Energia solar no Brasil: diferenças entre revisões

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[[FicheiroImagem:SolarGIS-Solar-map-Brazil-en.png|esquerdathumb|miniaturadaimagem|179x179pxupright=1.5|[[Irradiação solar|Potencial solar]] nodo território brasileiro.]]
[[Ficheiro:Usina solar de Pirapora 2.gif|miniaturadaimagem|[[Complexo Solar Pirapora|Complexo Solar de Pirapora]], maior do Brasil e da América Latina com capacidade de 321 MW.|358x358px]]
Do total '''[[Política energética do Brasil|matriz energética brasileira]]''', menos de 0,75% é produzido através '''[[Energia solar fotovoltaica|sistemas solares fotovoltaicos]].''' De acordo com dados de 2018, o equivalente a 1,19 GW de potência instalada<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm|titulo=BIG - Banco de Informações de Geração|acessodata=2018-04-29|obra=www2.aneel.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>.<ref>[http://www.epia.org/fileadmin/user_upload/Publications/GMO_2013_-_Final_PDF.pdf Global Market Outlook for Photovoltaics until 2017] {{WebCite|url=https://www.webcitation.org/6TsjmHc7A?url=http://www.epia.org/fileadmin/user_upload/Publications/GMO_2013_-_Final_PDF.pdf |date=20141106122329 |dateformat=iso }} pg. 15</ref>
A capacidade instalada de [[energia fotovoltaica]] no Brasil dobrou apenas no ano de 2018, onde o país possuía 1,2 GW e passou a ter '''2,4 GW de capacidade centralizada''', ou seja, nas usinas conectadas ao [[Sistema Interligado Nacional|SIN]]. Isso representa apenas de 1,3% da matriz energética brasileira, apesar do país ter a maior incidência de [[irradiação solar]] do mundo.<ref name=":2">{{Citar web|titulo=Infográfico ABSOLAR|url=http://www.absolar.org.br/infografico-absolar-.html|obra=Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica|acessodata=2019-09-26|lingua=pt|primeiro=|ultimo=|data=|publicado=ABSOLAR}}</ref> Mesmo assim o desenvolvimento da fonte de energia é crescente.
 
O [[Brasil]] recebe uma insolação (número de horas de brilho do [[Sol]]) superior a 3000 horas por ano, sendo que na região [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] há uma incidência média diária entre 4,5 a 6 [[kWh]]. É o país com a '''maior taxa de [[irradiação solar]] do mundo.'''<ref>[http://www.lepten.ufsc.br/publicacoes/solar/eventos/2007/ISES/martins_enio.pdf Brazilian Atlas for Solar Energy Resource: SWERA Results]</ref>
Em 2011 foi construído a usina solar [[Usina Solar Tauá]], a '''primeira [[usina solar]] [[Painel solar fotovoltaico|fotovoltaica]]''' a gerar eletricidade em escala comercial no Brasil, com capacidade inicial de 1 megawatt contando com 4.680 painéis fotovoltaicos. Situada na cidade de mesmo nome, no sertão do [[Ceará]], a 340 km de [[Fortaleza]]. Foi construída pela empresa brasileira MPX e atualmente operada pela [[Eneva]].
 
Existem planos para construir muitas outras grandes usinas solares no Brasil. Muitas empresas estrangeiras têm projetos individuais de grandes centros de energia renovável, destacam-se a francesa Total Eren e a coreana Koren System Business. Esta última possui um projeto para a cidade de [[Anaurilândia]], no estado de Mato Grosso do Sul, avaliado em R$ 6 bilhões para a instalação de uma usina que deve ser uma das maiores do mundo.<ref>{{Citar web|titulo=Grupo coreano anuncia investimento de R$ 6 bilhões em usina solar em MS|url=https://www.campograndenews.com.br/economia/grupo-coreano-anuncia-investimento-de-rs-6-bilhoes-em-usina-solar-em-ms|obra=Campo Grande News|acessodata=2019-09-26|lingua=pt-br}}</ref>
 
== Potencial Solar ==
[[Ficheiro:SolarGIS-Solar-map-Brazil-en.png|esquerda|miniaturadaimagem|179x179px|[[Irradiação solar|Potencial solar]] no território brasileiro.]]
O [[Brasil]] recebe uma insolação (número de horas de brilho do [[Sol]]) superior a 3000 horas por ano. É o país com a '''maior taxa de [[irradiação solar]] do mundo.'''<ref>[http://www.lepten.ufsc.br/publicacoes/solar/eventos/2007/ISES/martins_enio.pdf Brazilian Atlas for Solar Energy Resource: SWERA Results]</ref>
 
A [[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]] por ser uma região ensolarada, próxima do [[Linha do Equador|equador]], apresenta melhores condições para receber centrais solares. É nessa região onde localizam-se as maiores usinas solares da América Latina.
 
