Eleições legislativas portuguesas de 2015: diferenças entre revisões

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|percentagem1 = 38.50|percentagem2 = 32.31|percentagem3 = 10.19|percentagem4 = 8.25|percentagem5 = 1.39|cor6=black|cor7=red|cor8=#cccccc|lugares6=0|lugares7=0|lugares8=0|partido6=[[Partido Democrático Republicano]]|partido7=[[Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses]]|partido8=Outros|percentagem6=1.14|percentagem7=1.11|percentagem8=3.38|símbolo6=File:PDR.png|símbolo7=File:MRPP.png|votos8=182 615|votos6=61 632|votos7=59 955}}
{{Política de Portugal}}
As '''eleições para a [[Assembleia da República]] de 2015''', também designadas como '''[[Eleições legislativas de Portugal|eleições legislativas portuguesas]] de 2015''', realizaram-se no dia 4 de outubro de 2015, domingo. A data foi definida pelo [[Presidente da República Portuguesa|Presidente]] [[Aníbal Cavaco Silva]] a 22 de julho de 2015. A campanha eleitoral decorreu entre os dias 20 de setembro e 2 de outubro de 2015.<ref>{{citar web|URL = http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/ar-2015_decreto_marcacao-oficial.pdf|título = Decreto do Presidente da República n.º 74-A/2015 de 24 de julho |data = 24 de julho de 2015 |acessadoem = |autor = Comissão Nacional de Eleições (CNE) |publicado = Diário da República }}</ref><ref>[http://observador.pt/2015/07/22/cavaco-silva-marca-eleicoes-legislativas-para-dia-4-de-outubro/ Cavaco Silva marca eleições legislativas para dia 4 de outubro]</ref>
 
A legislatura que terminava foi marcada por um período difícil devido à aplicação de várias medidas de austeridade no âmbito do programa de resgate pedido ao [[Fundo Monetário Internacional|FMI]]/[[Banco Central Europeu|BCE]]/[[União Europeia|UE]] (Troika). O governo PSD/-CDS, liderado por [[Pedro Passos Coelho|Passos Coelho]], sofreu forte contestação, em especial em 2012 com as medidas anunciadas pelo então ministro das Finanças [[Vítor Gaspar]].<ref>{{Citar web|titulo=Centenas de milhares na rua contra a troika e o Governo num dos maiores protestos de sempre|url=https://www.publico.pt/2012/09/15/politica/noticia/que-se-lixe-a-troika-os-protestos-sairam-a-rua-1563204|obra=PÚBLICO|acessodata=2019-09-16|lingua=pt|primeiro=Carlos Dias, Graça Barbosa Ribeiro, Hugo Torres, João Pedro Pereira, Luciano Alvarez, Samuel Silva, Sara Dias Oliveira, Tolentino de|ultimo=Nóbrega}}</ref>. No verão de 2013, Paulo Portas (líder do CDS) ameaçou romper com a coligação de governo, mas após um novo acordo e uma remodelação governativa, o governo PSD-CDS manteve-se no poder.<ref>{{Citar web|titulo=2013. A demissão “irrevogável” de Paulo Portas|url=https://ionline.sapo.pt/artigo/621166/2013-a-demissao-irrevogavel-de-paulo-portas-?seccao=Portugal|obra=ionline|acessodata=2019-09-16|lingua=pt}}</ref>. Apesar da dureza do resgate, Portugal concluíaconcluiu o programa de resgate em 2014 sem qualquer extensão adicional, e começavatinha começado a dar sinais de retoma económica a partir de então.<ref>{{Citar web|titulo=Portugal anuncia saída «limpa» do programa de resgate|url=http://pt.rfi.fr/economia/20140504-portugal-anuncia-saida-limpa-do-programa-de-resgate|obra=RFI|data=2014-05-04|acessodata=2019-09-16|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2015-02-27|titulo=Portugal's economy returns to growth in 2014|url=https://www.rte.ie/news/business/2015/0227/683277-portugal-economy/|lingua=en}}</ref>.
 
Numas eleições em que o recorde de abstenção foi novamente batido (cerca de 44%<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Coligação PSD/CDS vence legislativas sem maioria|url=https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/resultados_finais_coligacao_vence_legislativas_com_eleicao_de_104_deputados|obra=www.jornaldenegocios.pt|acessodata=2019-09-16|lingua=pt-pt}}</ref>), a coligação PSD-CDS (Portugal à Frente/PàF) conseguiaconseguiu impor-se e vencer as eleições com cerca de 39% dos votos.<ref name=":0" /><ref name=":1">{{Citar web|titulo=As contas das legislativas. Coligação ganha eleições, mas perde 25 deputados - Renascença|url=https://rr.sapo.pt/2015/10/05/politica/as-contas-das-legislativas-coligacao-ganha-eleicoes-mas-perde-25-deputados/noticia/35967/|obra=rr.sapo.pt|acessodata=2019-09-16|lingua=pt-pt|ultimo=Renascença}}</ref>. UmaEsta vitória quefoi considerada podesurpreendente,{{Carece dizerde surpreendentefontes}} tendo em conta o contexto duro de governação da legislatura 2011-2015. Apesar da vitória, o centro-direita perdiaperdeu a maiormaioria que detinha até estas eleiçõesentão, e ficavaficou dependente de um hipotético acordo com o PS para se manter no poder.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref>{{Citar web|titulo=Reunião PS/PSD/CDS: Coligação com disponibilidade para 'negociar tudo'|url=https://sol.sapo.pt/artigo/415945/reuniao-ps-psd-cds-coligacao-com-disponibilidade-para-negociar-tudo|obra=Semanario SOL|acessodata=2019-09-16|lingua=pt}}</ref>.
 
