Caso Profumo: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acrescentei apenas a parte do julgamento completo do caso, com base no livro Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História) Etiquetas: Possível conteúdo ofensivo Provável parcialidade Editor Visual |
diversas correções de linguagem Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição via aplic. móvel Edição via aplic. Android |
||
Linha 1:
{{Mais notas||hist-eu|pol|data=dezembro de 2014}}
O '''Caso Profumo''' consistiu num escândalo político no [[Reino Unido|britânico]] com origem numa breve ligação sexual, em 1961, entre [[John Profumo]], o [[Secretário de Estado da Guerra (Reino Unido)|Secretário de Estado da Guerra]] no governo [[Partido Conservador (Reino Unido)|conservador]] de [[Harold Macmillan]], e [[Christine Keeler]], uma futura modelo de 19 anos de idade. Em Março de 1963, Profumo negou qualquer envolvimento no caso, numa declaração pessoal{{nota de rodapé|No parlamento do Reino Unido, uma "declaração pessoal" é um meio pelo qual um membro pode apresentar uma explicação de natureza pessoal, para corrigir um
Quando o caso Profumo–Keeler foi revelado, o interesse público aumentou com os relatos de que Keeler poderá ter estado, em simultâneo, envolvida com o capitão [[Yevgeny Ivanov]], um [[Adido militar|adido naval]] [[União Soviética|soviético]], potenciando, assim, o risco de segurança pública. Keeler conheceu Profumo e Ivanov através da sua amizade com [[Stephen Ward]], um especialista em [[osteopatia]] e ''[[socialite]]'', que a tinha acolhido. A exposição do caso deu origem a boatos sobre outros escândalos, como as atividades de Ward, que tinha sido acusado de ofensas à moral. Percebendo que queriam torná-lo num [[bode expiatório]] pelos atos de outros, Ward ingeriu uma dose letal de comprimidos para dormir durante a fase final do seu julgamento, que o considerou como culpado de se aproveitar das vidas imorais de Keeler e da sua amiga [[Mandy Rice-Davies]].
Linha 8:
Esse juiz iria proferir uma decisão interlocutória para dizer se Ward deve sentar no banco dos réus ou não. Porém, segundo a jurisprudência britânica, o arguido era considerado culpado desde a primeira instância, e aquele processo já deveria ter uma sentença. O julgamento começa com Gritfith Jones atuando como procurador e Burge fazendo o papel de advogado de Stephen Ward.(p 188, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
Então, o meirinho chama a primeira testemunha: Christine Keeler. O procurador começa a interrogá-la perguntando sobre sua relação com Ward,
Findado o discurso de Christine, aparece uma nova testemunha: Mandy, amiga de Keeler. Ela conta uma história similar à de Christine e fala que Ward chegou a pedir ela em casamento, mas como não tinha dinheiro, ofereceu outras pessoas ricas à ela. A audiência tem uma pausa pois o horário já era avançado e decidem remarcá-la para o outro dia. Nessa outra parte do julgamento, Stephen Ward é livre das acusações de organizações de casas clandestinas e da participação nos casos de aborto. Porém, são mantidas as acusações de proxenetismo e de encorajamento das jovens à libertinagem. Para obter a liberdade provisória, Ward teve que pagar 3 mil libras. (p 197, 198, 206, 207, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
Já no Tribunal de Old Bailey, Stephen Ward comparece, em liberdade provisória para responder às acusações formais contra ele formuladas. Burge e Ward adotam uma técnica muito comum nos interrogatórios ingleses, onde era uma espécie de farsa que consiste em dar à defesa a ocasião de colocar o cliente numa posição defensiva aparente. As acusações desse júri estão relacionadas ao proxenetismo praticado por Ward. (p 213-217, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
Burge começa seu joguinho já armado de perguntas e respostas à Ward, sem colocar este em níveis arriscados no processo. No final do interrogatório, começam a aparecer algumas contradições e eles tentam colocar John Profumo no caso, homem que a acusação não queria evocar para não escandalizar ainda mais o processo. Christine Keller vai testemunhar novamente, mas nada acrescenta ao que fora dito em Marylebone Road. Ela recomeça a enumerar seus amantes e fala das torpezas de Ward, que se irrita novamente. Só Griffith Jones, advogado da coroa, se interessa pelas falas de Christine e interroga ela, mas sem grandes novidades. O julgamento continua no dia seguinte. (p 217-229, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
No dia 23 de julho de 1963 o processo é retomado e duas jovens vão testemunhar, uma em anonimato e a outra se chama Dorie. As duas não acrescentam muito ao processo de modo geral e logo após aparece Marylin Rice Davies, que fora interrogada por Griffith Jhones, onde este cita o depoimento da menina A que contou as propostas desonestas que Ward lhe fizera em relação ao famoso espelho sem folha, a qual Marylin citou. (p 239, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
Outra testemunha aparece: Vickie Barret. Ela testemunhou contra Stephen Ward dizendo que ele prometia pagar ela para
Na sexta-feira, dia 26 de Julho a audiência retoma e é a vez da acusação interrogar o réu. Eles questionam sobre sua relação com Keeler e citam o depoimento de Vickie Barrett, onde Ward se irrita, afirmando que tudo que ela disse era falso. Burge toma a palavra e vai explicar, juridicamente o por quê de Ward não ser culpado. Ele também corrobora o que Ward disse em relação ao testemunho falso de Vickie Barrett alegando que estava sob contrato, que fora contratada para dar aquele depoimento, visto que não estava programada na lista de testemunhas. (p 197, 198, 206, 207, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
O juiz Marshall, que
Na quarta dia 31 de Julho, Ward é encontrado inconsciente em sua cama e seu amigo, um dos que Ward escreveu a carta, Howard-Jones chama a ambulância. O processo deveria seguir mesmo sem Ward, segundo a acusação e o juiz aceita esse argumento, mesmo após vários protestos de Burge. O processo é suspenso novamente, pois o juiz julga ser importante dar uma resposta com a presença de Ward. As atenções se concentram no hospital onde ele está. No sábado, dia 3 de Agosto de 1963 Stephen Ward morre sem ter saído do estado de coma. A sociedade se comove e o julgamento "acaba sem ter um final". (p 294-300, Powers e Ward Keeler. os Grandes Julgamentos da História)
|