Decápodes: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dbastro (discussão | contribs)
Removendo "Carenguejo_Porcellana.jpg", por ter sido apagado no Commons por Ymblanter: per c:Commons:Deletion requests/Files of User:PCCcrustacea
Linha 59:
 
=== ''Decápodes semelhantes a caranguejo'' ===
 
[[Ficheiro:Carenguejo_Porcellana.jpg|alt=|miniaturadaimagem|221x221px|Alvaro E. Migotto. '''Caranguejo'''. Banco de imagens ''Cifonauta''. Disponível em: <nowiki>http://cifonauta.cebimar.usp.br/photo/5353/</nowiki> <ref>{{citar web|url=http://cifonauta.cebimar.usp.br/photo/5306/|titulo=Cifonauta|data=19/01/2004|acessodata=24/06/2019|publicado=Cifonauta Cebimar|ultimo=Migotto|primeiro=Alvaro}}</ref>Acesso em: 2019-06-24.]]
[[Ficheiro:Emerita brasiliensis - Tatuíra .jpg|miniaturadaimagem|Representante da espécie ''Emerita brasiliensis,'' conhecido como tatúi, é muito ágil na locomoção sob a areia.]]
Os decápodes remanescentes integram dois [[Táxon|táxons]], [[Anomura]] e [[Brachyura]]. Os Anomura representam a transição de camarões para caranguejos verdadeiros (os Brachyura). Sendo alguns representantes anomuros facilmente confundidos com caranguejos verdadeiros devido ao número de semelhanças, enquanto outros em nada se assemelham aos Brachyura. <ref name=":27"> Sluys, Ronald. "Evolutionary side-steps." Bijd. Dierk 62.2 (1992): 121-126.. </ref> Na maior parte das vezes, o abdome apresenta-se moderadamente reduzido, podendo ou não se apresentar flexionado sob o cefalotórax. Os urópodes estão presentes no abdome, com raras exceções. O quinto par de perna é reduzido e situa-se embaixo das laterais da carapaça ou dobrados sobre a porção posterior da carapaça. <ref name=":28"> Martin, Joel W., and Lawrence G. Abele. "External morphology of the genus Aegla (Crustacea, Anomura, Aeglidae)." Smithsonian Contributions to Zoology (1988). </ref>A maioria dos anomuros é representada pelos ermitões. Esses decápodes singulares apropriam-se de conchas vazias de moluscos gastrópodes, usando-as como abrigos móveis <ref name=":29"> Pereira, Pedro Henrique Cipresso, Jairo Zancaner Junior, and Giuliano Buzá Jacobucci. "Ocupação de conchas e utilização de microambientes por caranguejos ermitões (Decapoda, Anomura) na Praia da Fortaleza, Ubatuba, São Paulo." Biotemas 22.2 (2009): 65-75.</ref> Na maioria desses organismos, o abdome é bem desenvolvido e não está flexionado sob o cefalotórax. Em vez disso, ele é assimétrico e adaptado para se encaixar dentro da câmara espiralada da concha que utilizam como abrigo. <ref name=":30"> Turra, Alexander. "Comportamento, ecologia e reprodução de caranguejos ermitões (Crustacea, Decapoda, Anomura) no Sudeste brasileiro." (2003). </ref> O abdome vulnerável é recoberto por uma cutícula fina, flexível e não segmentada. No lado direito do abdome, os pleópodes são reduzidos ou estão ausentes, enquanto aqueles do lado esquerdo são mantidos nas fêmeas e usados para o carregamento dos ovos. A torção do abdome é adaptada para conchas dextrogira (espiraladas para a direita), embora as espiraladas para a esquerda também possam ser usadas. A maioria dos ermitões habita conchas de diferentes gastrópodes, dependendo da disponibilidade e oferta de conchas pode ocorrer maior ou menor número de trocas. <ref name=":31"> Bertness, Mark D. “The Influence of Shell-Type on Hermit Crab Growth Rate and Clutch Size (Decapoda, Anomura).” Crustaceana, vol. 40, no. 2, 1981, pp. 197–205. JSTOR, www.jstor.org/stable/20103597. </ref> <ref name=":32"> Leite, F. P. P., A. Turra, and S. M. Gandolfi. "Hermit crabs (Crustacea: Decapoda: Anomura), gastropod shells and environmental structure: their relationship in southeastern Brazil." Journal of Natural History 32.10-11 (1998): 1599-1608.</ref> Nas tatuíras (''Emerita brasiliensis''), o modo característico de flexão do abdome e a forma esguia e ovoide do corpo representam algumas adaptações que permitiram que esse animal consiga se enterrar mais rápido na areia, iniciando pela região posterior do corpo. Os quelípodes estão ausentes nesses filtradores. <ref name=":33">Cansi, Edison Rogério. "Comportamento de escape de Emerita brasiliensis (Crustacea, Anomura Hippidae); Schmitt, 1935." (2007). </ref> Os anomuros mais semelhantes aos caranguejos são os porcelanídeos. Esses organismos apresentam o abdome flexionado e simétrico, o que muito se parece com os caranguejos, mas não é tão reduzido quanto se faz em braquiúros. Os porcelaneídos são decápodes comuns de águas rasas em muitas partes do mundo, ocorrendo em grande número. Embora sejam muito semelhantes aos braquiúros, muitas espécies, quando incomodadas, realização atividade de natação mediante o batimento de flexões do abdome. <ref name=":34">García-Guerrero, Marcelo U., and Michel E. Hendrickx. "Embryology of decapod crustaceans, II: gross embryonic development of Petrolisthes robsonae Glassell, 1945 and Petrolisthes armatus (Gibbes, 1850)(Decapoda, Anomura, Porcellanidae)." Crustaceana (2005): 1089-1097. </ref> Os Brachyura possuem a forma de corpo mais especializada e, em termos de número de espécies representam os decápodes mais bem-sucedidos, totalizando cerca de 4.500 espécies conhecidas. Braquiúros podem ser encontrados na maioria dos habitats bentônicos marinhos, existindo ainda poucas espécies de água doce e terrestres. O corpo dele é fortemente deprimido e curto, tornando-o tão ou mais largo que longo. A carapaça cobre o cefalotórax e o péreon dorsal e lateralmente. Ventralmente, os segmentos do tórax são reconhecidos com facilidade, mas não são visíveis dorsalmente. O primeiro par de pereópode é, em geral, quelado e os demais são pernas com função locomotora ou, ocasionalmente, para a natação. <ref name=":35"> McLay, Colin Lindsay. Brachyura and crab-like Anomura of New Zealand. University of Auckland Marine Laboratory, 1988. </ref>