Cerco de Beirute: diferenças entre revisões
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O cerco que se seguiu à capital libanesa duraria 69 dias. Por sete semanas, Israel castigou intensamente Beirute com bombas de fósforo e de fragmentação. Os ataques por terra, ar e mar não se limitaram a destruição do aparato militar da [[OLP|Organização para a Libertação da Palestina]], mas também de toda base social e de bem-estar da organização, como serviços de saúde e educação. Os fornecimentos de água e energia elétrica foram interrompidos, bem como o fluxo de alimentos e remédios foi cortado.<ref>{{Citar web |url=http://almanaque.folha.uol.com.br/mundo_02ago1982.htm |título=BEIRUTE SOFRE ATAQUE DECISIVO - [[Folha de S.Paulo]], [[2 de agosto]] de [[1982]] |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Até mesmo organizações de ajuda internacional tiveram o acesso negado. Palestinos que tentaram deixar Beirute Ocidental eram proibidos pelas tropas invasoras que patrulhavam a área. Como geralmente ocorre nos cercos, a população civil palestina sofreu mais do que os militantes da OLP.
O objetivo de Ariel Sharon não se limitou a destruir a suposta ameaça militar que a OLP representava
=== Resultados ===
Mesmo com os severos ataques, Israel não estava perto de seus objetivos e o país era acusado de bombardear indiscriminadamente a capital libanesa para além da meta de enfraquecer a OLP. As forças israelitas tomaram vários pontos-chaves no território do Líbano, mas não conseguiam tomar o oeste da cidade antes da assinatura de um [[acordo de paz]] patrocinado pela [[ONU]]. A [[Síria]] assinou em [[7 de agosto]], enquanto que representantes de [[Estados Unidos]], [[Israel]], [[Líbano]] e a [[OLP]] assinaram no [[18 de agosto|dia 18]]. Em [[21 de agosto]], 350 soldados francesas chegaram em Beirute, seguido de 800 [[marine|fuzileiros navais]] [[norte-americanas]] e forças internacionais adicionais (em um total de 2.130) para supervisionar a saída da OLP, em primeiro lugar por mar e, depois, por terra, rumo a [[Tunísia]], [[Iêmen]], [[Jordânia]] e [[Síria]].<ref>{{Citar web |url=http://almanaque.folha.uol.com.br/mundo_10set1982.htm |título=O 'SIM' ÁRABE
EL, MAS SOB CONDIÇÕES - [[Folha de S.Paulo]], [[10 de setembro]] de [[1982]] |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Com o cessar-fogo negociado pela ONU, foi possível verificar os danos do cerco à Beirute Ocidental. As Nações Unidas estimaram que 13.500 casas foram danificadas só no lado oeste da capital libanesa - e excluiam os campos palestinos. Entre mortos, os números variam entre 10.000 a 12.000 vítimas e mais 30.000 feridos, a grande maioria civis mortos pelas armas e ataques aéreos israelenses.
Após dois meses, a retirou da OLP sob proteção internacional. [[Yasser Arafat]] refugiou-se para a [[Grécia]] e, depois, para [[Túnis]], onde reergueu uma nova sede da OLP. O plano de [[Ariel Sharon]] só falhou quando [[Bachir Gemayel]] foi assassinado em [[14 de setembro]], pouco tempo depois de ser eleito presidente pelo parlamento libanês sob pressão israelense. O cerco também viu a insubordinação e posterior demissão do comandante militar Eli Geva, que se recusou a levar suas forças para Beirute, argumentando que isso resultaria em um ''"excessivo assassínio de civis."''
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