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A [[indústria de transformação]] brasileira desenvolveu [[Veículo flex|veículos flex]], que podem rodar com qualquer proporção de gasolina e etanol hidratado (E100).<ref name="CEPAL">{{citar web|url=http://www.agrocombustibles.org/conceptos/CepalBiocombustiblesLac2004.pdf|título=Perspectivas de un Programa de Biocombustibles en América Central: Proyecto Uso Sustentable de Hidrocarburos|autor=Luiz A. Horta Nogueira|publicado=Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL)|data=22 de março de 2004|acessodata=9 de maio de 2008|língua=[[Espanhol]]|formato=PDF|arquivourl=https://www.webcitation.org/6IHQZDDhX?url=http://www.agrocombustibles.org/conceptos/CepalBiocombustiblesLac2004.pdf|arquivodata=2013-07-21|urlmorta=yes}}</ref> Lançados no mercado em 2003, os veículos flex tornaram-se um sucesso comercial,<ref name="ICIS">{{citar web|url=http://www.icis.com/Articles/2007/11/12/9077311/brazils-flex-fuel-car-production-rises-boosting-ethanol-consumption-to-record-highs.html|título=Brazil's flex-fuel car production rises, boosting ethanol consumption to record highs|data=12 de novembro de 2007|autor =William Lemos|publicado=ICIS chemical business|acessodata=3 de maio de 2008}}</ref> alcançaram um recorde de participação de 92,3% de todos os carros novos e vendas de veículos leves em 2009.<ref name="UnicaFlex10">
{{citar web|url=http://www.unica.com.br/noticias/show.asp?nwsCode={75623F19-854B-4588-A8CA-C5F96BAF25CC}|título=UNICA: venda de veículos flex no Brasil cresce 13,9% em 2009 e frota ultrapassa 9 milhões de unidades|publicado=[[UNICA]]|data=11 de janeiro de 2010|acessodata=9 de fevereiro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120227191343/http://www.unica.com.br/noticias/show.asp?nwsCode=%7B75623F19-854B-4588-A8CA-C5F96BAF25CC%7D|arquivodata=2012-02-27|urlmorta=yes}}
</ref> AproduçãoA produção cumulativa de automóveis flex atingiu a marca de 10 milhões de veículos em março de 2010<ref name=Veja0310>{{citar jornal|url=http://www.abril.com.br/noticias/economia/brasil-alcanca-marca-10-milhoes-carros-flex-940397.shtml|título=Brasil alcança marca de 10 milhões de carros flex|publicado=[[Veja (revista)]]|autor =Agência Estado|data=4 de março de 2010 |acessodata=7 de março de 2010}}</ref><ref name=GCC0310>{{citar web|url=http://www.greencarcongress.com/2010/03/anfavea-20100306.html#more=|título=Automakers in Brazil Hit 10M Flex-Fuel Vehicle Mark; Brazilian Sugarcane Association Urges Global Dissemination|publicado=[[Green Car Congress]]|data=6 de março de 2010 |acessodata=9 de março de 2010}}</ref> e de 15,3 milhões de unidades em março de 2012.<ref name=MDIC2012>{{citar web|url=http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=999|título=Álcool combustível - Uso veicular do álcool combustível |autor =[[MDIC]]|publicado=Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)|ano=2012|acessodata=22 de março de 2012}}</ref> Em meados de 2010, havia 70 modelos de veículos flex disponíveis no mercado, fabricados por 11 grandes fabricantes de automóveis.<ref name="ModAvailable">{{citar web|url=http://www.unica.com.br/noticias/show.asp?nwsCode={9002676B-8B05-4401-8742-DD1AB14FB554}|título=Etanol: Carros flex representam 92% das vendas de março, último mês de IPI reduzido|língua=[[Português]]|publicado=[[UNICA, Brazil]]|data=2010-04-20|acessodata=2011-02-16|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101221035006/http://unica.com.br/noticias/show.asp?nwsCode=%7B9002676B-8B05-4401-8742-DD1AB14FB554%7D|arquivodata=2010-12-21|urlmorta=yes}}</ref> O sucesso dos veículos "flex", em conjunto com a mistura E25 obrigatória em todo o país, permitiu que o consumo de álcool combustível no país atingisse uma quota de mercado de 50% da frota de carros movidos a gasolina em fevereiro de 2008.