Cleópatra: diferenças entre revisões

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{{Imagem múltipla
| align = left
| footer = Esquerda:Na Umesquerda, um [[tetradracma]] de prata de Cleópatra cunhado em [[Selêucia Piéria]], Síria. Direita:Na Umdireita, um tetradracma de prata da rainha cunhado em [[Ascalão]], Israel
| image1 = Cleopatra VII tetradrachm Syria mint.jpg
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| image2 = Cleopatra VII tetradrachm Ascalon mint.jpg
| width2 = 149159
}}
O casal possuía uma frota maior do que Otaviano, mas suas tripulações da marinha não eram todas bem treinadas, algumas talvez de navios mercantes, enquanto o inimigo possuía uma força totalmente profissional.{{sfn|Roller|2010|pp=137, 139}}{{sfn|Burstein|2004|p=30}} Antônio queria atravessar o [[Mar Adriático]] e bloquear Otaviano em Tarento ou Brundísio,{{sfn|Bringmann|2007|pp=303–304}} mas a rainha, preocupada principalmente com a defesa do Egito, anulou a decisão de atacar a Itália diretamente.{{sfn|Roller|2010|p=137}}{{sfn|Burstein|2004|p=30}} Antônio e Cleópatra estabeleceram sua sede de inverno em [[Patras|Pátrai]], na Grécia, e na primavera de 31 aC mudaram-se para Áccio, no lado sul do [[Golfo Ambraciano]].{{sfn|Roller|2010|p=137}}{{sfn|Bringmann|2007|pp=303–304}}
 
O casal tive o apoio de vários reis aliados, mas a rainha já havia entrado em conflito com Herodes, e um terremoto na Judeia deu a ele uma desculpa para ausentar-se da campanha.{{sfn|Roller|2010|pp=137–138}} Também perderam o apoio de Malico I, o que provaria ter consequências estratégicas.{{sfn|Roller|2010|p=138}} Perderam várias escaramuças contra Otaviano em torno de Áccio durante o verão de 31 aC, enquanto as deserções no campo de seu adversário continuaram, incluindo Délio,{{sfn|Roller|2010|p=138}} companheiro de longa data, e os reis aliados [[Amintas da Galácia]] e [[Lista de reis da Paflagônia|Deiótaro da Paflagônia]].{{sfn|Roller|2010|p=138}} Enquanto alguns no campo de Antônio sugeriram abandonar o conflito naval para recuar para o interior, Cleópatra pediu um confronto naval, para manter a frota de Otaviano longe do Egito.{{sfn|Roller|2010|p=139}}
 
Em 2 de setembro de 31 aC, as forças navais de Otaviano, lideradas por [[Marco Vipsânio Agripa]], encontraram as de Antônio e Cleópatra na [[Batalha de Áccio]].{{sfn|Roller|2010|p=139}}{{sfn|Bringmann|2007|pp=303–304}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxii, 30}} Cleópatra, a bordo de sua capitânia, a ''Antonias'', comandava 60 navios na foz do Golfo Ambraciano, na parte traseira da frota, no que provavelmente foi um movimento dos oficiais de Antônio para marginalizá-la durante a batalha.{{sfn|Roller|2010|p=139}} Antônio ordenou que seus navios tivessem velas a bordo para uma melhor chance de perseguir ou fugir do inimigo, que Cleópatra, sempre preocupada em defender o Egito, costumava percorrer rapidamente a área de grande combate em uma retirada estratégica para o [[Peloponeso]].{{sfn|Roller|2010|pp=139–140}}{{sfn|Bringmann|2007|p=304}}{{sfn|Burstein|2004|pp=30–31}} Burstein relatou que os escritores romanos partidários acusariam Cleópatra de covardemente abandonar Antônio, mas sua intenção original de manter as velas a bordo pode ter sido quebrar o bloqueio e salvar o máximo possível de sua frota.{{sfn|Burstein|2004|pp=30–31}} Antônio a seguiu e embarcou em seu navio, identificado por suas [[Púrpura tíria|velas roxas]] distintas, quando os dois escaparam da batalha e dirigiram-se para [[Cabo Tênaro|Tênaro]].{{sfn|Roller|2010|pp=139–140}} Antônio teria evitado Cleópatra durante essa viagem de três dias, até que suas damas em Tênaro o instaram a falar com ela.{{sfn|Roller|2010|p=140}} A Batalha de Áccio prosseguiu sem os dois até a manhã de 3 de setembro e foi seguida por deserções maciças de oficiais, tropas e reis aliados ao lado de Otaviano.{{sfn|Roller|2010|p=140}}{{sfn|Bringmann|2007|p=304}}{{sfn|Burstein|2004|pp=xxii–xxiii, 30–31}}
 
== Árvore genealógica ==