ={{BRA}}eiro
| ocupação = =[[Jornalismo|Jornalista]] e [[Poesia|poeta]]
| principais_trabalhos = ''Marcha fúnebre'' (1892) e ''Poemas da morte'' (1901)
}}
'''Emílio Nunes Correia de MenezesMeneses''' ([[Curitiba]], {{dtlink|lang=br|4|7|1866}} — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], {{dtlink|lang=br|6|6|1918}}) foi um [[jornalismo|jornalista]] e [[poesia|poeta]] [[Parnasianismo|parnasiano]] [[brasil]]eiro, imortal da [[Academia Brasileira de Letras]] e mestre dos [[soneto]]s [[sátira|satíricos]]. Para [[Glauco Mattoso]], o poeta paranaense é o principal poeta satírico brasileiro após [[Gregório de Mattos]].
 
==Biografia De Emilio==
Emílio de MenezesMeneses nasceu em [[Curitiba]], Paraná, em 4 de julho de 1866.<ref name="Tigre">Tigre, Bastos. ''Reminiscências: a alegre roda da Colombo e algumas figuras do tempo de antigamente''. Thesaurus Editora, 1992. pp. 232</ref> Era filho de Emílio Nunes Correia de MenezesMeneses e de Maria Emília Correia de MenezesMeneses, único homem dentre oito irmãs. Seu pai também era um [[poeta]]. Faz seus estudos iniciais com João Batista Brandão Proença, e depois no Instituto Paranaense. Sem ser de família abastada, trabalha na farmácia de um cunhado e, ainda com dezoito anos, muda-se para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]],<ref name="Tigre"/> deixando em [[Curitiba]] a marca de uma conduta já destoante ao formalismo vigente: nas roupas, no falar e nos costumes.
 
Era um [[Boémia (estilo de vida)|boêmio]] desregrado, que vivia na calaçaria dos cafés e botequins e se tornou célebre por sua maledicência.<ref name="Jorge"/> Na capital do país encontrou solo fértil para destilar sua fértil imaginação, satírica como poucos. A amizade com intelectuais, entretanto, fez com que tivesse seu nome afastado do grupo inicial que fundara a [[Academia]]. Torna-se jornalista e, por intercessão do escritor Nestor Vítor, trabalhou com o [[Antônio Álvares Pereira Coruja|Comendador Coruja]], afamado educador. Em 1888 casou-se com uma de suas filhas, Maria Carlota Coruja, com quem teria no ano seguinte seu filho, Plauto Sebastião.<ref>Menezes, Raimundo de. ''Emílio de Menezes, o último boêmio''. 5ª ed. Livraria Martins Editora, 1974. pp. 370</ref>
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Mas Emílio não estava fadado para a vida doméstica: neste mesmo ano separa-se da esposa, mantendo um romance com Rafaelina de Barros.
 
Autor de [[verso]]s mordazes, eivados de críticas das quais não escapavam os políticos da época, mestre dos sonetos, Emílio de MenezesMeneses é portador de uma tradição - iniciada com o [[Brasil]], em [[Gregório de Matos]].
 
Tendo sido nomeado para o [[recenseamento]], como escriturário do Departamento da Inspetoria Geral de Terras e Colonização, em 1890, Emílio aposta na especulação da falácia econômica do Encilhamento, criada pelo [[Ministro da Fazenda]] [[Ruy Barbosa]]: como muitos, fez rápida fortuna, esbanja e, terminada a farsa, como todos os outros investidores, vai à falência. Não muda, entretanto, seus hábitos. Continua o mesmo boêmio de sempre, a povoar os jornais da época com suas percucientes anedotas.
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Sobre o episódio do discurso de Emílio, o Imortal [[Afrânio Peixoto]], que por muitos anos presidiu a Casa, consignou:
 
:''Emílio de MenezesMeneses quisera descompor a Oliveira Lima, ao que se opôs Medeiros e Albuquerque, que então presidia, ordenando a supressão dos tópicos alusivos e ofensivos: à insistência do neófito, em dizê-los, ameaçou-o com o comutador da luz elétrica, desde aí ao alcance da mão do presidente. Não foi preciso usar deste obscuro meio coercitivo, porque o acadêmico recalcitrante não chegou a ser recebido, e seu discurso apenas tardiamente publicado nos jornais, razão por que não figura na coleção da Academia.''
 
==Obras==
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==Um poema de Emílio==
Classificado como [[Parnasianismo|parnasiano]] ([[Simbolismo|simbolista]]), o poeta Emílio de MenezesMeneses era dotado de domínio não apenas da palavra e dos versos, mas da capacidade de elevar-se ao mais alto sentimento, como vê-se no poema a seguir:
 
:;A romã