== Leilões ==
O governo brasileiro realizou dois leilões exclusivos para energia solar. O primeiro foi realizado a nível nacional, em outubro de 2014, e resultou na contratação de 890 MW, sendo que o valor final atingiu R$ 215,12 / MWh. O segundo, realizado em agosto de 2015, terminou com a contratação de 833,80 MW, a um valor médio de R$ 301,79 / MWh. Outro leilão deve ocorrer em novembro de 2015.<ref name="CartaCapital">{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20180126183748/http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/por-que-a-energia-solar-nao-deslancha-no-brasil-3402.html |título=Por que a energia solar não deslancha no Brasil |editor=[[Carta Capital]] |data=3 de setembro de 2015 |acessodata=26 de outubro de 2015}}</ref>
 
Em dezembro de 2017, a energia solar foi a grande vencedora do leilão realizado, com a contratação de 172,6 MW médios, envolvendo investimento de R$ 3,8 bilhões, e uma potência de 790 megawatts-pico (MWp). O preço médio da fonte foi de R$ 145,68/MWh, deságio de 55,7% em relação ao máximo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).<ref>{{Citar periódico|titulo=Leilão de energia A-4 tem deságios altos e contrata 228,7 MW médios|url=http://www.valor.com.br/empresas/5230575/leilao-de-energia-4-tem-desagios-altos-e-contrata-2287-mw-medios|jornal=Valor Econômico|lingua=pt-br}}</ref>
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No leilão realizado em abril de 2018, as usinas solares também responderam pela maior parte da contratação, com 806,6 MW em capacidade, com preços entre R$ 117 e R$ 118, contra um recorde anterior de R$ 143,50 reais, e com deságio de cerca de 60 %.
 
Em 2018, estavam em construção empreendimentos que acrescentariam 588 MW de energia solar à matriz energética brasileira, no [[Ceará]], [[Bahia]], [[Minas Gerais]] e [[Paraíba]]; e outros com capacidade total de 880 MW estavam a espera de a construção ser iniciada.<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm|titulo=BIG - Banco de Informações de Geração|acessodata=2018-04-29|obra=www2.aneel.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>
 
== Usinas Solares ==
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== Geração distribuída (descentralizada) ==
A geração descentralizada, aquela gerada pelos sistemas particularesinstalados nos telhados das residências, é outra maneira de produzir energia através da luz solar. Em janeiro de 2013, a [[Agência Nacional de Energia Elétrica]] (Aneel) publicou a Norma Resolutiva 482/2012, que estabeleceu regras para a micro (até 100 kW) e a mini geração (entre 100 kW e 1.000 kW) e permitiu, em tese, que consumidores possam gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos por descontos em futuras contas de luz.<ref name="CartaCapital"/>
 
A partir de 1° Março 2016 entrou em vigor a Resolução Normativa 687/15 oferecendo maiores incentivos para o mercado da geração distribuída.
Esse setor correspondia a 490 MW em 2018 e passou a ter '''1,3 GW em 2019.'''<ref>http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp</ref> Somada aos centros fotovoltaicos, a potência operacional total do Brasil representa 3.5 GW.<ref name=":2" />
#* Estabelecimento das modalidades de autoconsumo remoto e geração compartilhada: abrindo as portas para a geração em terrenos afastados do local de consumo (mas ainda na área da mesma distribuidora) e para vizinhos que queiram participar do sistema de compensação de energia;
#* Possibilidade de compensação de créditos de energia entre matrizes e filiais de grupos empresariais;
#* Sistemas de geração distribuída condominiais (pessoas físicas e jurídicas).
AO partirpotencial demáximo permitido marçona degeração 2016distribuída entroupara emo vigorfonte asolar Resoluçãofoi Normativaampliado 687/15para oferecendo5 maioresMW. incentivosOs paracréditos ode mercadoenergia daelétrica geraçãopodem distribuídaser utilizados dentro do prazo de 60 meses.<ref>{{citar web|url=http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf|titulo=RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 687,|data=24 de novembro de 2015|acessodata=|obra=|publicado=AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL|ultimo=|primeiro=}}</ref>, entre eles:
 
De acordo com a Aneel, o número de sistemas deste tipo implantados passou de 8 (de janeiro a março de 2013) para 725 (entre abril e junho de 2015), sendo 681 sistemas fotovoltaicos, 4 [[biogás]], 1 [[biomassa]], 11 solar/eólica, 1 hidráulico e 27 [[Energia eólica|eólicos]]. O número é baixo em relação a países europeus que recebem menos [[irradiação solar]] que o Brasil.<ref name="CartaCapital"/>
A partir de 1° março de 2016 entrou em vigor a Resolução Normativa 687/15 oferecendo maiores incentivos para o mercado da geração distribuída<ref>{{citar web|url=http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf|titulo=RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 687,|data=24 de novembro de 2015|acessodata=|obra=|publicado=AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL|ultimo=|primeiro=}}</ref>, entre eles:
 
Em dezembro de 2018, a geração distribuída já contava com 490.000 kw em operação provenientes de 48.550 usuários.<ref>http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp</ref>
# Estabelecimento das modalidades de autoconsumo remoto e geração compartilhada: abrindo as portas para a geração em terrenos afastados do local de consumo (mas ainda na área da mesma distribuidora) e para vizinhos que queiram participar do sistema de compensação de energia;
# Possibilidade de compensação de créditos de energia entre matrizes e filiais de grupos empresariais;
# Sistemas de geração distribuída condominiais (pessoas físicas e jurídicas).
 
== Ver também ==