Quanto ao PS, liderado por [[António Costa]] desde 2014 após derrotar [[António José Seguro]] nas primárias socialistas, obteve um resultado desapontanteinferior aoàs ficar-sesuas pelosintenções, tendo conseguido apenas 32,3% dos votos.<ref name=":0" /><ref name=":1" />. Os socialistas não conseguiamconseguiram, como pretendiam, capitalizar o descontentamento de um parte do eleitorado em relação ao governo PSD-CDS, muitodevido por culpa dea uma campanha considerada pouco entusiasmante, e dea vários erros cometidos durante a dita campanha eleitoralmesma.<ref>{{Citar web|titulo=10 razões para a derrota do PS|url=https://ionline.sapo.pt/artigo/415091/10-razoes-para-a-derrota-do-ps?seccao=Portugal|obra=ionline|acessodata=2019-09-16|lingua=pt}}</ref>.
 
O Bloco de Esquerda (BE) foi a grande surpresa destas eleições, ao conseguir o seu melhor resultado de sempre, obtendo mais de 10% dos votos e 19 deputados, mais do dobro do resultado que tinham obtido em 2011.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref>{{Citar web|url=https://zap.aeiou.pt/bloco-de-esquerda-proximo-melhor-resultado-de-sempre-84745|obra=zap.aeiou.pt|acessodata=2019-09-16}}</ref>. O Bloco, liderado por [[Catarina Martins]], conseguiaconseguiu mobilizar o eleitorado descontente com aas medidas de austeridade aplicadaaplicadas nos anos anteriores, e afirmavagraças a estes resultados afirmou-se como o terceiro maior partido nacional.<ref>{{Citar web|url=https://zap.aeiou.pt/bloco-de-esquerda-proximo-melhor-resultado-de-sempre-84745|obra=zap.aeiou.pt|acessodata=2019-09-16}}</ref>.
 
A coligação PCP-PEV voltavavoltou a crescer eleitoralmente num percurso começado em 2005, e obtinhaobteve o seu melhor resultado eleitoral desde 1999, ao conseguir 8,3% dos votos e 17 deputados. Apesar desta subida, comunistas e verdes viamviram-se ultrapassados pelo Bloco.<ref name=":0" /><ref name=":1" />.
 
Por fim, destacardestacou-se a eleição de um deputado, (porno círculo eleitoral de Lisboa), pelo PAN (Pessoas-Animais-Natureza), eque tornava-se tornou no primeiro novo partido a eleger um deputado desde da entrada do Bloco de Esquerda na Assembleia da República 16 anos antes, em 1999.<ref>{{Citar web|titulo=PAN elege um deputado. Livre e PDR falham|url=https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/pan_elege_um_deputado_livre_e_pdr_falham|obra=www.jornaldenegocios.pt|acessodata=2019-09-16|lingua=pt-pt}}</ref>.
 
Após as eleições, iniciavainiciou-se um longo impasse para a formação de um novo governo, que só iriaveio a terminar em finais de Novembronovembro, quando António Costa tomavatomou posse como Primeiro-Ministro de um governo minoritário do PS com o apoio parlamentar dedo Bloco, PCPBE e do PCP-PEV.<ref>{{Citar web|titulo=O primeiro dia de António Costa como primeiro-ministro|url=https://www.publico.pt/2015/11/26/politica/noticia/a-tomada-de-posse-do-xxi-governo-ao-minuto-1715666|obra=PÚBLICO|acessodata=2019-09-16|lingua=pt|primeiro=Leonete Botelho, Maria Lopes, Francisco Soares Graça, Pedro Guerreiro, Tiago Luz|ultimo=Pedro}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Executivo do PS toma posse|url=https://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/governo_de_antonio_costa_toma_posse|obra=www.cmjornal.pt|acessodata=2019-09-16|lingua=pt}}</ref>. EraFoi a primeira vez, apósdesde o 25 de Abril, que o partido ou coligação vencedora das eleições não lideravaliderou umo governo, e, também a primeira vez que o PS governavaformou governo graças ao apoio dos partidos à sua esquerda (PS já tinha governado anteriormente com CDS [[II Governo Constitucional de Portugal|em 1978]], e com o PSD [[IX Governo Constitucional de Portugal|em 1983]]).<ref>{{Citar web|titulo=A união da esquerda em Portugal derruba o Governo após 11 dias|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/10/internacional/1447163521_451245.html|obra=EL PAÍS|data=2015-11-10|acessodata=2019-09-16|lingua=pt-br|primeiro=Francisco Javier Martín Del|ultimo=Barrio}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Visão {{!}} Conheça aqui todo o conteúdo dos acordos da esquerda|url=http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2015-11-10-Conheca-aqui-todo-o-conteudo-dos-acordos-da-esquerda|obra=Jornal visao|acessodata=2019-09-16|lingua=pt-PT}}</ref>.
 
== Listas concorrentes ==