Carlos Felipe Moisés: diferenças entre revisões

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''Carlos Felipe Moisés chegou à letra impressa como integrante daquele antiqüíssimo e hoje disperso grupo de poetas que alguém, em 1960, batizou de “Novíssimos”. Nossa amizade vem daqueles tempos apaixonados em que juntos descobríamos Eliot, Rilke, Perse, Pound, e os grandes poetas da língua: Camões, Pessoa, Drummond, Jorge de Lima.Junto ao respeito e ao afeto, também nos une uma coincidente visão sobre o quase anonimato que deve acompanhar todo fazer poético. Vivendo muito de perto o meio literário, meu amigo Carlos Felipe não se deixou aliciar pela tentação do brilho fácil. Anos e anos depois, permanece fiel àquilo em que acredita, tranqüilamente trabalhando muito e higienicamente publicando pouco. Assim, seus escassos e magros livros de poemas não são experiências, são resultados. Belos resultados que talvez não atraiam a atenção do leitor desatento, seduzido pelo gosto das pirotecnias mais ou menos engenhosas. Sua poesia não tem compromissos com a efêmera passagem das modas. Embora a ironia, a sutileza, a acuidade verbal – o conhecimento do ofício em suma – sejam traços marcantes deste ''Subsolo'', os poemas aqui reunidos cantam, para além de todo engenho, as coisas mais simples, que sempre estiveram conosco neste cansado planeta: o amor e a fraternidade; a natureza, os bichos, a vida cotidiana; a sobrevivência da memória e, acima de tudo, a própria poesia. Tudo permeado de uma constante e densa interrogação pelo sentido da existência, a individual e a comum. É o poeta realizando a milenar tarefa de olhar para fora e ver o mundo que nos cerca, este cotidiano universo das coisas necessárias e solidárias – tarefa quase de todo esquecida e que, por este estranho caminho, parece ser nova outra vez. Pessoalmente não acredito em gerações e escolas. A obra dos grandes poetas é um constante desmentido a estas classificações. Os poemas de Carlo Felipe, também. Estão orientados para a permanência, embora conheçam a intimidade do transitório; estão orientados para o convívio com a hora em que buscamos na poesia a clara inteireza das coisas – ao mesmo tempo escondidas e reveladas na prospecção do subsolo.<ref>{{citar livro|título=Subsolo|ultimo=Moises|primeiro=Carlos Felipe|editora=Massao Ohno|ano=1989|local=São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref>''
 
Carlos Felipe Moisés em 2000 organiza, com [[Álvaro Alves de Faria]], a ''Antologia Poética da Geração de 60''<ref>{{citar livro|título=Antologia poética da geração 60|ultimo=Álvaro Alves de Faria|primeiro=Carlos Felipe Moises e|editora=Nankin Editorial|ano=2000|local=São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref>. Reunindo poemas, ordenados cronologicamente dos(as) seguintes poetas: [[Alberto Beutenmuller]], [[Álvaro Alves de Faria]], [[Antônio Fernando de Franceschi]], Bruno Tolentino, [[Carlos Felipe Moisés]], Carlos Soutié do Amaral, [[Carlos Vogt]], [[Claudio Willer|Cláudio Willer]], Clovis Beznos, [[Celso Luiz Paulini]], Décio Bar, [[Eduardo Alves da Costa]], [[Eunice Arruda]], João Ricardo Penteado, [[Jorge Mautner]], [[Lindolf Bell]], Lúcia Ribeiro da Silva, Luiz Carlos Mattos, Neide Archanjo, [[Orides de Lourdes Teixeira Fontela|Orides Fontela]], Otoniel Santos Pereira, [[Paulo Marcos del Greco|Paulo Marcos Del Greco]], Péricles Prade, [[Roberto Bicelli]], [[Roberto Piva]], [[Rodrigo de Haro]], Ronald Zomignan Carvalho, [[Rubens Jardim]], Rubens Rodrigues Torres Filho e Sérgio Lima.
 
O poeta Carlos Felipe Moisés recebeu o [[Troféu APCA]] na categoria Poesia em dua ocasiões. Em 1974 por "Poemas Reunidos" e em 1989 por "Subsolo".
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* ''Lições de Casa e poemas anteriores''. São Paulo: Nankin Editorial, 1998.
* ''Noite Nula''. São Paulo: Nankin Editorial, 2008.
*''Disjecta membra''. &nbsp; São Paulo: Lumme Editor, 2014.
 
=== Antologias ===
Linha 34:
* ''Poet & Critic''. Ames, The Iowa State University Press, 1987.
* ''Artes e ofícios da poesia''. Porto Alegre/São Paulo, Artes&Ofícios / Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, 1991.
* ''30 postais poéticos''. &nbsp; São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, 1992.
* ''Sincretismo: a poesia da geração 60''. Rio de Janeiro, Topbooks, 1995.
* ''Anthologie de la poésie brésilienne''. Paris, Éditions Chandeigne, 1997.
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*''Fernando Pessoa: almoxarifado de mitos.'' São Paulo, Escrituras Editora, 2005.
* ''Poesia e utopia: sobre a função social da poesia e do poeta''. São Paulo, Escrituras Editora, 2007.
*''Frente & Verso: sobre poesia e poética''. &nbsp; Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014.
 
=== Traduções ===