Benguela (província): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 6:
| bandeira = <!-- Introduzir apenas o nome da imagem -->
| brasão = <!-- Introduzir apenas o nome da imagem -->
| fundação = {{dtlink|||16481617|idade}}
| orago =
| gentílico = benguelino
Linha 39:
Em [[1615]] o [[reino de Benguela]], até então uma pequena entidade política ovimbunda com domínio sobre a região da [[baía das Vacas]], torna-se vassalo de Portugal, anexando várias ombalas do litoral e interior próximo. A constituição desse reino expandido vinha como resposta ao contexto vigente e necessidade na época, então identificada pela coroa lusa, de fazer a ligação por terra entre a costa ocidental africana e [[Moçambique]], visando a fortificação e consolidação do [[reino de Portugal]]. Mesmo com o reino de Benguela anexando várias ombalas, a organização política dos [[ovimbundos]] no litoral sempre foi mais fraca do que aquela observada no [[Planalto Central de Angola]].<ref name="Menezes"/>
 
Por essa altura, [[Angola]] ficou geograficamente estruturada por "três reinos", sendo eles o [[reino do Congo]], então feudatário de Portugal, o [[Reino do Ndongo|reino de Angola]] e o de Benguela, com regimes administrativos de tipo autónomo, sob liderança conjunta de um rei local. Criou-se em 1617 oficialmente a "capitania de Benguela",<ref name="Freudenthal Fernandes">Freudenthal, Aida; Fernandes, José Manuel. [https://www.hpip.org/pt/Contents/Place/244 Benguela, Angola: Enquadramento Histórico e Urbanismo]. HPIP. [s/d].</ref> para servir de entidade administrativa colonial junto ao reino de Benguela, tendo um governador com a função de capitão-tenente.<ref name="Menezes"/> ParaMontado tal,o osarcabouço conquistadores da épocapolítico-militar, ao serviço daos coroarepresentantes portuguesacoloniais massacraram e submeteram à escravidão as populações vandombe de Cingongo (cujo sistema sociopolítico, por serem povos pastores, era instável) e edificaram um presídio.<ref>Manuel, Félix Chinjengue Matias. Aspetos do Português Falado em Benguela. Lisboa: Universidade de Lisboa - Faculdade de Letras, 2015.</ref>
 
Contudo, não se verificaria a possibilidade da exploração da região como se previu, nem a localização da cidade foi a mais favorável, pela existência de pântanos e de um subsolo cujo principal recurso era o cobre, de qualidade aquém da esperada. Nestas condições, emergindo entre quintalões mercantis, desenvolveu-se um entreposto comercial, alimentado pelos armadores negreiros, que tomou a designação de Ombaca, do qual se ergueu a configuração arquitectónica da capital provincial de Benguela. Até ao [[século XIX]] a rota saída de Ombaca interligava-se com o resto do sertão através do [[reino Bailundo]] ou passando por Caconda, Quiaca, Quipeio, Huambo e Sambú, tendo em vista alcançar os trabalhadores covongos, que eram importantes guias sertanejos e [[tropeiro]]s do [[Bié]], que davam acesso ao resto de [[África]].
Linha 46:
{{AP|Distrito de Benguela}}
[[Imagem:Egypto (Benguella) - Assentamento da linha de decauville na fazenda 'Boa Vista' (Cacalla) no Gongollo (Colleccao Tavares & Cie, Benguella).jpg|miniatura|200px|esquerda|Assentamento da linha de ''decauville'' na fazenda Boa Vista, na província de Benguela, em 1910.]]
O "distrito de Benguela" foi criado aindaem nosubstituição séculoà XVII"capitania de Benguela" em 1779, como resposta às ocupaçõespretensões holandesascoloniais francesas, britânicas e belgas em Angola, paracom administrarjurisdição sobre todo o sul da colônia;<ref name="Freudenthal Fernandes"/> a partir de 186919 de abril de 1849, Angola passou a contar com 3 distritos: [[Luanda]], Benguela e [[Moçâmedes]]. Mais tarde foram criadas em Benguela as vilas do [[Bocoio]], do [[Balombo]] e da [[Ganda]].<ref name="cpires">[http://www.cpires.com/docs/roteiro_benguela_1.pdf Distrito de Benguela: Divisão Administrativa]. Edições ACIP. [s/d].</ref>
 
Em 1885, as diversas potências europeias colonizadoras assinaram os acordos da [[Conferência de Berlim]] nos quais foram estabelecidos os tratados com vista a delimitar os vários territórios de África. Além da progressiva definição da fronteira de Angola, através de acordo pontuais com os países colonizadores vizinhos, os acordos previam a instalação de um governo efectivo do território, o que implicou uma intensificação da ocupação militar e um aumento dos incentivos à fixação de [[Agricultura|agricultores]] no interior do país, sob pena de perda do reconhecimento do direito à colónia pelos restantes países europeus, essencialmente França, Holanda, [[Alemanha]], [[Bélgica]] e [[Inglaterra]].<ref name="cpires"/>