Relações entre Brasil e Estados Unidos: diferenças entre revisões

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No início do [[século XX]], a relação cordial estabelecida é referida como a [[Aliança não escrita]] ou a ''Entente Cordiale'', um cognome consagrado. Ela fora descrita também como um acordo tácito entre as duas nações.
 
Na década de 1920 o ''[[Wall Street Journal]]'' noticiava que "Não há no mundo melhor território para a exploração do que o Brasil". O historiador e diplomata Gerald Haines escreveu a monografia "The Americanization of Brazil: A Study of U.S.Cold War Diplomacy in the Third World", na qual ele diz que o Brasil seria "uma área de experimentação para métodos modernos de desenvolvimento industrial" e que isso seria um componente de um projeto global onde os Estados Unidos "assumiram por interesse próprio a responsabilidade, visando o bem-estar do sistema [[Capitalismo|capitalista]] mundial", já no contexto da disputa mundial contra o [[comunismo]]. Essa experimentação que teria sido implementada a partir de 1945 foi apresentada como um êxito americano e que culminou com o [[milagre econômico brasileiro]] no início da década de 1970. Não obstante a, grande parte da população brasileira figurava entre as mais miseráveis do mundo em contraste a de qualquer país comunista da [[Europa Central]]. Haynes afirmava ainda que o objetivo americano era "eliminar toda competência estrangeira" da América Latina e manter os investimentos privados para a exploração das amplas reservas de matéria-prima, afastando a influência do "comunismo internacional".<ref>Parágrafo escrito com base em CHOMSKY,Noan - Artigo "Democracia e mercado na nova ordem mundial" - tradução de Ricardo Anibal Rosenbusch - livro "Globalização Excludente" - Editora Vozes - 2000 - Vários autores, com organização de Pablo Gentili - ISBN 85.326.2241-0 - O autor era professor do [[Massachusetts Institute of Technology]] (Mit)</ref>
 
A [[Revolução de 1930|Revolução Brasileira de 1930]] derrubou os proprietários oligárquicos de plantação de café e trouxe ao poder a classe média urbana e os interesses empresariais que promoveram a industrialização e a modernização. A promoção agressiva da nova indústria se tornou o foco da economia em 1933, e incentivou investidores americanos. Os líderes do Brasil nas décadas de 1920 e 1930 decidiram que o objetivo da política externa implícita da [[Argentina]] era isolar o Brasil de [[língua portuguesa]] dos vizinhos de [[língua espanhola]], facilitando assim a expansão da influência econômica e política argentina na América do Sul. Pior ainda, o medo de que um exército argentino mais poderoso lançasse um ataque surpresa contra o mais fraco exército brasileiro. Para combater esta ameaça, o Brasil criou laços mais estreitos com os Estados Unidos. Enquanto isso, a Argentina avançava na direção oposta.<ref>Stanley E. Hilton, "The Argentine Factor in Twentieth-Century Brazilian Foreign Policy Strategy." ''Political Science Quarterly'' 100.1 (1985): 27-51.</ref>