Palo (religião): diferenças entre revisões

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{{Mais fontes|sociedade=sim|data=15-07-julho de 2019}}
{{Título em itálico}}
'''''Palo''''' ou '''''Las Reglas de Congo'''''<ref>[https://books.google.com.br/books?id=ccbqLesFLMMC&printsec=frontcover&dq=Sacred+Spaces+and+Religious+Traditions+in+Oriente+Cuba&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiUlOjrybfjAhUGDrkGHTDhDgAQ6AEIKTAA#v=onepage&q=Regla%20Kongo&f=false Sacred Spaces and Religious Traditions in Oriente Cuba, Por Jualynne E. Dodson, José Millet Batista, pag.15]</ref> são grupos de [[denominação religiosa|denominações]] estreitamente relacionadas, de origem [[bantu]], desenvolvidas em [[Cuba]] por [[escravo]]s oriundos da [[África Central]]. Outros nomes associados aos diversos ramos desta religião incluem: ''Palo Monte'', ''Palo Mayombe'', ''Brillumba'' e ''Kimbisa''.
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A palavra ''palo'' foi aplicada a esse culto devido ao uso de estátuas entalhadas em madeira (ou ''palo''; em português, 'pau') no altar. Outra hipótese, mais próxima da religião, aponta a equivalência entre as palavras "palo" e 'árvore', sendo as árvores os locais onde habitam os espíritos, segundo as [[religiões africanas]].
 
Os seguidores do ''Palo' são denominados ''paleros'' ou ''Nganguleros''. A participação nestes grupos é precedida de uma cerimônia de [[iniciação]], realizada em uma "casa" ou templo.
 
A estrutura hierárquica segue o modelado de uma família, o que é especialmente significativo, dado que, durante a escravidão africana, as famílias de sangue foram separadas, e as linhagens, quebradas.
 
No universo [[Bantu]], Deus é conhecido como ''Nsambi'' ou ''Nsambia''. Os espíritos cultuados no ''Palo'' são os [[Mpungo|Mpungos]]s. Cada ''Mpungo'' controla um determinado aspecto ou domínio da vida e da [[natureza]].
 
O ''Palo'' tem suas raízes na [[bacia do Congo]], na [[África Central]], de onde muitos africanos foram levados, como escravos, para [[Cuba]]. Assim, grande parte dos cantos litúrgicos ''Palo Monte'' e invocações é formulada em uma mistura de espanhol e línguas [[Kikongo]]. Outras influências foram introduzidas em razão da presença do culto em outros países da [[América Latina]]. Durante meados do século XX, o ''Palo'' começou a difundir-se fora das comunidades cubanas, nos [[Estados Unidos]], na [[Venezuela]], [[Colômbia]] e [[Porto Rico]]. Afro-latinos e anglo-americanos aderiram a essa tradição. A religião permanece completamente cubana quanto ao caráter, no entanto, é assim que é praticado em sua forma tradicional.
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O [[Reino do Congo]] tinha se convertido oficialmente ao catolicismo, enquanto era uma nação independente durante os anos 1400 e que o movimento sincrético afro-católico se estendeu durante a era da escravidão. Atingindo maior altura sob a liderança de '''Kimpa Vita''' (Um profeta congolês, 1684-1706), que promoveu [[Antonio de Pádua|Santo Antonio de Pádua]] como "um segundo Deus".
Portanto, é evidente que muito do sincretismo dado em Palo Cristiano, em oposição ao Palo Judío, teve suas origens na África e não em Cuba.
 
A identidade de Nkisi é nebulosa porque os autores, por outro lado, consideram intrusos da religião ou das casas de Palo Cristiano tentaram associar Nkisi com os [[Orishas]] da [[Santería]], que é uma religião diferente.
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* [[Lydia Cabrera]]. 1993 '' "[https://books.google.com.br/books?id=bayRQxQLMsIC&printsec=frontcover&dq=El+Monte+Lydia+Cabrera+1993&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiUzIrJ9rfjAhVJErkGHY6FDEIQ6AEIKTAA#v=onepage&q=El%20Monte%20Lydia%20Cabrera%201993&f=false El Monte"'']. La Habana: Editorial Letras Cubanas.
* [[Lydia Cabrera]]. '' "Palo Monte Mayombe: Las Reglas de Congo"'' .
* [[Lydia Cabrera]]. '' "La Regla Kimbisa del Santo Cristo del Buen Viaje"''.
* Natalia Bolívar Aróstegui. '' "Ta Makuenda Yaya"''
* Miguel Barnet. "AfroCuban Religions".
* Robert Farris Thompson. "Flash of the Spirit".