Manuel I de Portugal: diferenças entre revisões

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É controverso considerar o [[Massacre de Lisboa de 1506]] como uma das consequências directas da política de Manuel I, dada a situação de seca, fome, epidemia e intolerância que aprofundaram as tensões sociais e que decorrem a nível mundial na época. Será consensual afirmar que foi algo que o horrorizou e enraiveceu, o que se prova na sua reacção de castigo aos culpados pelo massacre (mesmo àqueles instigadores por cuja condição social era normal poupar, como os padres) e de humilhação à cidade de Lisboa, da qual estava ausente, assim como na linguagem dos relatos oficiais.
 
Em 1496, diante do decreto de Dom Manuel, nenhum judeu poderia continuar vivendo em Portugal. Ou se convertiam ou, apenas pelo porto de Lisboa, deviam deixar o país. Não poderiam sair a pé pela fronteira com a Espanha, nem de qualquer outra maneira. Foi assim que 20 mil judeus de todo Portugal, que não queriam se converter, no dia 5 de março de 1496, se reuniram na beira d’água, na esplanada do Porto de Lisboa, prontos para deixar o país nos barcos de Dom Manoel. E nada de chegarem os navios. E o tempo ia passando. E nenhum barco aparecia. Os padres dominicanos aparecem com tonéis de água benta que jogaram à força sobre os judeus agrupados naquela praça, os convertendo contra a vontade.
 
Imediatamente, os judeus entenderam que jamais houvera barcos para tirá-los de Portugal. O que aconteceu na realidade foi uma conversão grupal forçada. Um estratagema do rei que não queria ficar sem os judeus mas os queria converter, o que fez, pegando-os desprevenidos - Daí a expressão: “Ficaram a ver navios”!
 
=== Ciência, cultura e artes ===