<ref name="ANP07_2008">{{citar web|url=http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200807152306_ABR_77211977|título=ANP: consumo de álcool combustível é 50% maior em 2007|autor=Agência Brasil|data=15 de julho de 2008|publicado=Invertia|acessodata=9 de agosto de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081226014527/http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200807152306_ABR_77211977|arquivodata=2008-12-26|urlmorta=yes}}</ref><ref name="50consumo">{{citar web|url=http://www.cornelionoticias.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?Nrseq=3221|título=Consumo de álcool supera o de gasolina pela primeira vez em 20 anos|autor =UOL Noticias|publicado=Cornélio Notícias|data=2008-04-11|acessodata=2008-10-18|língua=[[Português]]}}</ref> Em termos de [[Tonelada equivalente de petróleo|energia equivalente]], o etanol de cana representou 17,6% do consumo total de energia do país no setor dos transportes em 2008.<ref name=BEN2009>{{citar web|url=https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2009.pdf|título=Balanço Energético Nacional 2009: Ano base 2008|autor =Empresa de Pesquisa Energética|ano=2009|publicado=Ministério de Minas e Energia do Brasil|acessodata=22 de junho de 2010}}</ref>
== História ==
Apesar destas experiências bem sucedidas com o etanol, o uso deste como combustível acabou por ser posto de lado. Tanto que, durante a [[II guerra mundial]] o Brasil optou pelo [[gás de síntese]] produzido por [[gasogênio]]s <ref>[http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=34611&tipoDocumento=DEL&tipoTexto=PUBi Senado] {{Wayback|url=http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=34611&tipoDocumento=DEL&tipoTexto=PUBi |date=20160303172626 }} {{pt}} DECRETO-LEI N. 2.201 ? DE 17 DE MAIO DE 1940. Abre, pelo Ministério da Agricultura, o crédito especial de 500:000$0, para despesas da Comissão Nacional de Gasogênio. Visitado em 19 de Agosto de 2015.</ref> como alternativa à [[gasolina]] para os automóveis.
Em 1974, a TENENGE (Técnica Nacional de Engenharia) organizou uma equipe de tecnologia chefiada por Miguel Mauricio da Rocha Neto e composta pelos engenheiros Vito Pecori, Luigi Fornoni e Luiz Eugênio Coli. Essa equipe desenvolveu uma escuderia de competição automobilística para testar e aprimorar o motor a álcool no Brasil. A TENENGE forneceu a tecnologia do motor à álcool para todas as escuderias que disputavam o Campeonato Paulista da Divisão 1 e realizou a primeira corrida no Brasil com carros movidos 100% a álccolálcool, em marçooutubro de 19741976, mostrando a viabilidade do projeto. Para a realização dessa competição, Miguel Mauricio da Rocha Neto, diretor da TENENGE, solicitou autorização do presidente do Conselho Nacional do Petróleo (CNP) no governo Geisel, General Oziel Almeida Santos e do presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), General Alvarez Tavares do Carmo. <ref>{{Citar web|titulo=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19760729-31089-nac-0034-999-34-not/busca/%C3%A1lcool+Interlagos|obra=Acervo|acessodata=2019-09-21}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19760728-31088-nac-0026-999-25-not/busca/%C3%81lcool|obra=Acervo|acessodata=2019-09-25}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Busca {{!}} Acervo O Globo|url=https://acervo.oglobo.globo.com/busca/?tipoConteudo=pagina&pagina=&ordenacaoData=relevancia&allwords=miguel+mauricio+da+rocha+neto&anyword=tenenge&noword=&exactword=alcool&decadaSelecionada=1970&anoSelecionado=&mesSelecionado=&diaSelecionado=#|obra=acervo.oglobo.globo.com|acessodata=2019-09-25}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Jornal do Brasil (RJ) - 1970 a 1979 - DocReader Web|url=http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=030015_09&pagfis=149828|obra=memoria.bn.br|acessodata=2019-09-25}}</ref>
=== Crise do petróleo e Programa Nacional do Álcool ===
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